domingo, 28 de novembro de 2010

CÉUS DE BRONZE



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Por: Martyn Lloyd-Jones

Se temos uma concepção mágica da vida cristã, po­demos estar certos de que nos veremos em problemas, porque, quando surgirem as dificuldades, seremos tentados a perguntar: «Por que foi permitido isso?» E nunca devemos fazer tal pergunta. . . Nosso Senhor vai dormir e deixa que venha a borrasca. A situação pode tornar-se, de fato, total­mente desesperada, e pode parecer que estejamos em perigo de vida. . . contudo — um poeta cristão o disse por nós:

Quando tudo parece contra nós e ao desespero quer-nos arrastar. . .

Mas não o leva ao desespero porque, conforme continua dizendo:

Sabemos de uma porta sempre aberta e de ouvidos que escutam nossa prece.

Mas as coisas podem ser desesperadoras: «Tudo parece contra nós e ao desespero quer-nos arrastar». Preparemo-nos, então, para isso. Sim, mas precisamos ir além. Enquanto tudo isso nos sucede, nosso Senhor não parece importar-se conosco nem um pouco. Aí é quando entra a verdadeira prova da fé. Os ventos e as vagas foram fortes e o navio começou a fazer água. Foi terrível, mas para eles o mais terrível foi a impressão de indiferença de Jesus. Dormindo ainda e dando toda a im­pressão de negligência. . . Imagine os sentimentos desses homens. Tinham-nO seguido e dado ouvidos aos Seus ensina­mentos. . . tinham visto os milagres que operara e esperavam que ocorressem coisas admiráveis; e agora parecia que tudo ia terminar em naufrágio e afogamento. . . Decerto somos mui noviços na vida cristã se nunca tivemos impressão similar.., O fato que Deus permite essas coisas e parece completamente desinteressado por isso tudo, constitui o que descrevo como a prova da fé. Essas são as condições em que nossa fé é provada e testada, e Deus o permite na Sua vontade permissiva.

Autor: Martyn Lloyd-Jones
Fonte: SpiritualDepression, p. 140,1.
Via: [ Blog Martyn L. Jones ]
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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

DOGMA DA ASSUNÇÃO DE MARIA- REFUTADO.

 I. Explicação e HistóriaA Igreja Católica Romana crê e ensina que Maria, a mãe de nosso Senhor, subiu ao céu em corpo e alma. Sob o titulo de Assunção, os católicos romanos celebram três festas em honra a Maria: uma é a do trânsito de sua alma, sem o corpo, ao céu; outra é quando pouco depois se juntou e se reuniu a mesma alma com o corpo, e com inefável glória subiu ao céu; a terceira é de sua coroação como Rainha dos anjos e Senhora do universo. O imperador grego Mauricio (582-602) ordenou que a festa fosse celebrada em 15 de agosto, o que se faz até nossos dias, e por esse mesmo tempo também o Papa Gregório, o Grande, fixou a mesma data para o Oeste, onde anteriormente, por razoes desconhecidas, celebrava-se a festa em 18 de janeiro. A palavra "ASSUNÇÃO", que em um tempo se aplicava geralmente à morte dos santos, especialmente de mártires, e a sua entrada no céu, chegou a aplicar-se agora exclusivamente a Maria, e isso a distingue do termo "ascensão" no sentido de que esta é aplicada unicamente a Jesus Cristo, que ascendeu por seu próprio poder ao céu, enquanto a assunção significa que Maria foi levada por seu Filho ao céu.


Esta crença é uma derivação do dogma da perpétua virgindade e da imaculada conceição de Maria, e marca um passo mais na tendência romanista à exaltação de Maria como objeto de culto religioso. Antes de sua definição oficial, o Papa Pio XII havia consultado todos os bispos católicos do mundo, na Carta Apostólica "Deiparae Virginis", em 1 de maio de 1946, sobre a conveniência e possibilidade de declarar como dogma a crença na Assunção de Maria. A resposta do episcopado foi favorável à idéia da proclamação. E, com efeito, a 1 de novembro de 1950, o Papa Pio XII, na Constituição Apostólica "Munificentissimus Deus", fez o seguinte pronunciamento: "Nós pronunciamos, declaramos e definimos que é um dogma revelado por Deus, no qual a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, foi levada aos céus em corpo e alma quando terminou o curso de sua vida na terra."


II. Defesa do Dogma

Afirma-se que este novo dogma foi revelado por Deus, mas não se dão as razões bíblicas do caso. Os apologistas do dogma, no entanto, citam um ou outro versículo isolado das Escrituras, os quais, segundo eles, aludem indiretamente à conveniência da Assunção e glorificação de Maria. Naturalmente, os mesmos versículos que usam para provar a imaculada Conceição (Gên. 3:15; Luc. 1:28) são empregados também para deduzir deles a necessidade da Assunção. Salmos 16:10; 45:9 e João 12:26, trazidos ao caso, em correta exegese, jamais poderão ser tomados como apoio à Assunção de Maria, já que eles claramente se referem, em sua ordem, à ressurreição de Jesus Cristo, à Igreja como a esposa de Cristo e aos crentes em geral.


1. A Tradição


Mas é na tradição, propriamente, onde se pretende basear esta crença, argumentando-se que por ser dita tradição antiga e unânime na Igreja Primitiva, a mesma deve ter sido originada dos apóstolos. Mas quando se faz uma análise séria de tal posição, se descobre que não foi senão até o século VI que apareceram os primeiros indícios de que se comemorava a morte de Maria e começava a celebrar-se a festa da Assunção.


A lenda da Assunção é mencionada pela primeira vez nos fins do século IV em vários escritos apócrifos, como "La Dormición de Maria y El Trânsito de Maria", os quais foram expressamente condenados como apócrifos e heréticos pelo Papa Gelásio no index expurgatorious em princípios do século VI. Foi Gregório de Tours (594 d. C.) o primeiro escritor ortodoxo que os aceitou como autênticos, e, tempos depois, no século VIII, João Damasceno apresentou a Assunção como uma doutrina de antiga tradição católica. No entanto, Benedito XIV declarou, em 1840, que a tradição era insuficiente como doutrina, pois não tinha classe necessária para ser elevada ao nível de artigo de fé.(l)


2. Relato de como Foi a Assunção


As várias tradições a que se recorre contêm marcadas discrepâncias entre si. "Sabido é que há duas tradições, uma favorável à morte de Maria, a outra favorável à sua imortalidade." (2) "A opinião mais comum ensina que Maria ressuscitou ao terceiro dia, como Jesus Cristo; no entanto, alguns dizem que ressuscitou quinze dias depois de sua morte, e outros, quarenta."(3) Nestes relatos há detalhes fantásticos, episódios inverossímeis e até suposições pueris que não se coadunam com o teor sério e autêntico dos Evangelhos canônicos.


Segundo essas tradições, a mãe de nosso Salvador, sendo já uma anciã e cansada de viver neste mundo, suplicou a seu Filho no céu que a levasse o quanto antes para estar com ele. Jesus então enviou-lhe um anjo para que lhe anunciasse sua morte, nova que Maria recebeu com imenso júbilo, mandando arrumar muitas velas e enfeitar o aposento. Para estar presente no momento da morte de Maria, todos os apóstolos, com excessão de Tomé, marcaram encontro em Belém, onde ela morava. João veio da cidade de Éfeso, cavalgando em uma nuvem, e do mesmo modo viajaram os demais apóstolos desde os diferentes países em que se encontravam pregando.
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(1) Opera, VoI. X, p. 499, ed. 1851.


(2) P. Parente, Dlcclonario de Teologia Dogmática, p. 38.


(3) Consultor dei Clero, p. 441. Fizeram-se também presentes Hieróteo, Timóteo e Dionisio, o Areopagita, levando todos eles muitas velas, ungüentos perfumados e espécies aromáticas.


Ante a ameaça de ser assaltada por adversários judeus a casa onde eles estavam, Maria e os apóstolos são transportados outra vez em uma nuvem a casa dela em Jerusalém. Ali suscitaram-se diálogos, e ela os consola e os abençoa, dizendo: "Ficai com Deus, filhos meus mui amados; não choreis porque os deixo, e, sim, alegrai-vos, porque vou para meu Querido." (1) Logo, apresentando seu testamento, recomendou a João, o Evangelista, que repartisse duas túnicas suas para duas jovens que a haviam servido e acompanhado por muitos anos. Chegando o momento de sua morte, ela se recostou em sua cama, enquanto os apóstolos, de joelhos e em pranto e pesar, a beijavam e se despediam. Anjos do céu começaram a chegar e depois Jesus Cristo mesmo, descendo em outra nuvem e rodeado de seres angelicais, apareceu perante sua mãe e, em meio de uma luz deslumbrante e de doces harmonias celestiais, levou a alma de Maria ao céu (em uma variante, Jesus põe a alma dela nas mãos do anjo Gabriel, para que este a leve). Assim foi a morte de Maria, e seu cadáver não se corrompeu, desprendendo delicadíssimos perfumes.


Depois os apóstolos conduziram o corpo exânime de Maria em maca, e deram-lhe honrosa sepultura no vale de Josafá. Sua morte, acontecida quando tinha setenta e dois anos de idade, viu-se acompanhada de muitos milagres, como cura de enfermos, etc. Ao terceiro dia de sepultada, chega Tomé, montado em uma nuvem, e, por engano, desce no Monte das Oliveiras, mas nesse mesmo instante observa o maravilhoso espetáculo do trânsito de Maria aos céus, em corpo e alma, levada por seu Filho Jesus e circundada das hostes celestiais. Logo Tomé procura os outros apóstolos e lhes dá a nova da Assunção, mas eles se mostram cépticos e argumentaram que eles mesmos haviam enterrado Maria. A instância de Tomé vão ao sepulcro e descobrem que este está vazio, o que os convence da ressurreição e assunção de Maria ao céu.


3. São Afonso Maria de Ligório e a Assunção

A viagem de Maria através das esferas siderais e sua entrada na glória são descritas em altos vôos imaginários e com frases ao extremo pitorescas e lisonjeiras pelos panegiristas da Assunção. Por exemplo, São Afonso Maria de Ligório, consumado assuncionista, expressa-se assim: "Jesus a leva pela mão, e a Mãe, felicíssima, corta os ventos, passa as nuvens, atravessa as altas esferas e chega às portas do céu. Ali os anjos que a acompanham levantam a voz e, à semelhança do que disseram quando o Senhor entrou triunfante de volta do desterro, repetiram agora também aos que lá dentro a aguardavam: Abri, príncipes, essas portas e levantai-vos, portas eternas, para que entre a Rainha da glória. No mesmo instante abriram-se de parem par, e entrou vitoriosa na pátria celestial, e, ao vê-la tão formosa, aqueles espiritos soberanos perguntaram uns aos outros:"Quem é esta que chega do deserto, lugar de espinhos e de abrolhos? Quem é esta que vem tão pura e cheia de virtudes, sustentada em seu Amado e tão honrada dele?' E os anjos que a acompanhavam respondiam: 'É a Mãe de nosso Rei, nossa Rainha, a bendita entre todas as mulheres, a cheia de graça, a Santa dos Santos, a querida de Deus, a Imaculada, a mais formosa de todas as criaturas." (1)


(1) P. Pedro de Ribadeneira, Vida de ia Virgem Maria, p. 97.


Ao referir-se a mesma obra, mais adiante, ao ato da coroação de Maria, diz que, por seu turno, se aproximaram de Maria todos os santos, o apóstolo Tiago, o Maior, os profetas, Zacarias e Isabel, São Joaquim e Santa Ana, José e os santos anjos, e saudaram-na, felicitaram-na e honraram-na, e que depois as três Pessoas da Santíssima Trindade a coroaram, pondo em suas mãos o poder, a sabedoria e o amor e que ". . .colocando seu trono ao lado da Santíssima Humanidade de Jesus Cristo, a declararam Rainha do céu e da terra, mandando aos anjos e a todas as criaturas que como tal a reconhecessem, obedecessem e servissem". (2)


III. Refutação

1. Os Pais e Doutores da Igreja


A Assunção de Maria ao céu, de ser certa, seria um fato histórico, e como tal deve ser examinado. Mas acontece que não há certeza quanto ao lugar de sua morte, se foi em Éfeso ou em Jerusalém; não houve testemunhas de seu trânsito ao céu, as tradições em que se baseia a doutrina se contradizem, estão escritas em uma linguagem extravagante, contém relatos inverossímeis; quanto à antiguidade, não chegam nem sequer ao terceiro século. Os Pais e Doutores da Igreja não fizeram alusão a elas nem falaram na Assunção durante os primeiros cinco séculos, o Papa Gelásio condenou-as e o Papa Benedito XIV qualificou-as de testemunho insuficiente, e, no entanto, é sobre esta obscura e débil tradição, sem comprovação histórica nem apoio bíblico, que se levanta o "dogma revelado" da Assunção.
2. Razões de Conveniência
As chamadas razões teológicas ou de conveniência tampouco podem com propriedade ser invocadas a favor deste dogma, pelo simples fato de que Maria não foi divina nem sem pecado nem é co-redentora. A circunstância de sua morte física, reconhecida pela mesma Igreja Católica Romana, é uma prova incontrovertível de que Maria pertencia em todo sentido ao gênero humano e que, como tal, ela participou do pecado de Adão e sofreu a conseqüência universal do pecado original, que é a morte.
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(1) Las Giorias do Maria, p. 339.
(2) Ibid., p. 403.3. Silêncio do Novo Testamento


Mais eloqüente, porém, é o silêncio absoluto que os escritores do Novo Testamento guardam no tocante ao tema da Assunção. Silêncio que implicitamente desvirtua o fundo histórico desta crença, pois é de todo ponto de vista estranho e inexplicável que um acontecimento de tanta transcendência, como o seria o da Assunção, houvesse passado inadvertido para eles, e mais, tendo em conta o fato de que a ascensão de nosso Senhor ao céu ficou plenamente testemunhada nos documentos escritos do Novo Testamento.


Se a Assunção realmente aconteceu, que razões importantes haveria para que os escritores dos livros do Novo Testamento nem sequer a houvessem mencionado, ainda que fosse de passagem? Paulo, por exemplo, em todas as suas cartas apostólicas, faz só uma menção a Maria, e isto acidental e indiretamente, quando, falando da vinda de Jesus ao mundo, diz que foi ((nascido de mulher" (Gál. 4:4), mas não acrescenta nenhum detalhe que pudesse dar margem a essa suposta crença. Pelo contrário, há uma passagem na qual, se fosse certa a Assunção, Paulo teria feito alusão a ela. Falando da ressurreição futura dos crentes, diz ele: ((Cada um, porém, na sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda" (1 Cor. 15:23). Como a tese assuncionista afirma que Maria ressuscitou primeiro e ascendeu ao céu depois, é lógico que Paulo teria feito menção dela neste versículo, dizendo-nos que Maria, à semelhança de seu Filho Jesus, já havia ressuscitado, O que claramente se depreende desta referência bíblica é que Maria, assim como todos os crentes em Jesus Cristo cujos corpos dormem no sepulcro, serão ressuscitados pelo poder de Deus quando soar a trombeta final e o Senhor descer do céu à terra para arrebatar os seus.


4. Silêncio Impressionante de João

De um modo particularíssimo, o silêncio do apóstolo João quanto a este assunto constitui um desfavorável testemunho ,implícito, visto que, por sua mui estreita associação com Maria, teria razão de sobra, e ainda mais que qualquer outro, para haver-se referido, em seus escritos, ao evento da Assunção; e oportunidade teve para havê-lo feito, pois, no livro de Apocalipse, ele descreve suas visões do céu aberto, e, apesar de ter visto a Jesus Cristo como o Rei da Glória e os anjos e as hostes redimidas ao seu redor, não diz nada sobre ter visto Maria como Rainha do céu e sentada em um trono ao lado de seu Filho Jesus. Também no Evangelho que leva seu nome, cap. 3 e v. 13, João registra as palavras que Jesus disse a Nicodemos: "Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem." Como o evangelista escreveu seu Evangelho em fins do primeiro século, isto é, suficiente número de anos depois da suposta Assunção de Maria ao céu, é de supor que, ao citar ele a afirmação feita pelo Senhor, houvera incluído também uma referência ao caso excepcional de Maria, tal como o faz no último capitulo (21 :20-23) do Evangelho, no qual, ao relatar a resposta que Jesus lhe dera à pergunta de Pedro "e deste que será?", João acrescenta, muitos anos depois do incidente e para proveito de seus leitores, a seguinte declaração: "Jesus, porém, não disse que não morreria, mas: Se eu quiser que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso?"
5. A Carta aos Hebreus e a Assunção
Há, porém, algo mais. A doutrina da glorificação e a mediação de Maria aparece na teologia católica intimamente ligada à doutrina de sua Assunção. Acontece que a Carta aos Hebreus, escrita também anos depois do suposto trânsito de Maria ao céu, expõe com claridade meridiana a doutrina do ministério de intercessão de Jesus Cristo no céu em favor de seus filhos na terra, mas não há nem a mais leve alusão a que Maria esteja desempenhando parecidas funções acima na glória. O escritor sagrado expressa-se assim: "Tendo, portanto, um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou os céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemo-nos, pois, confiadamente ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achemos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno" (Heb. 4:14-16). Sendo que as Escrituras nos foram dadas para nossa instrução e edificação (II Tim. 3:16,17), é moralmente inconcebível que elas nos privassem não só do conhecimento, senão também do consolo da mediação de Maria. A inferência do Novo Testamento sobre o dogma da Assunção de Maria ao céu é uma prova mui forte da falsidade histórica e doutrinal do mencionado dogma.


IV. O Concilio Vaticano II
No Concílio Vaticano II, não se trouxe a debate o dogma da Assunção. Simplesmente foi dado como aceito e confirmado, segundo as seguintes palavras: "Finalmente, preservada livre de toda culpa de pecado original, a Imaculada Virgem foi levada em corpo e alma à glória celestial, ao terminar sua viagem terrenal. Ela foi exaltada pelo Senhor como Rainha de todos, a fim de que pudesse ser mais completamente configurada a seu Filho, o Senhor dos senhores (cf. Apoc. 19:16) e o conquistador do pecado e da morte."(l)






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(1) Walter M. Abbott, S.J., The Docum.nts of Vatlcan Ii (Guiid Press: New York), p. 90

domingo, 21 de novembro de 2010

PODRE?

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“Se há problemas que podem impedir uma crença plena na Bíblia, esses problemas devem ser reconhecidos e uma resposta buscada, ou a fé incentivada onde falta evidência completa. Mas negar a Bíblia, com a conseqüente negação de Cristo, traz outros problemas que nos nossos dias já levaram nosso mundo ocidental para bem perto do desespero. Não podemos sentir que o distanciamento da Bíblia no século 20 tenha produzido poder espiritual, crescimento em graça, segurança da salvação, paz de espírito, santidade do lar, ou qualquer outro dos frutos normalmente associados com o Cristianismo. Algo está podre na casa da fé. Talvez seja porque os profetas da teologia moderna perderam sua fé no Cristo do Livro”.
Fonte: Laird Harris. Inspiração e Canonicidade da Bíblia. Editora Cultura Cristã, 1ª edição, p 51,126. São Paulo - SP, 2004.
Via: [ UMPCGYN ]
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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

SOMENTE PELA GRAÇA



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Por Martinho Lutero

Voltemo-nos agora para João, que também escreveu com eloqüência contra o "livre-arbítrio". Diz ele, em João 1.5: "A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela". E, em João 1.10,11: "Estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o rece¬beram". Por "mundo", João dá a entender a humanidade inteira. Visto que o "livre-arbítrio" seria umas das mais ex¬celentes faculdades do homem, deve ser incluído em qualquer coisa em que João diz acerca do "mundo". Por conseguinte, de acordo com esses textos, o "livre-arbítrio" não reconhece a luz da verdade, mas antes, odeia a Cristo e ao seu povo. Muitas outras passagens, como João 7.7; 8.23; 14.7; 15.19; e 1 João 2.16; 5.19, proclamam que o "mundo" (o que inclui, especialmente, o "livre-arbítrio") está debaixo do controle de Satanás.

O "mundo" inclui tudo quanto não foi separado para Deus por meio do Espírito Santo. Ora, se tivesse havido alguém neste mundo que, por meio de seu "livre-arbítrio", tivesse chegado a conhecer a verdade e que, por intermédio do "livre-arbítrio", não tivesse odiado a Cristo, então João teria alterado o que escreveu. Entretanto, ele não o fez. Torna-se evidente, portanto, que o "livre-arbítrio" é tão culpado quanto o "mundo". Em João 1.12,13, o mesmo apóstolo prossegue: "Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus". As palavras "não nasceram do sangue" significam que é inútil alguém depender de sua origem familiar ou do local do seu nascimento. As palavras "nem da vontade da carne" apontam para a insensatez de se depender das obras da lei. E as palavras "nem da vontade do homem" mostram que nenhum esforço humano pode conseguir tornar alguém aceitável a Deus.

Se é que o "livre-arbítrio" tem alguma utilidade, então João não deveria ter rejeitado a "vontade do homem", porquanto, de outro modo, estaria em perigo conforme Isaías 5.20: "Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal". Não há margem para dúvida de que a origem familiar é inútil para que alguém, através dela, venha a obter a salvação, porque em Romanos 9.8 Paulo escreve: "Isto é, estes filhos de Deus não são propriamente os da carne, mas devem ser considerados como descendência os filhos da promessa".

Além disso, João também afirma, em João 1.16: "Porque todos nós temos recebido da sua plenitude, e graça sobre graça". Isso posto, recebemos bênçãos espirituais exclusivamente através da graça derivada de Outrem, e não através de nossos próprios esforços. Duas idéias contrárias não podem ser ambas verdadeiras. É impossível que a graça divina seja tão sem valor que qualquer um, em qualquer lugar, seja capaz de obtê-la, ao mesmo tempo que essa graça é tão valiosa que só podemos recebê-la através dos méritos de um único homem, Jesus Cristo.

Como eu gostaria que os meus opositores percebessem que quando advogam a causa do "livre-arbítrio", estão negando a Cristo. Se podemos obter graça divina mediante o nosso "livre-arbítrio", então não temos necessidade de Cristo. E, se temos a Cristo, não precisamos do "livre-arbítrio". Aqueles que defendem o "livre-arbítrio" atestam sua negação a Cristo por meio de suas ações, porquanto alguns deles chegam ao extremo de apelar para a intercessão de Maria e de "santos", não dependendo de Cristo como o único mediador entre Deus e o homem. Todos esses têm abandonado a Cristo em sua obra como mediador e gracioso salvador, considerando os méritos de Cristo de menor valor do que seus próprios esforços.

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Fonte: Nascido Escravo, Ed. Fiel, Cap. 1, Argumento 12.
Autor: Martinho Lutero.

Via: [ Blog dos Eleitos ]

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

MARIA A BEM-AVENTURADA



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Maria surgiu na história com uma missão específica: trazer o Messias ao mundo, por meio da concepção. Ela fígura não mais como um "canal" ou "meio" pelo qual o Filho veio ao mundo. Sua vida pode ser vista como exemplo de fé e devoção, mas não como um objetivo de culto.

Ao nascer, Maria não se distinguiu de nenhum ser humano; ela foi concebida em pecado e assim permaneceu até a sua morte. Ela não foi e não pode ser considerada divina, ou parte da santissima Trindade. É Jesus e não Maria quem intercede por nós diante do Pai. Amamos Maria, mas adoramos Jesus. Epifânio, um grande apologista cristão do século IV, fez a seguinte observação:

"Não se deve honrar os santos mais do que é justo, mas deve-se honrar o Senhor dos santos. Maria, de fato, não é Deus nem recebeu seu corpo do céu, mas de uma concepção de um homem e uma mulher. Ela é digna de muita honra mas não foi dada para adoração, antes, adora aquele que nasceu de sua carne. Honre-se Maria, mas adore-se o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Ninguém adore Maria".

Sempre virgem?

É um erro pensar que Maria permaneceu virgem por toda a vida, uma vez que o relato de Mateus parece não deixar dúvida.
"E José, despertando do sono, fez como o anjo lhe ordenara e recebeu sua mulher, e não a conheceu até que deu à luz seu Filho, o primogênito..." (Mt. 1.24)

Essa passagem declara que, depois do nascimento de Jesus, José e Maria tiveram uma vida conjugal normal como qualquer outro casal. Mateus é incisivo em dizer que "José não a conheceu até que...", uma vez que tanto a palavra "conheceu" como a preposição "até", possuem um mesmo sentido no texto. Primeiro, sempre que a Bíblia emprega o termo "conheceu", ele está associado a uma relação sexual. É o que encontramos em Gêneses 4.1. "E conheceu Adão a Eva, sua mulher, e ela concebeu e deu à luz a Caim..". Segundo, sabemos pelos evangelhos que Maria teve outros filhos além de Jesus.
"Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua Mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? E não estão entre nós todas as suas irmãs?( marcos 6:3). 
Esse texto é enfático em afirmar que Maria teve outros filhos além de Jesus, pondo por terra a teoria católica da virgindade perpétua. É fácil de perceber pelo texto que Mateus se refere mesmo a família de Jesus, porque faz referência aos pais do mestre. Logo, seria de se imaginar que os "irmãos de Jesus" eram mesmo irmãos de carne, e não "primos", como o catolicismo quer provar.

Todos pecaram
É um erro pensar que Maria foi concebida sem pecado, uma vez que a Bíblia é taxativa ao dizer: "Em iniquidade foi formado, e em pecado me concebeu minha mãe" (Sl. 51.5). Embora tais palavras tenham sido proferidas por Davi, elas se aplicam a todos os seres humanos. É o que Paulo tinha em mente quando disse: "pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rm. 3.23). O pecado trouxe separação entre o homem e Deus, fazendo com que todos nascessem na iniquidade.
Com exceção de Jesus, todos os que vieram após Adão possuem a semente do pecado. Ele faz parte da natureza humana, sendo removido somente pelo sangue de Jesus. Mesmo assim, para ser redimido, o homem precisa ter um encontro com Deus. A salvação é recebida de graça, mediante a fé em Cristo. Isto é, ela resulta da graça de Deus (Jo. 1.16) e da resposta humana da fé (At. 16.31). Maria, como qualquer outra pessoa, não poderia fugir à regra. Ela não poderia alcançar a salvação por si só - ela necessitava da graça de Deus (Lc. 1.29).
Autor: Johnny T. Bernardo
Fonte: [
INPR Brasil ]

domingo, 14 de novembro de 2010

A VERDADEIRA GLÓRIA



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Por: R.C. Sproul
Mateus 17.1-9; Marcos 13.24-27; Hebreus 1.1-3; Apocalipse 22.4, 5
Temos a tendência de pensar em glória como algo a ser atingido por vitórias extraordinárias num esporte, de realizações comerciais ou por meio da fama pessoal. Na Bíblia, porém, glória tem a ver com o brilho radiante que emana da transcendente majestade de Deus. Em momentos cruciais, o esplendor da di­vindade de Jesus irrompeu de dentro do manto de sua humanidade.
A glória de Cristo talvez nunca tenha se tornado tão evidente quanto na Transfiguração. A palavra grega para transfiguração é metamorphoomai, da qual se deriva nossa palavra metamorfose. Denota uma mudança de forma, como, por exemplo, a transformação que ocorre quando uma crisálida se trans­forma numa borboleta. O prefixo trans significa literalmente "através de". Na transfiguração, um limite ou barreira foi transposta. Podemos chamar de cruzar a linha entre o natural e o sobrenatural, entre o humano e o divino. A transfiguração cruzou a fronteira das dimensões e entrou na esfera de Deus.
Na Transfiguração, uma luz radiante brilhou de Jesus. Essa luz foi a ma­nifestação visível de que a barreira tinha realmente sido transposta. Existem algu­mas similaridades entre esta manifestação de glória e o brilho no rosto de Moisés quando retornou do monte Sinai com os Dez Mandamentos. As diferenças, con­tudo, são significativas. A face de Moisés brilhou com glória refletida. Cristo não refletiu simplesmente o brilho da glória divina, mas sua glória é o resplendor da glória divina. Neste sentido, sua glória claramente transcende a glória refletida no rosto de Moisés.
Cristo, portanto, não refletiu uma luz, mas ele mesmo era a fonte da luz. A Transfiguração era uma mostra do que os cristãos iriam experimentar na Nova Jerusalém. Em Apocalipse 21.23, João explica que a cidade celestial não terá necessidade do sol ou da lua para iluminá-la. A glória de Deus a iluminará. O Cordeiro será sua luz. João escreve: "Contemplarão a sua face, e na sua fron­te está o nome dele. Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos” (Ap 22.4, 5).
Não deveríamos ficar surpresos pelo fato de a glória de Cristo ter brilha­do na Transfiguração. A surpresa deveria ser pelo fato de que ele voluntariamen­te escondeu sua glória por amor dos seus filhos.
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Fonte:
Verdades Essenciais da Fé Cristã, R.C. Sproul, 1º Caderno, cap. 32, Ed. Cultura Cristã.
Extraído do site: [ Eleitos de Deus ]

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O LAGO DE FOGO

Aonde estarás tu???
 
Inferno o que dizer?


Hoje na mídia muitos programas Evangélicos e Católicos divulgam sua religião, cada um com pensamentos  diferentes .Todos querendo ganhar  seguidores para sua religião. Mas será que esses líderes estão realmente fazendo à vontade do Senhor?  Não  meu querido leitor, na verdade muitos estão se enriquecendo nas custas das pessoas, que não tem conhecimento da Palavra de Deus nem do juízo de Deus.
O Senhor Jesus disse: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado (Marcos 16:15-16). Você entende isso? Quem não crêr será condenado, está é a punição pelos pecados; CONDENAÇÃO. Porque o salário do pecados é a morte (Romanos 6:23). Você deve entregar sua vida a Jesus Cristo hoje mesmo, para se torna um filho de Deus (João 1:12), o INFERNO é uma realidade não uma ficção, Jesus disse: E não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo( Mateus 10:28). É você percebe que a palavra de Deus é diferente desses programas evangélicos e católicos, corra bem depressa, porque está escrito: E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo (Apocalipse 20:15).
Hoje pode ser seu último dia sobre a terra. Pare,pense e medite!

Autor: Alexsandro jose Alexandre

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

NÃO ENTRE!!!


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Não entres na vereda dos perversos, nem sigas pelo caminho dos maus. – Provérbios 14.4
O caminho dos maus pode parecer atraente e a via mais curta para se alcançar algum objetivo, mas é uma vereda maligna e terminará desfavoravelmente. Se você ama a sua alma e o seu Deus, fuja dele. Não basta dizer, mantenha distância dele, mas mantenha grande distância. Nunca ache que está suficientemente longe dele. O caminho dos justos é luz, Cristo é o caminho deles e Cristo é luz. Os santos só serão perfeitos quando chegarem no céu e lá eles brilharão como o sol na sua força. O caminho do pecado é como as trevas. O caminho do perverso é escuridão e, portanto, perigoso. Eles caem no pecado, mas não sabem como escapar dele; caem em tribulações, mas jamais buscam saber por que Deus contende com eles nem o que vai ocorrer no final. É desse caminho que se nos ordena que fujamos. Ouvir atentamente a Palavra de Deus é o sinal positivo de uma obra de graça principiada no coração e um bom meio para fazê-la prosperar. A Palavra de Deus contém a medicação certa para todas as doenças da alma. Guarde o seu coração com toda a diligência. Temos de vigiar com rigor a nossa alma; devemos livrar o coração tanto de causar feridas como de se ferir. Para isso temos uma boa razão: porque dele procedem as fontes da vida [Pv 4.23]. Acima de tudo, devemos buscar do Senhor Jesus essa água da vida, o Espírito santificador, que jorra para a vida eterna [Jo 4.14].

[Ler Provérbios 4.14-27]


Autor: Matthew Henry (1662–1714)
Fonte: Daily Readings, Randall J. Perderson (org.), Chistian Focus Publications, 2009, “August 1”.
Tradutor: Marcos Vasconcelos
Via: [ Mens Reformata ]

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A VIDA COM CRISTO


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Por: M. Lloyd-Jones

O cristão deve saber por que é cristão. O cristão não é uma pessoa que simplesmente diz que lhe sucedeu algo maravilhoso. . . está sempre preparado e pronto a dar a «razão da esperança que há nele». Se não o pode fazer melhor será que trate de ter certeza de sua posição. O cristão sabe por que ele é o que é, e sabe qual a sua situação. Foi-lhe apresentada a doutrina; recebeu a verdade. Esta «forma de sã doutrina» (Romanos 6.17 e Tito 2.1) o alcançou. Alcançou-lhe a mente, e sempre há de começar com sua mente. A Verdade vem à mente e ao entendimento iluminados pelo Espírito Santo.

Depois, tendo percebido a verdade, o cristão a ama. Ele lhe comove o coração. Ele percebe o que era, vê a vida que estava levando, e a odeia. Se você chegar a perceber a verdade acerca de você mesmo como escravo do pecado, então você se odiará. Depois, ao contemplar a gloriosa verdade do amor de Cristo, você quererá e desejará este amor. Assim, o coração fica engajado. Perceber a verdade significa de fato que você foi tocado por ela e que você a ama. Você não pode evitá-la. Se você chega a perceber claramente a verdade, irá senti-la sem falta. Então aquilo leva a isto, que o seu maior desejo será praticá-la e vivê-la.

Esse é o argumento de Paulo. Diz ele: O que estais falando, de continuar no pecado, é inimaginável. Se tão-so¬mente percebêsseis vossa unidade com Cristo, que fostes sepultados à semelhança da Sua morte, e, portanto, com Ele ressuscitastes, jamais ousaríeis falar desse modo. Não é pos¬sível que vos junteis a Cristo e sejais um com Ele, e ao mesmo tempo indagueis: «Continuaremos no pecado?» Esta grande verdade me dá licença para continuar a fazer as coisas que anteriormente eu achava atraente? Claro que não. Isso é inconcebível. O homem que sabe e crê que «ressuscitou com Cristo», inevitavelmente desejará andar em novidade de vida com Ele.
Fonte: Spiritual Depression, p. 61,2.
Via: [ Blog Martyn L. Jones ]
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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

QUEM É O ESPÍRITO SANTO?


Será o Espírito Santo uma força? Ou talvez uma função? Quem é o Espírito Santo?

Muitos conceitos são formados, erroneamente, sobre o Espírito Santo. Uns dizem que Ele é simplesmente uma
força e que não é uma pessoa, outros dizem que é uma função de Deus, em fim, quem é o Espírito Santo mencionado nas Escrituras Sagradas?
Para sabermos com confiança acerca desse assunto devemos recorrer à palavra de Deus, é lá que teremos a fonte segura e confiável sobre a 2ª pessoa da trindade “O ESPÍRITO SANTO”
Em João 14 o Senhor Jesus estava preparando seus discípulos para a sua morte, Ele prometeu que uma pessoa da mesma essência “OUTRO CONSOLADOR”, ou seja, não parecido, mas igual ao que o próprio Senhor Jesus é “Deus” viria para habitar em todo aquele que nele crer como seu salvador pessoal. Essa promessa fazia parte do próprio ministério do Espírito Santo, porque Jesus assegurou aos seus discípulos que, depois de sua partida para o céu, a presença do próprio Deus estaria neles através do Espírito Santo, e essa presença compensaria a ausência do Senhor Jesus que agora se despede dos seus amados aprendizes que tanto se acostumaram com a presença amorosa e com as palavras de conforto do Mestre.
Nas palavras de Jesus  no evangelho de  João 14. 15-18 temos: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conhecereis, porque ele habita convosco e estará em vós. Não vos deixarei órfãos...”
O próprio Senhor Jesus falou acerca do Espírito Santo, veja como Ele o descreve:
1.      outro Consolador – para que serve um consolador? Para consolar é claro, ou seja, Ele seria aquele capaz de compensar a ausência física de Jesus, trazendo paz e segurança aos corações dos filhos de Deus.
A palavra “Consolador” no grego é “parakletos” em cuja raiz está o conceito de aconselhar, exortar, consolar, fortalecer, interceder e estimular. Isto só é possível se o Espírito Santo for realmente uma pessoa uma personalidade e não uma força ou uma função, pois uma força não exorta, não consola, não aconselha, não ensina (v, 26) diz “mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as cousas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.” Ele não é uma força Ele é uma pessoa muito especial.

Jesus também disse que o Espírito Santo é:

2.     O Espírito da verdade – ou seja, toda vez que o Espírito Santo fala e orienta, sempre o faz de acordo com a verdade de Deus revelada que é a Bíblia. Se o Espírito Santo é o Espírito da verdade então Ele não mente! E é esse Espírito que o mundo não conhece, é esse Espírito que o mundo não compartilha, por isto, o mundo não pode recebê-lo “o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece...” (v, 17) a palavra mundo aqui mencionada significa – multidão incrédula; massa inteira de homens alienados de Deus e por isto, inimigos de Cristo e da sua causa.

Jesus também disse que esse Espírito habitaria para sempre neles (em todo aquele que crê verdadeiramente) “Eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco” (v, 16). E como o Espírito estará conosco? Habitando em nós! Veja:
“... porque ele habitará convosco e estará em vós” (v, 17) – o Espírito santo esteve ativo no A.T, mas agora depois de pentecostes Ele passou a habitar permanentemente na vida do crente de maneira diferente, (1) é para sempre (2) e é privilegio de todo verdadeiro crente. Isto quer dizer que, em Cristo, o corpo do crente é habitação “morada ou templo” do Espírito Santo “não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?...” (I Co 3.16-17).

O Espírito Santo também é o selo de garantia de que somos propriedade exclusiva do Deus vivo “em quem (em Cristo) também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa, o qual é o penhor da nossa herança até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória.” (Ef 1.13-14).

Observe também:
“mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as cousas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.” (Jo 14.26)

“quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim;” (Jo 15.26)

“quando ele vier convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque não crêem em mim; da justiça, porque vou para o Pai, e não me vereis mais; do juízo porque o príncipe deste mundo já está julgado. Tenho ainda muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora: quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará as cousas que hão de vir. Ele me glorificará porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar.” (Jo 16.8-14).

ativa que age no cristão verdadeiro.

O Espírito Santo age em nosso favor, apresentando diante de Deus as nossas suplica quando, em momentos difíceis, não sabemos nem como orar de acordo com a vontade de Deus, veja:
 “também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos.” (Rm 8.26-27).

O Espírito Santo nos guia e nos dá a certeza de que somos filhos de Deus e co-herdeiros com Cristo:
“pois os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. porque não recebestes o espírito de escravidão para viverdes outra vez atemorizados, mas recebestes o espírito da adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai. O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiro de Deus e co-herdeiros com Cristo: se com ele sofremos, para que também com ele sejamos glorificados.” (Rm 8.14-17).

Então nós podemos concluir através desses atributos, registrados na palavra de Deus, que o Espírito Santo:
1.     Instrui os crentes em Cristo e os faz lembrar das coisas que Jesus declarou.
2.     Ele testifica acerca de Jesus e O glorifica.
3.     Ele ensina e esclarece o evangelho, dado por Deus através de Jesus Cristo, de modo que aqueles que crêem no evangelho possam desfrutar de paz com Deus e aqueles que não crêem no evangelho estejam cientes do juízo que virá.
4.     Ele guia os crentes na verdade dando-lhes a certeza de que são filhos de Deus e da herança em Cristo.
5.     Ele intercede por nós em tempos difíceis.
6.     Ele nos convence do pecado e nos admoesta a viver uma vida pura e santa.

Conclusão:
Amado leitor, se você ainda não reconhece o Espírito Santo, o Espírito da verdade como é chamado na palavra de Deus, considerando o que sobre Ele foi dito principalmente pelo nosso Senhor Jesus Cristo, é hora de rever seus conceitos e refletir com cuidado e seriedade, pois sua vida na eternidade depende dessas verdades. Sem o Espírito Santo de Deus presente em tua vida será impossível chegar a Deus, portanto, reconheça que Ele é Deus, Ele habita no crente, Ele sela o crente para que este seja propriedade exclusiva do Deus vivo, Ele nos ensina a verdade e nos consola com a sua presença, Ele nos guia para que concentremos nossa atenção em Cristo, Ele nos dá um novo caráter, para que tenhamos condições de nos tornarmos semelhantes a Cristo, em fim, a pessoa que verdadeiramente aceitou a Jesus como seu único e suficiente salvador e reconhece o Espírito Santo como sendo uma das pessoas da trindade, este é guiado pela verdade, pois tem sua vida dirigida pelo Espírito Santo de Deus. Que Deus te abençoe.

  Autor: José Samarone Lima da Silva
 Membro: Igreja Batista Fundamentalista de Nova Cruz, RN  
Material consultado:
O livro dos Dons; Kalisher, Meno
Estudos bíblicos em Jerusalém







domingo, 7 de novembro de 2010

UM DESAFIO


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Tudo quanto fazemos neste mundo é de tremenda significação, e não podemos dar-nos o luxo de supor que não há risco. . . nosso Senhor. . . parte da questão relativa ao julgamento feito acerca de outras pessoas. Devemos ser cuidadosos quanto a isso, porque nós mesmos estamos sujeitos a juízo. Mas por que, então, nosso Senhor faz esta promessa, nos versículos 7-11 (de Mateus 7), nesse ponto? Por certo é esta a resposta: Nos versículos 1 a 6, Ele nos mostra o perigo de condenar a outrem, como se fôssemos nós os juízes, e de abrigar amargura e ódio no coração. Ele também nos manda tirar a trave do nosso olho, «antes de querer extrair o argueiro do olho do nosso irmão.

O efeito disso tudo, em nós, é revelar-nos a nós mesmos e mostrar-nos quão terrivelmente necessitamos da graça. . . ficamos humilhados e nos pomos a indagar: «Quem é suficiente para estas coisas? Como terei possibilidade de viver à altura de tal padrão?» . . .damo-nos conta de quão indignos e pecadores somos. E o resultado disso é que nos sentimos totalmente sem esperança nem socorro. Dizemos: «Como podemos viver segundo o Sermão da Montanha? Como pode alguém elevar-se ao nível de tal padrão? Precisamos de socorro e de graça. Onde obtê-los?» Eis a resposta: «Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á».

Essa é a conexão entre os dois trechos, e devemos dar graças a Deus por ela, porque, estando face a face com este glorioso Evangelho, temos de sentir-nos arruinados e indignos. Os insensatos que pensam no cristianismo somente em termos daquela pouca moralidade que eles mesmos podem produzir, nunca chegam a ver o que é o cristianismo. O padrão pelo qual somos confrontados é aquele que encontramos no Sermão da Montanha. Esse padrão esmaga a todos nós até ao chão, e somos levados a compreender nossa incapacidade e nossa desesperada necessidade de graça. Aí está a resposta; a solução nos está sendo oferecida. No versículo oitavo o Senhor repete a Sua oferta.
Autor: Martyn Lloyd-Jones
Studies in the Sermon on the Mount, ii, p. 198,9-

Fonte: [ Martyn Lloyd Jones ]
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sábado, 6 de novembro de 2010

O livro perfeito


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Tente não jogar fora nada do livro perfeito. O que você encontra nele permita que ali fique, e o faça seu para pregar conforme a analogia e o tamanho da fé. Aquilo que é digno de ser revelado por Deus é digno de nossa pregação - isso é o mínimo que posso dizer a respeito."Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus" (Mt 4.4; Dt 8.3). "Cada palavra de Deus é comprovadamente pura; ele é um escudo para quem nele se refugia" (Pv 30.5). Permita que cada verdade revelada seja apresentada a seu tempo. Não procure assunto em qualquer outro lugar, pois com tal infinitude de temas diante de você não há necessidade de assim fazer; com tão gloriosa verdade para pregar seria uma audaciosa crueldade fazer isso.

Autor:
Charles R. Spurgeon
FONTE: [ Cinco Solas ]
Via: [
Projeto Spurgeon ]

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

FRUTO


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Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. — João 15.5
Os frutos do Espírito são a única prova satisfatória de que somos crentes de verdade.

O discípulo que permanece em Cristo, como o ramo permanece na videira, sempre dará fruto.

Quem sabe o significado da palavra "fruto", não precisa esperar muito por uma resposta. Arrependimento diante de Deus, fé em nosso Senhor Jesus Cristo, santidade de vida e de conduta: essas características são o que o Novo Testamento chama de "fruto". Elas são as marcas distintivas dos ramos vivos da Videira verdadeira. Se faltarem, é inútil dizer que se tem graça e vida espiritual "dormentes". Onde não há frutos não há vida. Quem não tem esses sinais, mesmo vivo, está morto (1Timóteo 5.6).

Não podemos esquecer que a verdadeira graça jamais é inoperante. Ela nunca dormita nem dorme. É falsa a ideia de supormos que somos membros vivos de Cristo se não se vê em nosso caráter e vida o exemplo de Cristo. O "fruto" é a única prova satisfatória da união salvadora entre Cristo e nossa alma. Onde não há fruto do Espírito para ser visto, não há religião vital no coração. O Espírito de vida em Jesus Cristo sempre se dará a conhecer na conduta diária daqueles em que ele habita. O Mestre mesmo é quem declara: "cada árvore é conhecida pelo seu próprio fruto" (Lucas 6.44).

Deus sempre aumentará a santidade dos verdadeiros cristãos, pela maneira como os trata providencialmente. "Todo ramo", está escrito, "que dá fruto [ele] limpa, para que produza mais fruto ainda" [João 15.2]
O significado dessa linguagem é claro e imediato. Da mesma maneira que o vinhateiro poda os ramos da videira frutífera, para fazê-la mais frutífera ainda, assim também Deus purifica e santifica os crentes pelas circunstâncias da vida em que ele os coloca.

É esse o processo pelo qual ele os "purifica" e os faz ainda mais frutíferos.

[Para melhor proveito, leia João 15.1–11]

Autor: J. C. Ryle (1816–1900)
Fonte: Day by day with J. C. Ryle, Eric Russell, Christian Focus
Publications, p. 386
Tradutor: Marcos Vasconcelos
http://www.blogger.com/www.mensreformata.blogspot.com

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

RENOVAÇÃO


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"Mas os que esperam no SENHOR renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão". Isaías 40-31

Tudo na terra precisa ser renovado. nada que foi criado continua por si mesmo."Assim renovas a face da terra", declarou o salmista (sl 104.30) Até as árvores, que não se preocupam nem encurtam suas vidas com trabalho, precisam beber a chuva do céu e absorver os tesouros escondidos do solo. Os cedros do Líbano, que Deus plantou, só vivem porque dia a dia se enchem da seiva fresca tirada da terra. A vida do homem também não pode ser sustentada sem a renovação de Deus.

Assim como é necessário repor as perdas do corpo comendo com frequência, precisamos restaurar a alma alimentando-a com a Palavra de Deus, ouvindo a Palavra pregada.

Quão abatidos ficamos quando os recursos são negligenciados! Quão famintos espiritualmente estão alguns santos que vivem sem usar de modo diligente a Palavra de Deus e a oração. Se a nossa devoção pode permanecer sem Deus, não é criação divina; é apenas um sonho. Porque se fosse criação de Deus, esperaria nEle como as flores esperam o orvalho. Sem uma constante restauração, não estamos preparados para os ataques incessantes do inferno ou mesmo para os conflitos em nosso interior. Quando surge o furacão, ai das árvores que não absorvem a seiva fresca e não fixam suas raízes envolvendo-as na rocha. Quando vem a tempestade , ai dos marinheiros que não reforçam os mastros, não lançaram sua âncoras ou não procuraram um porto seguro.

Fiquemos perto do escabelo da misericórdia divina em petição humilde e zelosa, e veremos o cumprimento da promessa : "Os que esperam no Senhor renovarão suas forças".

FONTE: "O melhor de Charles Surgeon", publicado pela CPAD
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