domingo, 24 de julho de 2011

CERTEZA

Certeza

É possível uma pessoa saber que é salva e que vai para o céu?
Em resposta a esta pergunta, devemos primeiramente observar que, se a salvação fosse por meio das obras, tal certeza seria impossível. Uma pessoa nunca poderia estar completamente certa de ter realizado boas obras suficientes ou o tipo correto de boas obras. Além disso, se sua salvação dependesse da continuidade de uma vida perfeita, ela nunca poderia ter certeza de que continuaria a satisfazer esse requisito.
Aqueles que crêem que a salvação é dependente de seu caráter pessoal ou das boas obras invariavelmente traem esse fato através de sua fala. Você pergunta a um homem: “Você é salvo?” E é provável que ele responda: “Estou me esforçando para ser”. Em outras palavras, ele espera fazer o que for necessário para merecer a salvação, e não recebê-la como um presente.
Você pergunta a outro homem: “Você vai para o céu?” E ele responde: “Só vou saber quando eu morrer”. Ele tem a idéia de que Deus, naquela hora, vai pesar suas boas e más ações, e que seu destino dependerá de quais ações forem mais pesadas.
Você pergunta a um terceiro homem, e ele responde: “Espero que sim”. Ou “Acho que sim”. Ou ainda “Sou tão bom quanto os outros”. Todas estas respostas indicam que ele está tentando fazer por merecer a aprovação de Deus, mas nunca tem certeza de nada.
Entretanto, como a salvação é pela graça, é possível saber com total certeza quando se é salvo.
“Essa é a razão por que provém da fé, para que seja segundo a graça, a fim de que seja firme a promessa para toda a descendência” (Rm 4.16a).
A única maneira através da qual Deus pôde planejar uma CERTEZA de salvação para a humanidade foi pela graça, mediante a fé.
Salvação pela graça significa que tudo depende de Deus e nada depende do homem. Quando tudo depende de Deus, não há possibilidade de fracasso.
Salvação pela graça significa que a vida eterna é um presente, é um dom. Uma pessoa sabe quando aceita um presente. Não há lugar para dúvidas.
A salvação pela graça baseia-se na obra consumada de Cristo. Como Ele completou Sua obra plenamente, o homem não precisa fazê-lo. O homem simplesmente aceita aquilo que Cristo fez por ele.
Como a salvação é pela graça, é possível saber com total certeza quando se é salvo.
Paulo sabia que era salvo. Ele disse: “Porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia” (2 Tm 1.12) (ver Tito 3.5).
Os crentes de Éfeso sabiam que eram salvos, pois Paulo escreveu a eles: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2.8).
Na verdade, todos os crentes destinatários das cartas do Novo Testamento são mencionados como aqueles que já haviam sido salvos e que sabiam disso.
Aos que mantêm suas convicções de que a salvação está de certa forma ligada a boas obras, parece presunção quando um cristão diz que é salvo. De fato, se a salvação dependesse, mesmo que em um grau mínimo, do que o homem é ou do que faz, então seria mesmo uma indescritível presunção ele afirmar ter a vida eterna.
Mas, como a salvação é pela graça, não há nenhuma presunção envolvida nisso. Dwight L. Moody entendeu isso quando disse: “Não me envergonho de dizer que sou um homem convertido; não há nisso nenhum crédito a mim mesmo!”
Os que negam que se possa saber se é salvo, ou não, são os verdadeiros culpados de presunção. Eles têm a presunção de contradizer a Deus. Ele diz que é possível sabermos (1 Jo 5.13). Eles dizem que não. Portanto, eles chamam Deus de mentiroso (1 Jo 5.10).
Mas como, então, um cristão sabe que tem a vida eterna? Como ele pode ter certeza que é salvo?
A resposta na forma mais breve possível é que a certeza da salvação vem através da Palavra escrita de Deus.
Quando Deus planejou o Evangelho da graça, Ele queria que aqueles que confiassem em Seu Filho soubessem, sem sombra de dúvida, que haviam passado da morte para a vida. Como Ele poderia atingir esse objetivo da melhor maneira? Qual seria a coisa mais certa, no Universo, sobre a qual poderia ser baseada a certeza da salvação?
O que proporciona mais certeza em todo o Universo é a própria Palavra de Deus. Ela diz uma coisa, então isso deve ser verdade. Não há possibilidade de erro, nem de falha, nem de engano. Os céus e a terra passarão, mas a Palavra de Deus nunca passará (Mc 13.31). Ela está firmada para sempre. Não há nenhuma possibilidade de engano quando se crê em Deus. É impossível nos decepcionarmos por confiar nEle.
Portanto, Deus determinou outorgar-nos a certeza por meio de Sua própria Palavra, a Bíblia. Nas Escrituras, Ele nos legou um testemunho garantindo de que todo aquele que crê no Nome do Filho de Deus tem a vida eterna.
“Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus” (1 Jo 5.13).
Em outras palavras, a Bíblia foi escrita por Deus para que todos os que crêem em Cristo possam saber que são salvos.
Se você confia em Jesus Cristo como Senhor e Salvador, então pode saber que tem a vida eterna. Como você pode saber? Porque Deus fala isso em Sua Palavra. Nada poderia haver mais certeza que isso.
A Bíblia foi escrita por Deus para que todos os que crêem em Cristo possam saber que são salvos.
O problema com muitas pessoas é que elas preferem depender de seus sentimentos para saber se são salvas. Elas acham que, quando confiam em Cristo, vão experimentar sentimentos misteriosos e emocionais. Elas acham que passará uma sensação de calor por seu corpo, como ondas. Elas esperam algo como impulsos elétricos que farão tocar os sininhos da alegria. Quando esses fenômenos não ocorrem, essas pobres pessoas concluem que não são salvas.
Elas deveriam entender que a Bíblia nunca fala sobre sentir-se salvo. Elas estão procurando algo que Deus nunca prometeu.
Elas deveriam entender que os sentimentos são um guia não confiável, do qual não podemos depender. Eles variam de uma hora para outra. A certeza da salvação baseada em um fundamento tão incerto não seria digna de ter tal nome.
Essas pessoas deveriam entender que, como disse o Dr. Scofield: “A justificação ocorre na mente de Deus e não no sistema nervoso do crente”. É um fato que fica estabelecido no céu e não um sentimento que é estimulado no corpo.
Logicamente, é verdade que sentimentos de alegria freqüentemente acompanham a conversão de uma pessoa. Quem não se sentiria feliz em saber que é salvo? Mas o fato é que sentimentos de felicidade não nos asseguram que somos salvos. Pelo contrário, é o conhecimento de que estamos salvos, baseados na imutável Palavra de Deus, que nos faz sentir alegria.r
O ladrão na hora da morte não soube que estava salvo por causa de seus sentimentos de felicidade. O corpo dele estava destruído pela dor. Ele soube que estava salvo porque ouviu Cristo dizer: “Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43). Em outras palavras, ele baseou sua certeza na Palavra do Senhor.
A única diferença dos cristãos de hoje é que eles não ouvem a voz de Deus de modo audível; em nossa época Deus nos dá a certeza por meio de Sua Palavra escrita, a Bíblia.
Logicamente, a Palavra de Deus não é o único meio de termos certeza. À medida que crescemos na vida cristã, vamos obtendo a certeza através:
  1. Amor por nossos irmãos em Cristo (1 Jo 3.14).
  2. Um novo ódio pelo pecado (Mt 6.13).
  3. Um novo amor pela santidade (1 Jo 2.3).
  4. Uma sede pela Palavra de Deus (1 Pe 2.2).
  5. Uma consciência da direção de Deus, etc. (Rm 8.14).
No momento em que confiamos no Senhor Jesus, podemos saber que estamos salvos porque é isso que a Bíblia nos diz. (William MacDonald - http://www.chamada.com.br)

domingo, 17 de julho de 2011

Você é um Fundamentalista?


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Por Kevin T. Bauder

1) Fundamentalistas reconhecem que todas as doutrinas são importantes. Se a Bíblia ensina, vale a pena estudar e conhecer. Se Deus disse isto, o mesmo merece nossa cuidadosa atenção.

(2) Fundamentalistas afirmam que algumas doutrinas são mais importantes do que outras. Nem todo ensino da Bíblia é de igual alcance em seus efeitos. Enquanto todos são importantes, alguns estão mais ao centro enquanto outros se encontram na periferia da fé cristã.

(3) Fundamentalistas insistem que algumas doutrinas são tão importantes que são essenciais ao evangelho em si. Negar estas doutrinas é (pelo menos implicitamente) negar o evangelho. Negar o evangelho é transformar o cristianismo em alguma outra religião. Essas doutrinas essenciais estão no miolo, no centro, da fé cristã. Elas são o mínimo irredutível sem o qual não pode existir cristianismo.

(4) Fundamentalistas crêem que comunhão cristã é definida pelo próprio evangelho. Aqueles que negam o evangelho não devem ser reconhecidos como cristãos. Aqueles que negam o evangelho, ao condenar alguma doutrina essencial, não estão aptos para a comunhão cristã. Com tais pessoas, nenhuma comunhão cristã existe. Fingir que podemos desfrutar de comunhão cristã com tais pessoas é tão-somente ser hipócrita. Estender o reconhecimento cristão – particularmente reconhecer como líderes cristãos – a tais pessoas é desprezar o evangelho e enganar o povo de Deus.

(5) Fundamentalistas insistem que irmãos que desprezam o evangelho e enganam o povo de Deus são culpados de grave erro e deveriam ser removidos da posição de liderança cristã. Se tais pessoas não podem ser removidas da liderança , ainda assim os cristãos bíblicos tem a obrigação de não endossar ou apoiar as pessoas, organizações, e atividades que obscurecem a importância do evangelho e enganam o povo cristão, mas ao invés disto reprovar os tais.

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sábado, 16 de julho de 2011

EU EDIFICAREI A MINHA IGREJA



Cristo nasceu "Rei dos Judeus" (Mateus 2.2), foi chamado "Rei de Israel" e "Rei dos Judeus" (Mateus 27.11; Marcos 15.2, etc.), e admitiu tanto um como outro título (João 1.49-50; 12.12-15). Não abdicou o direito ao trono de Davi, embora seu próprio povo (como fora predito pelos profetas), O "desprezasse e rejeitasse" (Isaías 53.3), e O crucificasse (Salmos 22.12-18; Isaías 53.5, 8-10; Zacarias 12.10). Os quatro evangelhos declaram que a epígrafe "O Rei dos Judeus" foi a acusação colocada na cruz (Mateus 27.37; Marcos 15.26; Lucas 23.38; João 19.19). Eis como Marcos relata a rejeição de seu Rei pelo povo de Israel e lhe reclama a crucificação: "E Pilatos lhes respondeu, dizendo: Quereis que eu vos solte o rei dos judeus?... Mas estes incitaram a multidão no sentido de que lhes soltasse, de preferência, Barrabás. Mas Pilatos lhes perguntou: Que farei, então, deste a quem chamais o rei dos judeus? Eles, porém, clamavam: Crucifica-o!" (Marcos 15.9-13).
Os profetas hebreus profetizaram que Cristo ressurgiria dos mortos e que viria estabelecer o reino que jamais teria fim (1 Reis 2.45; 9.5; Isaías 9.7; 53.10; Jeremias 17.25; Daniel 2.34-35; 44-45; 7.14, etc.). Ao ressurgir dos mortos e ascender à mão direita do Pai, Cristo cumpriu somente a primeira parte das profecias, e se o restante delas deve ser cumprido (e isso tem de acontecer, pois Deus não mente), então haverá uma restauração futura do Reino de Israel, como os discípulos acreditavam (Atos 1.6), como afirmou Pedro (Atos 3.19-26) e mesmo Cristo o admitiu (Atos 1.6-7). As Escrituras predizem com freqüência o arrependimento, a redenção e a restauração de Israel (Ezequiel 39; Zacarias 12,13,14; Atos 5.31, etc.). Paulo orou pela salvação de Israel (Romanos 10.1) e declarou que "Todo o Israel será salvo" (Romanos 11.26).
Se os muçulmanos e demais nações do mundo compreendessem as profecias concernentes ao direito de Israel à sua terra, respeitando-as e honrando a Deus que lhe concedeu a terra, haveria paz no Oriente Médio e também no mundo. Mas, ao contrário disso, eles insistem no desejo de varrer Israel da face da terra, o que levará Cristo a intervir dos céus para socorrer Israel no Armagedom e destruir o anticristo, seus seguidores e seu reino. Até mesmo Israel, em sua maioria não crê que Deus lhe tenha dado a terra e está negociando-a através de uma "paz" falsa com um inimigo que jurou exterminá-lo.
Cristo edifica Sua Igreja
Sabendo que Israel O rejeitaria e O crucificaria, Cristo disse que edificaria uma nova entidade, a Igreja. A palavra "igreja" ou "igrejas" (ekklesia no grego, significa "chamados para fora"), ocorre cerca de 114 vezes no Novo Testamento. Não há no Velho Testamento palavra hebraica traduzida por "igreja". Referindo-se a Israel, as palavras mais comparáveis no hebraico são edah, mowed e qahal, cuja tradução é "assembléia" ou "congregação". Enquanto Atos 7.38 refere-se "à ‘igreja’ [congregação de Israel] no deserto", a Bíblia faz uma clara distinção entre Israel e a Igreja do Novo Testamento, constituída tanto de gentios como de judeus e que não existia antes da morte e da ressurreição de Cristo. Foi estabelecida por Ele e para Ele que, mesmo até agora, continua a edificá-la: "Edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mateus 16.18).
Temos aqui uma óbvia reivindicação de Cristo de que Ele é Deus. Israel foi escolhido por Deus. Quem, então, senão Deus mesmo, poderia estabelecer uma outra congregação de crentes em acréscimo a, e distinta de Israel? A afirmação de Cristo em relação à Igreja é semelhante ao que Ele disse aos judeus "que creram nele", e tem as mesmas implicações sérias: "Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" (João 8.31-32).
Os judeus devem ter ficado pasmos. Como Ele ousara dizer termos tais como: "minha palavra", "meus discípulos", ou afirmar ter poder para libertar os Seus seguidores? Não era a palavra de Deus que eles deveriam seguir, e não eram eles discípulos de Moisés? Com estas prerrogativas, não queria Ele ser maior que Moisés ou até mesmo igual a Deus? Qualquer que fosse o sentido dos termos "Seu discípulo", Ele estava, obviamente, começando algo novo.
Distinções entre Israel e a Igreja
1. A Igreja não substitui Israel
Entretanto, ninguém imaginava que este operador de milagres tivesse em vista prescindir de Israel e o substituir por uma outra entidade. Essa heresia provém do catolicismo romano, e muitos reformadores foram incapazes de se libertar dela, apesar de compreenderem claramente a salvação pela graça através da fé. A crença de que a Igreja substitui Israel continua ainda hoje entre os católicos romanos, mas também entre muitos evangélicos.
No seu início a Igreja era composta só de crentes judeus. Eles tinham dificuldade de acreditar que os gentios também podiam ser salvos por Cristo e fazer parte da Igreja, mesmo tendo os profetas do Velho Testamento feito tal afirmação (Salmos 72.11, 17; Isaías 11.10; 42.1-6; 49.6; Malaquias 1.11, etc.). Até mesmo depois de compreendido o "mistério" revelado por Paulo de "que os gentios são co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho" (Efésios 3.6), alguns deles tentaram sujeitar os gentios às suas leis judaicas. Na verdade, estavam erroneamente fazendo da Igreja uma extensão de Israel (Atos 15.1).
Os gentios são "separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo" (Efésios 2.12). Quando um gentio é salvo e acrescentado por Cristo como uma "pedra viva" à Igreja em construção (1 Pedro 2.5), não está sob as leis judaicas e os costumes da Antiga Aliança. E quando um judeu é salvo e acrescentado à Igreja, está livre da lei judaica ("lei do pecado e da morte") e de suas penalidades (Romanos 8.1). Tanto um como o outro, que pela fé entraram para a Igreja, estão dali em diante sob uma lei superior "a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus" (Romanos 8.2). De fato, Cristo tornou-se sua vida, expressando através deles este novo padrão de sã conduta – algo desconhecido de Israel, até mesmo de seus grandes profetas (1 Pedro 1.10-12).
2. A Igreja – Corpo de Cristo
Ninguém pode por si mesmo introduzir-se nesse templo sagrado; só Cristo poderá fazê-lo. As pedras vivas, que Ele está juntando umas às outras para formar o templo eterno, não desabam e nem se desintegram de sua estrutura. Estamos em Cristo e eternamente seguros.
A Igreja é o corpo de Cristo e por Ele é nutrida. Os crentes são chamados de ramos na videira verdadeira num fluir contínuo da vida dEle para os crentes. Cristo é a cabeça do corpo, que é, portanto, por Ele dirigido e não por um sacerdócio ou qualquer outra hierarquia de homens em sedes na terra. A sede da Igreja está nos céus. No entanto, as denominações (e demais seitas) de hoje têm as suas sedes e as suas tradições e tornaram-se em organizações, ao invés de se contentarem em fazer parte do organismo, o corpo de Cristo.
Na Igreja "não pode haver judeu nem grego [gentio]... porque todos vós sois um em Cristo" (Gálatas 3.28). Os gentios não se tornam judeus, mas judeu e gentio tornaram-se "um novo homem" (Efésios 2.15). Na cruz, Cristo "aboliu" as "ordenanças" que separavam judeu e gentio. Daí podermos afirmar com toda certeza que os gentios não têm de se submeter àquelas "ordenanças". Tentar fazê-lo é abominação e forçar algo que Deus aboliu.
3. Fé no Sacrifício de Cristo – Meio de Salvação
A carta de Paulo aos Gálatas foi escrita com o intuito de corrigir o erro de que a salvação é em parte por Cristo e em parte pelas obras. A salvação por obras é o erro de toda e qualquer seita, e o catolicismo romano desenvolveu ao máximo o seu sistema de ritual religioso e também das obras. Em todas as suas epístolas, Paulo volta ao tema de que a salvação é totalmente pela graça e nenhum pouco por obras. Nisto reside a principal diferença entre Israel e a Igreja: para o primeiro, a vida eterna seria obtida pela observância da lei, e para a Igreja, vem unicamente pela fé.
Na Antiga Aliança, a vida era oferecida ao justo que guardava a lei: "faça isto e viverá" (Deuteronômio 8.1; Lucas 10.28). Entretanto, ninguém conseguiu guardar a lei, pois todos pecaram (Romanos 3.23). Sob a Nova Aliança (disponível desde Adão), "ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça" (Romanos 4.5). Por orgulho o homem insiste em se tornar justo por si próprio – uma tarefa impossível. Paulo lamentava o fato de que, embora o seu povo Israel "tivesse zelo por Deus", todavia, "desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus" (Romanos 10.3) pela Nova Aliança. O mesmo acontece com todas as seitas. O catolicismo romano, por exemplo, tenta (através dos sacramentos, das penitências e das obras), tornar os seus membros justos o bastante para entrar nos céus. É o mesmo pecado do fariseu que se julgava justo diante de Deus, e não foi ouvido; enquanto que o publicano, reconhecendo o seu vil estado, foi justificado (Lucas 18.10-14).
Para ser salvo (com algumas exceções), ter-se-ia que pertencer a Israel, mas para pertencer à Igreja é preciso ser salvo (sem exceção). A Igreja não é um veículo de salvação. Crer que ela o seja constitui-se em erro crucial, e a maioria das seitas assim o afirma, como os mórmons e católicos romanos. Pois, para eles, é através da sua igreja que vem a salvação. Na realidade, a salvação é para os que estão fora da Igreja e só, então, poderá alguém tornar-se parte dela.
A salvação sempre foi, e ainda é, a mesma para judeus como para gentios. Mas os planos de Deus para Israel são diferentes dos para a Igreja. Os judeus (como os gentios), que crerem em Cristo antes de Sua segunda vinda (quando Ele se fizer conhecido a Israel, o qual será todo salvo), fazem parte da Igreja. Os judeus que virem a crer em Cristo quando Ele aparecer e os livrar no meio do Armagedom, continuarão na terra no reino milenar e Cristo reinará sobre eles no trono de Davi. Muitos gentios também serão salvos nessa época, mas "todo o Israel será salvo" (Romanos 11.26).
O problema da igreja da Galácia continua (em variados graus) dentro de alguns grupos denominados hebraico-cristãos ou congregações messiânicas. Há uma freqüente tendência (até mesmo entre os gentios), de se imaginar que um retorno aos costumes judaicos contribui para maior santidade. Reverencia-se tradições extra-bíblicas, como por exemplo, a cerimônia seder na páscoa, como se fossem inspiradas por Deus. Somente as Escrituras devem ser o nosso guia, a ponto de excluir as tradições humanas condenadas por Cristo (Mateus 15.1-9; Marcos 7.9-13), e também pelos apóstolos (Gálatas 1.13-14; Colossenses 2.8; 1 Pedro 1.18). Tanto dentro do catolicismo como do protestantismo, as tradições têm se desenvolvido no curso dos séculos e levado a um erro maior.
Devemos nos lembrar de que Cristo sempre pretendeu que a Igreja fosse algo novo e diferente de Israel. Ela não partilharia e nem interferiria nas promessas divinas concernentes a Seu povo aqui na terra, e tais promessas serão cumpridas no devido tempo. As ordenanças religiosas feitas a Israel seriam também separadas da Igreja. Aqui, novamente as seitas se desviaram.
O mormonismo, por exemplo, alega ter tanto o sacerdócio araônico como o de Melquisedeque. O catolicismo romano, por sua vez, advoga ter um sacerdócio sacrificial em que Cristo continua a ser oferecido como sacrifício no altar. Na Igreja, ao contrário disso, cada crente é um sacerdote (1 Pedro 2.9), e os sacrifícios oferecidos são "sempre sacrifícios de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome" e "a prática do bem" (Hebreus 13.15-16).
Na verdade, não há mais qualquer sacrifício propiciatório a ser oferecido para o perdão dos pecados. Isto foi possibilitado à Igreja pelo sacrifício único de Cristo na cruz; o qual não mais se repete porque Ele pagou por completo a penalidade que a justiça de Deus exigia, e isto foi possível por ser Deus "justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus" (Romanos 3.26). Conseqüentemente, "já não há oferta pelo pecado" (Hebreus 10.18).
Israel rompeu a aliança que Deus tinha feito com ele, demonstrando assim que "ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado" (Romanos 3.20). Seu sistema de sacrifício não podia remover pecados, mas apontava para o único "Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (João 1.29), e predizia o estabelecimento de "uma nova aliança" com Israel (Jeremias 31.31). O sacrifício de animais abria o caminho para o sumo sacerdote judeu no santuário terreno e este santuário foi feito conforme o modelo da realidade celestial (Hebreus 9.1-10). Quando Cristo morreu na cruz, "o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo" (Marcos 15.38), pondo fim ao sacrifício de animais. Agora temos "Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus" (Hebreus 4.14), que, "pelo seu próprio sangue... [obteve] eterna redenção" (Hebreus 9.12,24).
4. As promessas a Israel diferem das promessas para a Igreja
Israel recebeu a terra (Gênesis 12.1; 13.15; 15.18-21; 17.7-8; 26.3-4; 28.13-14; Levítico 20.24; 25.23, etc.), à qual seu destino está ligado e jamais deixará de existir (Jeremias 31.35-40). Numerosas profecias prometem a Israel a restauração na sua terra, com o Messias reinando no trono de Davi por ocasião de Sua volta (2 Samuel 7.10-16; 1 Reis 9.5; Isaías 9.6-7; Ezequiel 34.23-24; 37.24-25; Lucas 1.31-33, etc.). É clara a promessa de que Deus derramará do Seu Espírito sobre o Seu povo escolhido que, depois disso, jamais manchará novamente o Seu santo nome, e Ele não mais esconderá de Israel o Seu rosto (Ezequiel 39.7; 22, 27-29; Zacarias 8.13-14).
Israel deve permanecer para sempre (Jeremias 31.35-38), caso contrário as profecias bíblicas e as promessas de Cristo não se cumpririam. Cristo faz menção da existência das cidades de Israel ainda por ocasião de Sua segunda vinda (Mateus 10.23), o que prova que a Igreja não substituiu Israel. Além dessas provas, uma outra (ainda que desnecessária), é que Cristo prometeu aos Seus discípulos que eles reinariam com Ele sobre Israel no Seu reino milenar (Mateus 19.28; Lucas 23.30). A Igreja não pode cumprir as profecias que foram feitas a Israel; ela nunca pertenceu a uma terra específica de onde tenha sido deportada ou para a qual tenha retornado. Ao contrário, a Igreja é formada "de toda tribo, língua, povo e nação" (Apocalipse 5.9). A sua esperança é ser arrebatada ao céu (João 14.3; 1 Tessalonicenses 4.16-17; etc.), onde estaremos diante do "tribunal de Cristo" (Romanos 14.10; 2 Coríntios 5.10) e então, desposados com o nosso Senhor (Apocalipse 19.7-9), estaremos eternamente com Ele (João 14.3; 1 Tessalonicenses 4.17).
Sendo assim, em amor para com o Noivo e desejosos de vê-lO face a face, menos ocupados com as coisas terrenas, não seguindo homens ou organizações, vivamos para a eternidade. Pela fé, agradeçamos a Cristo, permitindo-Lhe, como Cabeça da Igreja, alimentar-nos, suster-nos, dirigir-nos e viver a Sua vida através de nós para a Sua glória. (Dave Hunt, TBC 12/97 – traduzido por David Oliveira Silva)

FONTE>CHAMADA.COM

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Pérolas diárias


"...A si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome." Filipenses 2.8-9
Em Belém e no Calvário vemos Jesus renunciando à Sua honra. Não se vê nenhuma majestade nem esplendor no bebê na manjedoura. Ele, diante de cuja palavra o Universo treme, Ele, que desde a eternidade é recebido com júbilo e adorado por incontáveis seres de luz, "a si mesmo se esvaziou." Mas justamente com isso o Senhor nos leva a cair de joelhos, e nos humilhamos no pó. Como Ele é grande e como é grandioso Seu ato de renunciar à majestade exterior! Não podemos fazer outra coisa do que adorá-lO de coração, porque na renúncia da Sua honra e da Sua majestade, reconhecemos Sua natureza, oculta até agora. Quando Jesus diz: "Eu sou", então Ele revela a Sua majestade interior. "...Não fazendo caso da ignomínia": você percebe a renúncia da Sua honra? Ele está pendurado ali, no madeiro ensangüentado, não somente em dores indizíveis, mas exposto ao público – uma vergonha terrível. Mas eis que, na entrega voluntária da Sua glória, dEle, do crucificado, irradia um brilho indescritível. Ele fez isso por você. Ele desceu da maior honra para a vergonha mais profunda, para que nós, eu e você, alcancemos honra eterna.

terça-feira, 12 de julho de 2011

O CORPO DE CRISTO UNIDO PROCLAMANDO O DEUS VIVO.
Atos 11:19 – 26.
Introdução:
·         Tenho um prazer especial em falar, ensinar missões, mas o melhor mesmo é viver missões.
·         A questão agravante é que quanto mais falamos, maior o peso de responsabilidade sobre nós.
·         O Evangelho é o poder de Deus inquestionável, porém você só pode constatar essa verdade prática se viver o evangelho. Aí você vai ver milagres na vida das pessoas, sendo salvas, libertas e transformadas.
·         Louvo a Deus porque as nossas igrejas estão se envolvendo nesse aspecto.
·         Há igrejas nossas que já investe 10% das entradas dos dízimos em missões, um bom começo.
·         Em contra partida há irmãos que dizem: já faço a minha parte, orando, é um bom exercício, mas não é tudo.
·         Estamos caminhando bem, mas ainda longe do ideal missionário, ou da realidade que a seara exige. 
·         As necessidades aumentam gradativamente a cada dia nos campos vastos.
Hoje o Islamismo é 300, 000 no Brasil, em 2000 eram 27.000, em 11 anos cresceram 1.100% - 100% ao ano.
·         A igreja contemporânea está envolvida com muitos projetos, porém Evangelismo, Missões, oração estão em baixa. Onde estão estes? 
·         São elementos primordiais para o crescimento da igreja e Infelizmente poucas pessoas estão percebendo isso.
·         Quanto mais sabemos sobre missões, maior a nossa responsabilidade.
·         Você conhece alguma igreja modelo em missões? “1ª IBB Conquista
·         É uma igreja que reserva uma boa parte do ano para receber os muitos missionários que passam para dar relatórios. Temos Antioquia, uma cidade de cerca de 800, 000, na época, possuía uma população mista, composta de gregos, sírios, romanos e judeus, e isso proporcionava oportunidades especiais para o trabalho missionário.
·         Hoje a maior parte das grandes cidades brasileiras tem um pouco disso.
1 – ANTIOQUIA ERA UMA IGREJA UNIDA.
 Apesar de ter entre seus membros pessoas de diferentes nacionalidades e costumes. At. 11:19,20; Fp 2:2-5; Ed 3:1,9.
Uma das FIGURAS bíblicas de unidade está em I Co 12:12 – 25.
a)       Uma das marcas de uma igreja viva é a união.
b)       Missões é uma questão de consciência e a igreja precisa está unida nesse propósito.
c)       Missões requer união no aspecto de oração. Quantos irmãos oram por missões nos seus devocionais e na igreja?
d)       Missões requer união nas decisões sobre o assunto.               
e)       Uma igreja missionária é 1º evangelística. Ainda que não conte com o apoio da totalidade, pelo menos o apoio para quem faz.
2. A UNIÃO DA IGREJA TORNA FORTE NOS PROPÓSITOS COMO O TODO.
 A igreja estava em fase de crescimento, toda igreja que trabalha, cresce.
a)       Estavam sendo perseguidos, mas não pararam, foram em frente.
b)       A mão do Senhor estava com eles e muitos se convertiam ao Senhor em grande numero, amém. Vr. 21.
c)       Não pode haver igreja forte sem trabalho evangelístico e missionário.     
3. ERA UMA IGREJA BEM INSTRUIDA NA PALAVRA DE DEUS. At. 13:1.
A palavra de Deus é a base não só de missões, mas do corpo como todo.
E para isso também é preciso unidade, existem crentes anti-doutrina.
4. ERA UMA IGREJA QUE TESTEMUNHAVA O TEMPO TODO. (19,20)
a)       Quantos irmãos TESTEMUNHAM de Cristo aos domingos?
b)       Quantos por cento contribui para missões?
c)       Quantos por cento oram em casa, na igreja por missões?
d)        Quantos estão unidos para visitações.                        
São Poucos Hoje, Cujo Hobby Preferido é Evangelismo, missões, oração, visitação.
 A Igreja de Antioquia Viviam e Falavam de sua fé a todos quantos encontravam. Exemplo de uma igreja missionária, unida proclamando o Deus vivo.
5 – A IGREJA DE ANTIOQUIA ERA GENEROSA
a)       Não necessariamente rica, mas aquilo que tinham, investiam na causa do Senhor. (At. 11:27 – 30). Ex: Ir. João Câmara, C.G – PB.
b)       Quantos irmãos generosos têm em nossas igrejas? 
c)       É difícil decidir sobre a contribuição para um missionário, há resistência, desculpas adversas. Pr. Marcos e Carol – RS.
6 – ANTIOQUIA ERA UMA IGREJA OBEDIENTE – Quando o chamado missionário alcançou o coração daquela igreja, foram capazes de dar seus melhores membros para ir aos campos não evangelizados, entre eles o maior missionário, Paulo. (At. 13:2).
Conclusão:
 Deus deu o melhor para salvar o pior de suas criaturas, e é justo que devemos fazer o melhor, dar o melhor de nossas vidas para Ele.
Enquanto houver uma congregação precisando de apoio, e um missionário de sustento, a igreja não pode parar de fazer missões.


autor:Pr Laércio Dantas

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Por que só a Bíblia?

Por que só a Bíblia?
Pergunta: "Por que devemos crer exclusivamente na Bíblia, desconsiderando as demais revelações? Deus não é um Deus que se cala, mas um Deus que fala ainda hoje!"
Resposta: Por que cremos única e exclusivamente na Bíblia? Porque direta e indiretamente a própria Bíblia nos exorta a isso. Por favor, leia primeiro o Salmo 119, onde podemos ver a singularidade da Palavra de Deus. Depois disso, peço-lhe que reflita em espírito de oração nas passagens bíblicas abaixo:
Paulo escreve, por exemplo, a Timóteo: "E que desde a infância sabes as sagradas letras que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça" (2 Tm 3.15-16).
Segunda Pedro 1.19-21 nos revela em que consiste a diferença entre a Bíblia e outras fontes: "Temos assim tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vossos corações; sabendo, primeiramente, isto, que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens [santos] falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo." O próprio Senhor aponta para a segurança e infalibilidade da Palavra de Deus: "Porque em verdade vos digo: Até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da lei, até que tudo se cumpra" (Mt 5.18).
E Ele diz, ainda: "Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim" (Jo 5.39).
Em sua primeira carta aos tessalonicenses, Paulo enfatiza que a Bíblia não é palavra humana, mas Palavra de Deus: "Outra razão ainda temos nós para incessantemente dar graças a Deus: é que, tendo vós recebido a palavra que de nós ouvistes, que é de Deus, acolhestes não como palavra de homens, e, sim, como, em verdade é, a palavra de Deus, a qual, com efeito, está operando eficazmente em vós, os que credes" (1 Ts 2.13).
Finalizando, lembremos o conteúdo extremamente importante de João 1.1-4: "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as cousas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. A vida estava nele..." E o versículo 14: "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai."
Quem menospreza a Palavra de Deus e a coloca no mesmo nível de outras "fontes de revelação" mostra que despreza a Palavra (o Verbo) que se fez carne: Jesus Cristo! (Elsbeth Vetsch)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Adultério

Adultério: Crente Não Cai Nesse Pecado

Várias pesquisas realizadas no Brasil indicam que a grande maioria dos homens e 50 a 60% das mulheres têm praticado ou praticam o adultério ou, como se diz na linguagem mais em uso, “transam” com pessoas que não são sua esposa ou seu marido. Com a ênfase dada ao sexo na TV, no cinema, na literatura, e até nas instituições de ensino, chegando ao extremo da obsessão, não é de se admirar que o homem secular, sem a convicção espiritual e os princípios da Palavra de Deus, caia nesse pecado.
O crente em Cristo, porém, não cai nesse pecado. Ele entra nele aos pouquinhos. Isso porque não observa a sinalização que o adverte do perigo. Faz vista grossa a esses sinais porque, embora não deseje precipitar-se no abismo da desgraça da imoralidade, quer sentir pelo menos um pouco a gostosura dos seus prazeres. Assim, avançando sinal após sinal, deixa a vida pegar embalo no caminho errado até ao ponto de não conseguir mais fazer a manobra de frear para evitar o desastre. Diz, então, que “caiu no pecado”, quando este, de fato, há tempo já estava no seu caminho.
O primeiro sinal é falta de carinho e afeto na conversa e relacionamento cotidianos com o cônjuge. A comunicação começa a limitar-se a frases como: “Tive um péssimo dia no escritório hoje”; “Já pagou a conta do dentista?”, ou, pior ainda: “Você já gastou todo o dinheiro que lhe dei no mês passado?”; “Se você não comprar logo uma geladeira nova, eu simplesmente vou parar de cozinhar”.
Quando você percebe que é difícil conversar com sua esposa ou seu marido com aquela linguagem carinhosa que usava durante o namoro, tome cuidado – é um dos primeiros sinais de perigo.
Perto desse sinal vem outro: a falta de conversa sobre assuntos espirituais, a leitura da Bíblia em conjunto e a oração com a esposa. Quando essas coisas não fazem parte da vida conjugal, é um sinal de alerta. Prosseguindo nesse caminho pode haver adultério mais adiante.
Há mais sinais. Quando você começa a compartilhar os problemas de relacionamento no lar com algum amigo ou amiga do sexo oposto, você está aproximando-se mais do perigo. Freqüentemente essa outra pessoa tem problemas também, e está disposta a ouvir, a conversar e demonstrar simpatia, o que gera ainda mais intimidade.
Não demora muito para que aconteça o “toque inocente”. O patrão põe a mão no ombro da sua secretária ao pedir que ela digite uma carta; ela encosta seu corpo ligeiramente no dele ao entregar a carta pronta, depois um abraço fraternal, um beijinho no rosto. Você argumenta que não há nada de errado nisso, que é apenas amizade.
Quando você percebe que é difícil conversar com sua esposa ou seu marido com aquela linguagem carinhosa que usava durante o namoro, tome cuidado.
Aos poucos vocês estão gastando mais tempo juntos. “Acontece” que saem para o almoço na mesma hora e “por que não almoçarem juntos”? Ela precisa pegar o metrô para ir para casa; “por que não levá-la no seu carro?” Você precisa trabalhar duas horas extras para terminar o projeto, e ela, sendo boa amiga, fica também para ajudar. Se parar um pouco para pensar, você perceberá que tem prazer na companhia dela ou dele. Não, vocês não estão dormindo juntos mas estão em grande perigo. Nessa altura, o sinal é um luminoso vermelho piscando a todo vapor.
Se você não retroceder, haverá um envolvimento emocional que provavelmente o arrastará para a fossa fatal do adultério. E com amargura de coração você dirá – “Caí no pecado”. Não, você não caiu... você entrou nele aos pouquinhos.
O pastor Charles Mylander, num artigo publicado no periódico “Moody Monthly”, sugere três áreas onde é preciso aumentar o controle para evitar ser arrastado ao pecado do adultério:

Primeiro: Controle da mente

Adultério, como a maioria dos pecados, começa na mente. O crente em Cristo precisa levar “cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2 Co 10.5). O apóstolo Paulo exorta o cristão a uma transformação “pela renovação da... mente” (Rm 12.2), e Jesus Cristo, no Sermão da Montanha, disse: “Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela” (Mt 5.28).
A porta principal da mente são os olhos. E nessa área de imoralidade o homem, muito mais que a mulher, precisa desenvolver o controle a fim de ter uma mente pura. O homem que permite aos seus olhos o prazer de assistir aos programas de TV que apelam para sexo a fim de obter mais IBOPE (e são muitos); que toma tempo para folhear revistas como “Playboy”, que deixa seus olhos analisarem o corpo das mulheres para uma avaliação sexual, logo vai perder a primeira batalha contra a tentação. Sua mente vai QUERER o adultério, e este querer só espera a oportunidade para se realizar com a experiência.
A mulher também precisa praticar o controle. Talvez mais na maneira de vestir-se do que pelo olhar. É interessante que a Bíblia exorta a mulher a vestir-se com modéstia, bom senso, etc., e não o homem, isso porque a mulher não é tão facilmente levada à tentação sexual pelos olhos como o homem. Mas a mulher que é indiscreta na maneira de vestir-se, sem dúvida, é cúmplice do diabo na tentação ao homem. A admoestação da Bíblia de “glorificar a Deus no vosso corpo” (1 Co 6.20), com toda a certeza inclui o cuidado que cada mulher precisa ter em não provocar a concupiscência, revelando a beleza do seu corpo, seja por falta de roupa adequada ou pelo uso de roupa colante. Argumentar que “está na moda” não mudará em nada a opinião do Autor das Sagradas Escrituras.

Segundo: Controle de palavras

A porta principal da mente são os olhos. E nessa área de imoralidade o homem, muito mais que a mulher, precisa desenvolver o controle a fim de ter uma mente pura.
O homem casado, ou a mulher casada, jamais devem usar as palavras carinhosas de amor no trato com outras pessoas além do cônjuge. Nunca compartilhe problemas de casa com amigos do sexo oposto. E não procure conselho com alguém que tenha seus próprios problemas. Quem é perdedor dificilmente ajudará outro a ganhar. Ao encontrar problemas sem solução, procure conselho com alguém que descobriu a fórmula para constituir uma família feliz e vive essa felicidade no lar. Muitos adultérios tiveram o seu início na intimidade da “sala de aconselhamento”.

Terceiro: Controle de toque

Homens, não ponham suas mãos noutra mulher a não ser a sua própria esposa. E, mulheres, não conversem com o homem em “Braille”. O prazer da intimidade física é algo que Deus reservou para a santidade do casamento. Sexo antes ou fora do casamento sempre contamina o sexo no casamento, e o contato físico é um prazer que leva à consumação do desejo dessa intimidade. É preciso avaliar sinceramente se os abraços e beijos que damos e recebemos são uma expressão de estima recíproca ou um prazer “inocente” que podemos desfrutar sem compromisso. Deus reconhece o nosso desejo de intimidade, mas não aprova tal intimidade fora do casamento. “Por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido” (1 Co 7.2).
O conselho de Salomão ainda é válido: “Bebe a água da tua própria cisterna e das correntes do teu poço... alegra-te com a mulher da tua mocidade... e embriaga-te sempre com as suas carícias... O que adultera com uma mulher está fora de si; só mesmo quem quer arruinar-se é que pratica tal coisa” (Pv 5.15,18-19; 6.32). (Haroldo Reimer - http://www.chamada.com.br/)
Extraído do livro Cutucando - O que as igrejas toleram e a Bíblia reprova.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A Luz e a Escuridão



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A Luz e a Escuridão

Por Daniel Gardner
E os homens, que iam com ele, pararam espantados, ouvindo a voz, mas não vendo ninguém. (Atos 9.7)

No capítulo 9 de Atos, é descrito o momento da conversão de Saulo, aquele que respirava ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor. Lemos que um resplendor de luz do céu o cercou, a voz de Deus o confrontou, e a sua vida de perseguição e blasfêmia o condenou. Quando Cristo o chamou pelo nome, Saulo – tremendo e atônito – não pôde fugir do seu Salvador e simplesmente respondeu com um coração quebrantando: “Senhor, que queres que eu faça?” Imagine a alegria dos cristãos em Damasco quando ouviram que “aquele que já nos perseguiu anuncia agora a fé que antes destruía.” (Gal 1.23)
Porém, no mesmo capítulo, é citado um triste relato: os homens que iam com Saulo e presenciaram sua conversão não viram por si mesmos a urgente necessidade de se arrepender e confiar em Cristo. Esses homens se espantaram e “se atemorizaram muito” (Atos 22.9) mas, aparentemente, foi apenas uma emoção passageira. Não houve aquela “tristeza segundo Deus [que] opera arrependimento para a salvação” (2 Coríntios 7.10). Ouviram ainda o som da voz, mas não entenderam as palavras que foram ditas a Saulo. Viram o resplendor da luz que cercou a Saulo, mas não puderam enxergar nem a glória de Cristo nem a depravação de seus corações.
Quantas pessoas hoje podem ser descritas com essas palavras: Ouvem a voz, mas não vêem ninguém! Verdadeiramente pode ser dito que vêem ninguém porque não enxergam nem o homem pelo qual veio a morte nem o Homem por quem vem a ressurreição dos mortos (1 Cor 15.21). Não enxergam em si mesmos o homem natural que anda desgarrado como ovelha, se desviando pelo seu caminho. Eles param e temem, mas não vêem ninguém pois não enxergam a Pessoa de Cristo. São como a multidão de pessoas que assistiram a crucificação de Cristo, dos quais é dito: “o povo estava olhando” (Lucas 23.35) mas quão poucos olhavam com os olhos da fé. Assistiram a morte de Cristo com a mesma cegueira dos homens que assistiram a dramática conversão de Saulo sem enxergar razão para buscar o arrependimento para si mesmos.
Diante deste cenário, percebemos uma certa ironia: o meio pelo qual Deus alcança homens cegos à luz é justamente através da luz do evangelho da glória de Cristo (2 Cor 4.4). A palavra da cruz que é loucura para os que perecem é justamente o método divino para alcançar as almas perdidas. (1 Cor 1.18). Nos nossos dias – como nos dias de Saulo – a necessidade urgente da igreja não é de inventar métodos modernos para maravilhar e emocionar homens perdidos. O dever dos cristãos continua sendo de rogar a Deus que Ele cerque homens com sua luz, dando-lhes um coração que ecoa a humildade de Saulo: “Senhor, que queres que eu faça?”
Fonte: [ Blog Fiel ]
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