sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O Céu na Terra


O Céu na Terra

Na pessoa de Jesus Cristo, o dom inefável de Deus, o céu veio até a terra. Feliz daquele que aceitou esse presente do Deus Eterno e cultiva íntima comunhão com Ele!
A mensagem mais extraordinária que se conhece foi anunciada no Natal: “Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite. E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor. O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E, ausentando-se deles os anjos para o céu, diziam os pastores uns aos outros: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer. Foram apressadamente e acharam Maria e José e a criança deitada na manjedoura” (Lc 2.8-11,15-16).
Quando Jesus nasceu como criança nesta terra, o céu veio até nós. Por quê? Porque naquele momento a glória celestial deixou o céu para vir a este mundo.

A glória do céu – quem é?

Jesus Cristo e ninguém mais. Jesus é a glória celestial não porque achamos ou pensamos que Ele o seja, mas porque o Pai predestinou o Filho para sê-lO. Lemos na carta aos Hebreus que o Pai instituiu o Filho como herdeiro de todas as coisas e que, por meio dEle, de Jesus Cristo, tudo foi criado. Ele é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu Ser (Hb 1.2-3). Essa passagem bíblica diz ainda que Ele sustenta todas as coisas pela palavra do Seu poder e que se assentou à direita da Majestade, nas alturas, tornando-se mais poderoso que os anjos (vv.3-4). Finalmente, nesse texto de Hebreus também encontramos o testemunho: “Tu és meu Filho, eu hoje te gerei... Eu lhe serei Pai, e ele me será Filho. E todos os anjos de Deus o adorem” (vv. 5-6). Todas essas grandes verdades são ditas a respeito de Jesus.
Realmente, o Filho de Deus, Jesus Cristo, é a glória do céu, unicamente por decisão divina. Por isso, quando Jesus Cristo nasceu como bebê em Belém, a glória do céu chegou à terra! Esse foi um ato de Deus que jamais compreenderemos por completo. O nascimento de Jesus Cristo é, por um lado, o acontecimento mais conhecido que a Bíblia registra, e, por outro lado, é um fato que nosso raciocínio não conseguirá captar em toda a sua plenitude. Mas neste Natal de 2005 podemos gravar profundamente em nosso coração e nos alegrar de maneira renovada com o grandioso fato de que o céu veio à terra e chegou a nós, à vida pessoal de cada um, chegou à minha e à sua vida.

Quem não deixa seus “campos”...

Os pastores encontravam-se “nos campos e guardavam o seu rebanho” quando repentinamente ouviram falar do nascimento de Jesus Cristo. Depois de terem recebido essa maravilhosa mensagem – de que o céu chegara à terra – não hesitaram por um momento e “foram apressadamente”, largando seus campos, buscando e encontrando a criança. Que homens eram aqueles, que reagiram dessa forma em uma época tão distante, deixando para trás seus campos e suas ovelhas para se encontrarem com o Salvador? Será que eles não tinham problemas, não passavam por dificuldades, será que viviam despreocupados? Naturalmente que não! Esses pastores eram pessoas como nós, mas estavam dispostos a deixar seus campos para ver o Salvador, e essa disposição os fazia diferentes dos demais. Se naquela ocasião tivessem ficado “nos campos com as ovelhas” não teriam visto o Rei recém-nascido.
Se os pastores tivessem ficado “nos campos com as ovelhas” quando Jesus nasceu, não teriam visto o Rei recém-nascido.
Neste tempo de Natal chega até nós a mesma mensagem que os pastores receberam naquela época. Somos igualmente confrontados com a notícia: “Jesus nasceu!” e com a informação de que o céu chegou à terra. Como reagimos? O que fazemos? Ficamos em nossos “campos” ou nos levantamos e vamos ao encontro de Jesus?
Talvez você ainda se encontra em algum “campo” que deveria abandonar imediatamente para que sua vida possa captar o verdadeiro e mais profundo sentido do Natal? Talvez você deveria deixar muitas coisas para trás para entender que, de fato, o céu chegou à terra. Analisemos alguns campos onde talvez um ou outro de nós se encontre, campos que deveríamos deixar para ir em busca do Senhor.

No campo da “busca sem rumo”

Num certo dia, Jacó enviou seu filho José para o campo com a incumbência de ver como estavam seus irmãos que apascentavam as ovelhas em algum lugar da campina. José pôs-se a caminho. Lemos que um homem “...encontrou a José, que andava errante pelo campo, e lhe perguntou: Que procuras?” (Gn 37.14-15). Aparentemente José havia perdido o rumo e vagueava pelo campo sem saber para onde ir. Um homem que passava por ali viu-o e perguntou: “Que procuras?”
Há cristãos que igualmente perderam o rumo de suas vidas, que não sabem que direção tomar. Estão perdidos, mas diferentemente de José, isso não acontece por não saberem o rumo que devem tomar mas porque, em algum momento de suas vidas, foram conscientemente na direção errada. Pessoas assim “vagueiam errantes pelo campo” porque olham apenas para as coisas negativas ao seu redor, ao invés de olhar somente para Jesus. Seu coração vive inquieto, sua paz interior sumiu. Vêem apenas a situação mundial miserável, a escuridão espiritual em sua cidade e as circunstâncias difíceis em sua própria vida. Mas, antes de tudo, voltam demais seu olhar para si mesmos e para sua própria incapacidade. Quem assume essa postura de ver apenas o que não vai bem certamente ficará deprimido.
Quem fica olhando constantemente para a situação extremamente negativa se amedronta. Quem vive falando das trevas espirituais que dominam sua cidade terá seu próprio coração escurecido. Quem se deixa influenciar pelas dificuldades em sua família ou em seu local de trabalho acaba perdendo sua firmeza interior. E o cristão que só olha para si entra em desespero. Não é de admirar que filhos de Deus que desviaram seu foco da pessoa do Senhor perdem o rumo, sentem-se desnorteados e, como José, andam “errantes pelo campo”.
Não deveria ser assim. Se perdemos o rumo, a situação precisa mudar com urgência. O que fizeram os pastores que estavam nos campos com seus rebanhos? Ao ouvirem a mensagem de que o céu chegara à terra, deixaram seus campos e foram diretamente a Belém para ver a criança, que era o Salvador.
Você ainda está “vagando pelos campos”? Existe alguém que vê sua situação: o Salvador. Ele lhe pergunta: “Que procuras?” Se você já se tornou filho de Deus pela fé no ressurreto Senhor Jesus Cristo, anime-se e abandone o “campo da desorientação”. Venha até o Senhor outra vez! Busque novamente o Salvador! Dirija seu olhar para Ele, e tudo ficará claro na sua vida. Você terá rumo e direção. No Salmo 34.5 encontramos a maravilhosa promessa: “Contemplai-o e sereis iluminados, e o vosso rosto jamais sofrerá vexame”.

No campo de “amargar a vida com dura servidão”

Depois que os filhos de Israel haviam se multiplicado no Egito, tornando-se um povo numeroso, suas condições de vida foram ficando cada vez mais difíceis e penosas. A Bíblia diz que “então, os egípcios, com tirania, faziam servir os filhos de Israel e lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro, e em tijolos, e com todo o trabalho no campo; com todo o serviço em que na tirania os serviam” (Êx 1.13-14).
Muitos cristãos, nossos irmãos e irmãs em Cristo, “amargam a vida com dura servidão”. Por causa de doenças, problemas familiares ou financeiros, sua vida é muito trabalhosa. Seja o que for, para esses cristãos sua situação momentânea realmente é como se estivessem “amargando a vida com dura servidão”, como os israelitas na escravidão no Egito. A esses queridos irmãos e irmãs eu gostaria de dizer o seguinte: o céu chegando à terra também significa que nosso Salvador é maior que todo e qualquer problema e maior que toda dor. Certamente você sabe disso, mas hoje eu gostaria que você deixasse o campo de servidão e experimentasse a libertação. Obviamente seus problemas existem, mas você pode aniquilar o poder de destruição deles voltando seu olhar firmemente para Jesus.
Quem assume a postura de ver apenas o que não vai bem certamente ficará deprimido. Quem fica olhando constantemente para a situação extremamente negativa se amedronta.
Em que consistiu a força que moveu os pastores naquela época? Foi porque, depois de ouvirem a mensagem de que o céu viera à terra, eles imediatamente deixaram os campos e foram até o Salvador. Eles se puseram a caminho, eles foram firmes e tomaram uma decisão. É provável que alguns dos pastores não se sentiam bem, outros talvez tinham dificuldades físicas, problemas de saúde, estando doentes ou abatidos. Mas depois de ouvirem “...que hoje vos nasceu o Salvador”, assim como estavam deixaram os campos para ver o recém-nascido Messias de Israel.
Talvez você também esteja enfrentando problemas com seu esposo, sua esposa, seus filhos, seus colegas de trabalho, seu chefe, seus vizinhos, seus parentes, seus amigos ou conhecidos. Mas dou-lhe um conselho: perdoe aqueles que “o pisaram ao pó”, levante-se e abandone o campo da “dura servidão” e vá até Jesus apressadamente, assim como você está, com tudo o que o aflige. Em espírito, faça o mesmo que o salmista, exclamando: “Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre” (Sl 73.26). Garanto que, se você tomar essa atitude pela fé, experimentará de maneira nova que o céu de fato veio à terra porque Jesus nasceu como criança em Belém. E você experimentará que o céu na terra significa, pessoalmente em sua vida, que em meio a todas as dores e sofrimentos você pode ver Jesus, o Autor e Consumador da sua fé. Para experimentar essa certeza, porém, você precisa agora, decididamente, olhar para Ele, deixando seu “campo” e fazendo o que diz Hebreus 12.1-2: “...desembaraçando-nos de todo o peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus...”

O “campo da humilhação”

Muitos cristãos se encontram nesse “campo” e se rebelam interiormente, o que serve unicamente para prejudicar sua relação com o Salvador. Vejamos um exemplo do Antigo Testamento como ilustração: depois que Rute, a moabita, havia regressado a Belém com sua sogra Noemi, elas não tinham o que comer no início de sua vida na nova pátria. Então aconteceu o seguinte: “Tinha Noemi um parente de seu marido, senhor de muitos bens, da família de Elimeleque, o qual se chamava Boaz. Rute, a moabita, disse a Noemi: Deixa-me ir ao campo, e apanharei espigas atrás daquele que mo favorecer. Ela lhe disse: Vai, minha filha! Ela se foi, chegou ao campo e apanhava após os segadores” (Rt 2.1-3a).
Não era honroso o que ela fazia, apanhando as espigas que os segadores deixavam para trás, mas ela e sua sogra precisavam do cereal para se alimentar. Para a moabita Rute, juntar os restos era ainda mais humilhante, uma vez que ela era gentia e fazia parte de um povo que havia travado muitas guerras com Israel. Mas pela Bíblia sabemos que isso não representava problema algum para Rute. Ela o fazia de todo o coração, por amor à sua sogra Noemi. E o Senhor a recompensou ricamente, fazendo com que recebesse como esposo a Boaz, o proprietário dos campos onde ela juntava espigas. Assim, para Rute o “campo da humilhação” tornou-se o “campo da bênção”.
Deus, o Senhor, muitas vezes também envia os cristãos ao “campo da humilhação”. Por quê? Ele quer nos transformar e santificar. Como Pai, Ele o faz única e exclusivamente por amor a Seus filhos. Muitos de nós, porém, fazem desse “campo de humilhação” um “campo da amargura e do desgosto”. Por quê? Por querermos que o Senhor nos transforme, mas, por favor, não no campo da “humilhação e do dissabor”! De forma alguma desejamos andar atrás dos segadores juntando o que sobrou. Isso seria demais para nosso orgulho!
“Deixa-me ir ao campo, e apanharei espigas atrás daquele que mo favorecer. Ela lhe disse: Vai, minha filha! Ela se foi, chegou ao campo e apanhava após os segadores”.
Penso que o maior problema para nós cristãos é o nosso próprio eu, que não quer, de forma alguma, ser atacado ou exposto. Não admitimos que é assim, mas quantos cristãos “firmes” já “explodiram” interiormente quando um irmão os atacou ou humilhou de alguma forma? O mais doloroso é quando outros cristãos ou familiares tocam em nosso eu tão vulnerável. Muitas palavras amargas já foram ditas quando nos sentimos atingidos, palavras que depois lamentamos ter pronunciado. Ao nos rebelarmos por sermos rebaixados, tornamos nosso “campo da humilhação” em “campo da amargura, do desgosto e do rancor”. Esse comportamento pode prejudicar nosso relacionamento com nosso Senhor e Salvador.
O Senhor Jesus, o Filho de Deus, que ao nascer foi enrolado em fraldas e deitado em uma manjedoura, que mais tarde foi escarnecido e maltratado por Suas próprias criaturas, teria tido todas as razões para se justificar, mas manteve-se “manso e humilde de coração” (Mt 11.29). Pensando na festa de Natal, nós igualmente deveríamos começar com urgência a arar e trabalhar no “campo da amargura e do rancor” para que nosso coração se transforme outra vez no “campo da humilhação e da disciplina”, que é o alvo do Senhor conosco, pois Ele deseja que nosso coração seja um campo fértil, com terra boa, onde Sua Palavra nasce, cresce e dá muito fruto. Em outras palavras, deixemos imediatamente o “campo da amargura, do desgosto e do rancor”, dirigindo-nos a um lugar onde o Senhor possa trabalhar em nós! Mesmo que precisemos continuar seguindo os segadores, catando espigas no campo, que importa? Se o Senhor o quer, então é para o nosso bem (Rm 8.28). Se essa virada acontecer em sua vida, você verá que, com Jesus, você pode vencer seu orgulhoso eu e experimentará o que está escrito em Romanos 8.37: “Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.”

O “campo da solidão auto-imposta”

Mesmo que Davi não tenha buscado a solidão por vontade própria, esse “campo” pode ser detectado em sua vida. Após ter caído em desgraça diante do rei Saul, teve de empreender uma fuga precipitada e se esconder: “Escondeu-se, pois, Davi no campo” (1 Sm 20.24). Será que entre os que lêem esta mensagem há crentes que se esconderam “nos campos da solidão”? Talvez não estejam fugindo, como Davi, mas foram decepcionados por outros cristãos e agora não freqüentam mais sua igreja e não querem mais contato com os crentes. Para os filhos de Deus é bom isolar-se diariamente e buscar a face do Senhor em oração, na solidão, somente em Sua companhia. Essa é a solidão abençoada. Mas existem irmãos queridos que se afastaram dos demais e se recolheram ao campo da “solidão auto-imposta”. Estão passando por uma experiência semelhante a de Davi. Ele fugiu do rei Saul e “escondeu-se... no campo”. Por quê? Por ter se decepcionado ao extremo com Saul, seu companheiro, que lhe era muito chegado e agora o perseguia ferozmente. Davi foi obrigado a se esconder “no campo”.
Em nossos países ocidentais ainda usufruímos de plena liberdade e podemos nos reunir publicamente para ouvir a Palavra de Deus. Mesmo assim, muitas vezes os crentes que se decepcionam com outros irmãos se isolam e não querem mais contato com ninguém. Quantas vezes já ouvi a queixa: “O irmão fulano me decepcionou tanto que agora não confio mais em crente nenhum”! E quantas vezes, quando aconselhei algum irmão ou irmã a sair de seu isolamento e buscar uma igreja fiel à Bíblia, ouvi a desculpa: “Fiquei tão decepcionado com a minha igreja que agora não quero mais saber de igreja nenhuma!”
Quem procura cristãos perfeitos ou uma igreja sem erros neste mundo, buscará em vão, pois eles não existem. Onde quer que haja pessoas, haverá erros. Se você passou por alguma decepção com cristãos e se afastou de todos eles, então você está no caminho errado, como alguém que “se esconde no campo”.
Mas existe ainda outra razão para os crentes ficarem sozinhos. É sua piedade auto-escolhida, por terem adotado uma vida cristã que eles consideram a única certa. Não estamos falando de um discipulado comprometido, dentro dos padrões bíblicos. Estes são inegociáveis. Mas muitos cristãos deixam a comunhão com suas igrejas ou com seus irmãos em Cristo por ninharias, por detalhes secundários. Um motivo, por exemplo, que pode levar um crente a não falar mais com outro é a árvore de Natal. Uns adotam essa decoração natalina, outros são absolutamente contra, e os irmãos se separam. Seja o que for que venha a dividir irmãos, os que buscam a solidão por vontade própria estão se escondendo no campo da “solidão auto-imposta”. Mas uma coisa é certa: “O solitário busca o seu próprio interesse e insurge-se contra a verdadeira sabedoria” (Pv 18.1). Todos os que se encontram na solidão por vontade própria deveriam deixar essa passagem tocar profundamente seus corações.
Um motivo, por exemplo, que pode levar um crente a não falar mais com outro é a árvore de Natal.
A todos eles digo com muita ênfase: façam como os pastores, que deixaram seus campos em Belém e foram até o Salvador! Depois de terem ouvido que o céu havia chegado à terra na pessoa de Jesus Cristo, nada conseguiu impedi-los, e eles foram até o Senhor. Foram ver Aquele de quem as Escrituras profetizavam há tanto tempo. Deixe seu isolamento! Afaste-se de sua piedade auto-imposta! Acabe com a falsa separação – e venha novamente ao Salvador e para junto daqueles que também foram comprados pelo Seu precioso sangue. Se hoje, em nome de Jesus, você romper todas essas amarras carnais e se livrar dessa pressão que impôs a si mesmo, você ficará livre! E você experimentará de maneira totalmente nova o que significa a glória do céu ter vindo à terra!

O “campo de ser deixado para trás”

Jesus havia falado exaustivamente sobre as coisas futuras com Seus discípulos em Seu “Sermão Profético”, e então fez a séria declaração: “Então, dois estarão no campo; um será tomado, e deixado o outro” (Mt 24.40).
Aqui temos diante de nós um dos mais trágicos acontecimentos, pois chegará o dia em que haverá uma cruel separação dentro de famílias inteiras. Quando Jesus voltar para buscar Sua Igreja, por ocasião do Arrebatamento (1 Ts 4.16-17), levará consigo somente aqueles que crêem nEle de verdade – todos os demais ficarão para trás. Essa será uma separação cruel e definitiva! Realmente “dois estarão no campo; um será tomado, e deixado o outro.”
Qual é a sua situação? Você está no campo correndo o risco de ser deixado para trás? Como seria bom se hoje o Natal acontecesse para você pessoalmente! O que você deve fazer para isso? Deixe imediatamente esse “campo” e venha a Jesus Cristo! Faça simplesmente o que os pastores fizeram: “Foram apressadamente e acharam... a criança deitada na manjedoura” (Lc 2.16). O bebê, porém, não está mais na manjedoura, e também não é mais um bebê. Ele cresceu, viveu e sofreu, morrendo numa cruz em nosso lugar, e depois ressuscitou. Agora Jesus se encontra à direita da Majestade nas alturas, no trono de Deus! Clame a Ele em oração! Ele ouvirá e salvará você, pois está escrito: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo” (At 2.21; Rm 10.13). Que júbilo haverá no céu se você, ainda hoje, se voltar para Jesus com todos os seus pecados, seus problemas e preocupações (veja Lc 15.7,10)!
Se você rejeitar o dom inefável de Deus, que Ele lhe oferece em Jesus Cristo, ficará para trás, “no campo”, e isso pode acontecer ainda hoje!

O “campo da mais profunda comunhão com o Filho de Deus”

Quando os pastores deixaram seus rebanhos “nos campos” para ir ao encontro de Jesus, descobriram o melhor e mais verdejante campo de toda a sua vida: o “campo da mais profunda comunhão com o Filho de Deus”. A partir desse momento, esse passou a ser o mais frutífero “campo” em suas vidas, pois contaram a outras pessoas a sua maravilhosa experiência: “E, vendo-o, divulgaram o que lhes tinha sido dito a respeito deste menino. Voltaram, então, os pastores, louvando e glorificando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado” (Lc 2.17,20).
Os primeiros cristãos haviam entrado em íntima comunhão com o Filho de Deus. Hoje, quando a volta de Jesus para o Arrebatamento está às portas, devemos buscar essa comunhão e nos aproximar cada vez mais do Senhor. Isso me leva a conclamar as leitoras e os leitores cristãos: entremos no “campo da mais íntima comunhão com o Filho de Deus” e não o deixemos jamais! O que devemos fazer para que nossa vida seja realmente frutífera e glorifique a Jesus? Buscar íntima comunhão com Ele e com o Pai celestial (1 Jo 1.7). Então nossa vida poderá ser mais pura, e poderemos pisar em um campo ainda mais abençoado:

O “campo da oração”

O céu na terra – isso existe? Sim, para todos os que cuidam e cultivam uma vida de oração, que plantam e regam o “campo da oração”, o céu vem até a terra. Somente os crentes que vivem uma vida de oração terão profunda comunhão com Cristo, e isso é literalmente o céu na terra!
Lemos que Isaque saiu “a orar no campo, sobre a tarde” (Gn 24.63, ERC). A tarde vem caindo e a noite vem chegando a este mundo. O relógio de Deus aponta nessa direção. Ninguém terá coragem de contradizer essa afirmação, pois diariamente vemos e ouvimos que a decadência aumenta em todas as áreas da vida humana e que os sinais da Sua volta se cumprem. Justamente por isso os cristãos renascidos deveriam cultivar ainda mais intensamente uma vida de oração, hoje mais do que nunca, entrando mais e mais nesse “campo” abençoado, pois “ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará” (Hb 10.37). (Marcel Malgo - http://www.chamada.com.br)

terça-feira, 23 de agosto de 2011

BATALHANDO PELA FÉ

Batalhando Pela Fé

"Amados, quando empregava toda diligência, em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes diligentemente pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos" (Jd 3).
Originalmente, Judas pretendia compartilhar com seus companheiros crentes as questões da fé comuns a todos eles. Mas, o Espírito Santo o redirecionou a um assunto de maior urgência. Questões da fé "uma vez por todas... entregue aos santos" estavam sendo tanto sutilmente solapadas como profundamente pervertidas. Hoje em dia acontece o mesmo que naquele tempo. Todos os santos (isto é, cristãos – Ef 1.1; Cl 1.2, etc.) devem batalhar diligentemente pelos ensinos da fé "dados por inspiração de Deus" (comp. 2 Tm 3.16).

O que é batalhar diligentemente?

Batalhar diligentemente por algo não é uma atividade de menor importância. A passagem paralela normal desse versículo é 1 Timóteo 6.12: "Combate o bom combate da fé..." Em ambos os casos, o sentido é de trabalhar fervorosamente, ou esforçar-se, como um atleta que irá participar de um evento esportivo. A analogia do esporte oferece uma ilustração muito clara: bons atletas têm que treinar com vigor para atender às exigências do seu esporte. Da mesma forma, um cristão dedicado deve condicionar-se espiritualmente para atender à exortação de Paulo: "Exercita-te pessoalmente na piedade" (1 Tm 4.7). Paulo usou freqüentemente a correlação entre os esforços dos atletas e o andar dos cristãos para mostrar que a vida de um crente renascido não tem por objetivo a passividade. Ela requer treinamento espiritual, que inclui muitas das qualidades demonstradas por um atleta superior: diligência, dedicação, auto-disciplina, disposição de aprender, etc. Entretanto, do mesmo modo como no cenário esportivo dos nossos dias, muitos de nós se dedicam a ser espectadores – não necessariamente "inativos", mas definitivamente não jogadores.
Bons atletas têm que treinar com vigor para atender às exigências do seu esporte. Da mesma forma, um cristão dedicado deve condicionar-se espiritualmente para atender à exortação de Paulo: "Exercita-te pessoalmente na piedade".
Muito freqüentemente a reação à exortação de Judas é dizer que é melhor "deixar o batalhar pela fé para os especialistas", isto é, para os estudiosos, os teólogos, os apologistas ou autoridades em seitas. Há no mínimo dois problemas com tal idéia. Em primeiro lugar, as palavras de Judas não foram escritas a especialistas em teologia, mas "aos chamados, amados em Deus Pai, e guardados em Jesus Cristo" – ou seja, a todos os Seus "santos" (Jd 1,3). Em segundo lugar, um dos principais aspectos da batalha pela fé está relacionada com o desenvolvimento espiritual de todo santo. Em outras palavras, batalhar pela fé não é somente para especialistas em seitas, nem envolve necessariamente argumentar ou confrontar os outros. Batalhar pela fé deveria ser o padrão de vida espiritual de todo crente (comp. 1 Pe 3.15).

O desejo de estudar diligentemente a Palavra de Deus

Batalhar diligentemente pela fé requer o desejo de estudar diligentemente a Palavra de Deus. Jesus estabeleceu um programa de crescimento para todos que se entregaram a Ele: "Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos" (Jo 8.31). Em 2 Timóteo 2.15, Paulo acentua o exercício prático, diário, de todo crente: "Procura apresentar-te a Deus, aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade." O coração do cristianismo é um relacionamento pessoal com Jesus Cristo. Estudar e aplicar as Escrituras é a forma principal de desenvolver nosso relacionamento pessoal com Ele; trata-se de conhecê-lO através da revelação dEle mesmo.

A necessidade de conhecimento

Se buscares a sabedoria como a prata, e como a tesouros escondidos a procurares, então entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus.
Batalhar diligentemente pela fé exige conhecimento. Não precisamos nos tornar especialistas antes de compartilhar a "fé que uma vez por todas foi entregue aos santos", mas devemos ser diligentes em nossa busca do conhecimento do Senhor. Se bem que se tente fazê-lo muitas vezes, é completamente insensato tentar batalhar por algo sobre o que não se está informado. Salomão escreveu: "Filho meu, se aceitares as minhas palavras, e esconderes contigo os meus mandamentos, para fazeres atento à sabedoria o teu ouvido, e para inclinares o teu coração ao entendimento, e se clamares por inteligência, e por entendimento alçares a tua voz, se buscares a sabedoria como a prata, e como a tesouros escondidos a procurares, então entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus. Porque o Senhor dá a sabedoria, da sua boca vem a inteligência e o entendimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos, e escudo para os que caminham na sinceridade, guarda as veredas do juízo e conserva o caminho dos seus santos" (Pv 2.1-8).

A prática diligente do discernimento

Batalhar pela fé requer a prática diligente do discernimento. Em Hebreus 5.13-14 está dito: "Ora, todo aquele que se alimenta de leite, é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança. Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal." O "leite" e o "alimento sólido" desses versículos são metáforas que se referem ao crescimento espiritual; limitar-nos a uma dieta e a atitudes de crianças espirituais inibe nosso desenvolvimento espiritual. Entretanto, os que exercitam suas faculdades pelo estudo da Palavra de Deus crescerão em discernimento, não continuando "meninos, agitados de um lado para outro, e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro" (Ef 4.14).

A disposição de aceitar correção

Batalhar diligentemente pela fé exige que tenhamos a disposição de aceitar correção. Corrigir, entretanto, não é um procedimento "psicologicamente correto" em nossos dias, tanto no mundo quanto na Igreja. A correção é considerada uma ameaça à auto-imagem positiva por muitos que promovem a teologia humanista da auto-estima. É incrível como tal mentalidade mundana influenciou fortemente aqueles que deveriam ser separados do mundo e cujos pensamentos deveriam refletir a mente de Cristo. Mesmo uma pesquisa superficial da Bíblia revela exemplos e mais exemplos de correção, que atualmente seriam vistos como potencialmente destrutivos do bem-estar psicológico das pessoas! Será que a "auto-estima" de Pedro foi psicologicamente danificada e tanto sua auto-imagem como a imagem do seu ministério foram irreparavelmente prejudicadas pela correção pública de Paulo? Foi o ministério de Pedro considerado acabado pela maioria da igreja primitiva porque Paulo não foi suficientemente sensível (ou, bíblico – deixando supostamente de considerar Mateus 18) para ter um encontro particular com Pedro? Não é essa a maneira como muitos na Igreja vêem as coisas atualmente? E o que dizer do trauma sentido pelo ego dos publicamente corrigidos: Barnabé (Gl 2.13), Alexandre (2 Tm 4.14-15), Figelo e Hermógenes (2 Tm 1.15), Himeneu e Fileto (2 Tm 2.17-18), Demas (2 Tm 4.10), Diótrefes (3 Jo 9-10) e outros?
A admoestação "Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé" não pede uma avaliação pública; ela requer que analisemos a nós mesmos e então façamos o que for necessário para colocar as coisas em ordem diante do Senhor.
A correção é essencial para a vida de todo cristão. Em sua segunda carta a Timóteo, Paulo orientou seu jovem discípulo a respeito do valor das Escrituras para a correção (como também para a repreensão!), "a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2 Tm 3.16-17). A correção tem que começar em casa, isto é, deve haver a disposição não somente de sermos corrigidos por outros, mas também o desejo de corrigirmos a nós mesmos. A admoestação "Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé" (2 Co 13.5) não pede uma avaliação pública; ela requer que analisemos a nós mesmos e então façamos o que for necessário para colocar as coisas em ordem diante do Senhor. Sem a disposição de considerar a possibilidade de uma "trave" em nosso próprio olho, a hipocrisia dominará em qualquer correção a outra pessoa.

Obediência às normas

Batalhar diligentemente pela fé requer obediência às normas. Enquanto alguns evitam praticar a correção segundo as Escrituras, outros a usam como um grande porrete, dando com ele em qualquer um que parecer não concordar com seus pontos de vista. As Escrituras nos dizem que (no contexto dos galardões celestiais) aqueles que competem por um prêmio serão desqualificados a não ser que sua conduta siga as normas do evento (2 Tm 2.5). Isso também deveria ser aplicado ao modo como batalhamos pela fé, especialmente no que se refere à correção mútua. A primeira e mais importante norma é o amor. Correção bíblica é um ato de amor, ponto final. Se alguém não tem em mente o interesse maior de uma pessoa, o amor não está envolvido. Se o amor não é o fator motivador da correção, o modo de agir não é bíblico.
A maneira como nos corrigimos mutuamente é uma parte importante das "normas" da batalha pela fé: "Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e, sim, deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente; disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade" (2 Tm 2.24-25). Entretanto, uma repreensão severa também pode ser bíblica; nas Escrituras há abundância de tais reprovações e repreensões quando a situação as exigia. Mas elas nada têm em comum com correção acompanhada de sarcasmo, humilhação, ataques ao caráter pessoal ou qualquer outra coisa que exalte quem corrige ao invés de ministrar àquele que está sendo corrigido. É irônico que o humor dominante (TV, quadrinhos, etc.) dessa geração profundamente consciente da "auto-estima", ego-sensível, seja o sarcasmo, especialmente a humilhação. Fazer alguém se sentir inferior tornou-se a maneira preferida de elevar a própria auto-estima.
Um teste simples de correção bíblica é o nível de presunção por parte de quem a pratica. Se houver qualquer indício dela – ele falhará. Outro teste rápido é o termômetro das "maneiras desagradáveis". Se aquele que corrige trata os outros com maneiras que ele mesmo não aceitaria – ele é parte do problema, não a solução bíblica.

Conhecer pelo que se batalha

Batalhar diligentemente pela fé envolve conhecer pelo que se batalha. Aquilo que envolve a subversão do Evangelho, especialmente das doutrinas principais relacionadas com a salvação, exige nossa séria preocupação e atenção. O livro de Gálatas é um bom exemplo. Os judaizantes estavam coagindo os crentes a aceitar um falso evangelho, isto é, adicionando certas obras da lei como necessárias para a salvação. Paulo os repreendeu duramente, como também instruiu Tito a fazê-lo (Tt 1.10-11,13). No mesmo espírito, argumentamos com os que promovem ou aceitam um falso evangelho para a salvação (mórmons, adeptos da Ciência Cristã, Testemunhas de Jeová e católicos romanos, entre outros).
Enquanto certas questões podem parecer não estar relacionadas com o Evangelho, elas podem subverter indiretamente a Palavra de Deus, afastando os crentes da verdade e inibindo dessa forma a graça necessária para uma vida agradável ao Senhor. A psicoterapia, por exemplo, é um dos veículos mais populares para levar os cristãos a buscar as soluções ímpias dos homens (e, portanto, destituídas da graça).

Saber quando evitar confrontos

Batalhar pela fé também requer que saibamos quando evitar confrontos.
Batalhar pela fé também requer que saibamos quando evitar confrontos. O capítulo 14 de Romanos trata de assuntos em que a argumentação se transforma em contenda. Paulo fala de situações em que crentes imaturos criavam polêmicas em torno de coisas que não tinham importância. Alguns estavam provocando divisões por discutirem quais alimentos podiam ser comidos ou não, ou quais dias deviam ser guardados ou não. Natesses casos, o conselho da Escritura é: há certas coisas que não devemos julgar, pois se trata de questões sem importância, que não negam a fé, e são assuntos a serem decididos pela própria consciência (v. 5). Somente o Senhor pode julgar o coração e a mente de alguém no que se refere a tais assuntos.
Quando Jesus discutiu os sinais dos últimos tempos com Seus discípulos no Monte das Oliveiras (Mt 24), o primeiro sinal que Ele citou foi o engano religioso. Sua extensão atual não tem precedentes na História. Somente esse fato deveria tornar nosso interesse em batalhar diligentemente pela fé uma das maiores preocupações. Isso também significa que há tantos desvios da fé (1 Tm 4.1) a serem considerados, que poderá ser necessário estabelecer prioridades pelo que e quando vamos batalhar. No que se refere ao nosso próprio andar com o Senhor, devemos examinar qualquer coisa em desacordo com as Escrituras, fazendo as necessárias correções. Entretanto, quando se trata de ensinos e práticas biblicamente questionáveis, sendo aceitas e promovidas por outros, o discernimento pode também incluir a necessidade de decidir quando e como tratar deles. Atualmente, não é incomum ser erradamente considerado (ou, de fato, merecer a reputação) como alguém que "acha erros em tudo"; de modo que a busca da sabedoria e orientação do Senhor é sempre essencial para que nosso batalhar seja recebido de forma frutífera.

Não devemos coagir ninguém

Finalmente, batalhar diligentemente pela fé não é coagir. Muito freqüentemente esquecemos que recebemos nossa vida eterna em Cristo como dádiva gratuita, uma dádiva do insondável amor de Deus que deve ser oferecida aos outros em amor. O amor é destruído pela coação. Se bem que nossa intenção pode não ser impor questões de fé aos outros, é importante verificar regularmente nossos motivos e métodos. O batalhar diligentemente pela fé deve ser realizado como uma oferta de amor. Temos que lembrar que somos meramente canais de tal amor e que, se quisermos que ocorra alguma mudança no coração, ela será realizada através da graça de Deus, a única que garante o arrependimento (2 Tm 2.25-26).
Atos 20.27-31 contém alguns pensamentos que atualmente muitos iriam considerar como desproporcionais na batalha por "todo o desígnio de Deus". Mas, trata-se das palavras de Deus, comunicadas apaixonadamente pelo apóstolo Paulo aos membros da igreja de Éfeso e a nós: "Atendei por vós e por todo o rebanho... Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando cousas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles. Portanto, vigiai, lembrando-vos de que por três anos, noite e dia, não cessei de admoestar, com lágrimas, a cada um."
Nestes "difíceis" tempos finais (2 Tm 3.1), ore para que todos nós, como Paulo, demonstremos apaixonada preocupação pelo bem-estar espiritual dos nossos irmãos e irmãs em Cristo e pela pureza do Evangelho essencial para a salvação das almas (T. A. McMahon - TBC - http://www.chamada.com.br).

sábado, 20 de agosto de 2011

A VERDADEIRA ADORAÇÃO

A Verdadeira Adoração - Conforme o Salmo 50

“Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás” (Sl 50.15).
Muitos conhecem essa passagem popular do Salmo 50, mas seu contexto na Bíblia merece ser levado em consideração. O tema central do Salmo 50 é a adoração verdadeira a Deus, o legítimo louvor ao Senhor, o louvor que Lhe é agradável.

A verdadeira adoração na Criação

Adoração verdadeira começa com a Criação: “Fala o Poderoso, o Senhor Deus, e chama a terra desde o Levante até o Poente” (v.1). A real finalidade da Criação é louvar a Deus. É o que nos diz o Salmo 19.1: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos”.

A verdadeira adoração revela a grandeza e a glória de Deus

“Desde Sião, excelência de formosura, resplandece Deus. Vem o nosso Deus e não guarda silêncio; perante ele arde um fogo devorador, ao seu redor esbraveja grande tormenta” (vv.2-3).
“Conheço todas as aves dos montes, e são meus todos os animais que pululam no campo” (Salmo 50.11).
A verdadeira adoração sempre inclui e exprime a grandeza e a glória de Deus. Isso pode ser observado nas ocasiões em que Deus revelou-se aos homens de forma direta, em uma teofania. Quando o Senhor encontrou-se com Moisés, lemos: “Moisés escondeu o rosto, porque temeu olhar para Deus” (Êx 3.6). Isaías clama: “Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Is 6.5). Elias “envolveu o rosto no seu manto” (1 Rs 19.13). Paulo caiu por terra e “tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu faça?” (At 9.6, Almeida Revista e Corrigida). Vemos, portanto, que a adoração verdadeira sempre tem a Deus como objeto, o que condiciona Seus adoradores a um legítimo temor diante da Sua santidade e a um estilo de vida santificado.

A adoração falsa

É justamente a falta de uma vida adequada do Seu povo que leva o Senhor a lamentar profundamente e a anunciar o juízo, como lemos no Salmo 50: “Intima os céus lá em cima e a terra, para julgar o seu povo. ‘Congregai os meus santos, os que comigo fizeram aliança por meio de sacrifícios’. Os céus anunciam a sua justiça, porque é o próprio Deus que julga” (vv.4-6).
Deus toma os céus e a terra por testemunhas e lembra ao Seu povo a aliança que firmou com ele, mas vê-se obrigado a acusar Israel, falando em julgamento. É uma acusação contra os rituais exteriores e vazios, ao culto sem conteúdo. Fazendo a aplicação aos nossos dias, Deus lamenta um cristianismo sem Cristo!
“Escuta, povo meu, e eu falarei; ó Israel, e eu testemunharei contra ti. Eu sou Deus, o teu Deus. Não te repreendo pelos teus sacrifícios, nem pelos teus holocaustos continuamente perante mim. De tua casa não aceitarei novilhos, nem bodes, dos teus apriscos. Pois são meus todos os animais do bosque e as alimárias aos milhares sobre as montanhas. Conheço todas as aves dos montes, e são meus todos os animais que pululam no campo. Se eu tivesse fome, não to diria, pois o mundo é meu e quanto nele se contém. Acaso, como eu carne de touros? Ou bebo sangue de cabritos?” (vv.7-13).
Deus volta-se contra a forma de culto apenas exterior, contra uma adoração sem conteúdo bíblico. Hoje, em muitas igrejas a adoração transformou-se em show, em ativismo piedoso sem ligação com o próprio Senhor. Em Israel, na época em que foi escrito o Salmo 50, acontecia o mesmo, e essa realidade está retratada por Isaías em seu lamento: “O Senhor disse: Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu” (Is 29.13).

Adoração verdadeira é uma questão do coração

Em meio a esse formalismo no culto ao Senhor, Ele conclama Seu povo: “Oferece a Deus sacrifícios de ações de graças e cumpre os teus votos para com o Altíssimo” (v.14). Comprometa-se com Deus! Aí, sim, a maravilhosa e conhecida promessa do Salmo 50 repousará sobre os que adoram a Deus: “Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás”.

Uma falsa concepção de Deus

Hoje, em muitas igrejas a adoração transformou-se em show, em ativismo piedoso sem ligação com o próprio Senhor.
Deus repreende a trágica rebelião de Seu povo: “Mas ao ímpio diz Deus: De que te serve repetires os meus preceitos e teres nos lábios a minha aliança, uma vez que aborreces a disciplina e rejeitas as minhas palavras? Se vês um ladrão, tu te comprazes nele e aos adúlteros te associas. Soltas a boca para o mal, e a tua língua trama enganos. Sentas-te para falar contra teu irmão e difamas o filho de tua mãe” (vv.16-20).
Rebaixamos Deus ao mesmo nível em que nos encontramos. Muitos cristãos, quando exortados por seu comportamento errado, têm pronta a resposta: “Eu acho que estou certo, não vejo problemas com isso”. Mas, ao mesmo tempo em que se defendem, admiram-se que Deus não os ouve, agindo igual a Israel no passado. Deus, porém, não pode ouvi-los! Deixaram de considerar que Deus condicionou Suas promessas a certos requisitos.
“Tens feito estas coisas, e eu me calei; pensavas que eu era teu igual; mas eu te argüirei e porei tudo à tua vista” (v.21). Chamamo-nos de cristãos mesmo tendo fabricado um Deus que não corresponde ao Deus da Bíblia, um Deus que espelha nossa própria imaginação e reflete nossos desejos pessoais. Portanto, não devemos nos admirar quando Deus se cala! A causa não está nEle; está em nós. “Considerai, pois, nisto, vós que vos esqueceis de Deus, para que não vos despedace, sem haver quem vos livre” (v.22). Apesar de todo o ativismo religioso, Israel esqueceu-se de Deus. Talvez nós também O esquecemos muitas vezes. Por isso, Ele se cala. Assim, não podemos ouvir Sua voz.

A verdadeira adoração está alinhada com a Palavra de Deus

O Salmo 50 também nos apresenta a solução do problema do silêncio divino. Esta se encontra em nos conscientizarmos do que é a verdadeira adoração a Deus, que é um retorno àquilo que está descrito no versículo 23: “O que me oferece sacrifício de ações de graças, esse me glorificará; e ao que prepara o seu caminho, dar-lhe-ei que veja a salvação de Deus”.
As ações de graças que agradam a Deus começam quando direcionamos nossos caminhos a partir da verdade revelada por Ele em Sua Palavra, quando passamos a viver conforme a Bíblia.
As ações de graças que agradam a Deus começam quando direcionamos nossos caminhos a partir da verdade revelada por Ele em Sua Palavra, quando passamos a viver conforme a Bíblia. Adoração verdadeira diz: “Pai, não a minha, mas a Tua vontade seja feita. Eu Te agradeço, independentemente dos caminhos pelos quais Tu me conduzes. Muito obrigado por Teus pensamentos serem pensamentos de paz a meu respeito, mesmo que eu não conheça o caminho por onde me levas. Agradeço por me guiares e por teres garantido me levar ao alvo”.

Três princípios da verdadeira adoração

Mateus 8.1-8 exemplifica uma oração que agrada ao Senhor. Esses versículos relatam dois milagres da graça de Deus: “Ora, descendo ele do monte, grandes multidões o seguiram. E eis que um leproso, tendo-se aproximado, adorou-o, dizendo: Senhor, se quiseres, podes purificar-me. E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo da sua lepra” (vv.1-3).
“Tendo Jesus entrado em Cafarnaum, apresentou-se-lhe um centurião, implorando: Senhor, o meu criado jaz em casa, de cama, paralítico, sofrendo horrivelmente. Jesus lhe disse: Eu irei curá-lo. Mas o centurião respondeu: Senhor, não sou digno de que entres em minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado” (vv.5-8).
Aqui encontramos três princípios da oração legítima. A fé declara: “Senhor, Tu podes!” O temor a Deus complementa: “Se Tu quiseres”. E a humildade acrescenta: “Não sou digno!”

A verdadeira adoração diz “sim” aos caminhos de Deus

Deus quer que oremos. E Ele quer atender nossas orações. Mas isso requer obediência à Sua Palavra e um estilo de vida santificado.
Quando buscamos o Senhor, não devemos esquecer que, independente da forma com que o Senhor nos responde, o Nome do Senhor deve ser exaltado acima e antes de tudo. Sabemos muito bem que o Senhor faz milagres ainda hoje. Mas Deus nem sempre responde nossas orações da forma que gostaríamos. Essa situação é descrita em Atos 12. Tanto Tiago (vv.1-2) como Pedro (vv.3ss.) estavam na prisão. Os irmãos haviam orado intensamente pelos dois. Ambos sabiam estar sob a proteção e o abrigo do Senhor. Para um deles, Tiago, Deus disse: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” (Mt 25.21). Tiago foi decapitado. Ao outro, Pedro, foi dada a incumbência: “Vá para a vinha, pois a colheita está madura!” E Pedro saiu milagrosamente da prisão para ir trabalhar na seara do Mestre. As duas possibilidades são caminhos de Deus! Será que concordamos sempre quando Deus nos dirige, seja da forma que for?

Deus ouve a adoração verdadeira

Deus quer que oremos. E Ele quer atender nossas orações. Mas isso requer obediência à Sua Palavra e um estilo de vida santificado. Sabendo que Ele escuta e responde, podemos deixar a decisão da resposta com Ele, na certeza de que está sempre certo, independentemente da solução que nos proporcionar. A esse respeito, Deus diz: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais” (Jr 29.11). (Samuel Rindlisbacher - http://www.chamada.com.br)

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

MEU DEUS, OBRIGADO POR NÃO ATENDER MINHAS ORAÇÕES

Meu Deus, Obrigado por NÃO Responderes às Minhas Orações

Muitas passagens na Bíblia nos mostram claramente que o silêncio de Deus foi a melhor resposta às orações. Em outros casos, as respostas dadas mostraram não ser o melhor para quem as pediu.n

Jesus – o Filho de Deus

Vamos começar observando a mais terrível e chocante oração não-respondida da história da humanidade: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Mateus 27.46).
Esse questionamento por parte de Jesus tem um profundo significado para toda a humanidade. Em primeiro lugar, porque revela que Deus realmente Se manifestou na carne: "evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele (Deus) que foi manifestado na carne" (1 Timóteo 3.16). Além disso, ele também mostra que, de fato e de verdade, Jesus tornou-se 100% humano, estando inclusive sujeito à morte. Lemos em Filipenses 2.7-8: "Antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz".
Jesus, o Filho de Deus, deixou Sua habitação de poder, autoridade e glória e tornou-se um homem de carne e osso. Pela Bíblia sabemos que Ele foi tentado como nós somos tentados. Ele sentia cansaço, fome e sede; sentia alegria, tristeza, insatisfação e compaixão. Mas com uma diferença: Ele não tinha pecado!
O mais inexplicável mistério na história da humanidade é Deus manifestado na carne. Essa declaração tem sido pedra de tropeço para muitos que não estavam realmente em busca da verdade.
Um considerável número de religiões não crê em Jesus como o Filho de Deus. Seguidamente elas usam esta afirmação para justificar suas falácias, dizendo em tom de escárnio: "Se Jesus era Deus, então porque Ele orou ‘Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?’ Por acaso Ele estava orando para si mesmo?"
Uma pessoa honesta que ousasse fazer tal questionamento iria rapidamente encontrar a resposta estudando as Escrituras e aprenderia logo que Jesus de fato é Deus.
Vamos analisar alguns exemplos:
"Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?"
Depois de Jesus ter curado um paralítico no tanque de Betesda, Seus inimigos Lhe fizeram a seguinte acusação: "e, porque ele disse isso, os líderes judeus ficaram ainda com mais vontade de matá-lo. Pois, além de não obedecer à lei do sábado, ele afirmava que Deus era o seu próprio Pai, fazendo-se assim igual a Deus" (João 5.18). Eles afirmavam que Jesus se fazia "igual a Deus".
Aqueles que escarneciam e acusavam Jesus ouviram-nO testemunhando que Ele era Deus, conforme lemos em Mateus 27.43: "...porque (Jesus) disse: Sou Filho de Deus".
Quando Jesus morreu, um centurião, do qual não sabemos o nome, declarou no versículo 54: "...verdadeiramente este era Filho de Deus"
Em João 20.28 lemos: "Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu!".

A Grande Resposta Silenciosa

O que teria acontecido se Deus tivesse respondido ao apelo do Senhor Jesus? O que teria acontecido se o Pai não tivesse abandonado o Filho? O que teria acontecido se Deus tivesse respondido ao desafio dos principais sacerdotes, escribas e anciãos quando disseram: "Confiou em Deus; pois venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem; porque disse: Sou Filho de Deus"(Mateus 27.43)? A resposta é a terrível realidade do que nós merecíamos! Cada um de nós permaneceria morto em suas transgressões e pecados, abandonado por Deus por toda a eternidade! Não teria havido salvação para a humanidade! Efésios 2.12 demonstra claramente nossa posição desesperançada: "naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo".
Se o Pai celestial tivesse respondido à oração de Jesus na cruz, não haveria futuro para nós, mas um perpétuo e imensurável sofrimento além de uma eternidade no inferno!
Entretanto, as Escrituras continuam: "Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo"(v. 13).
Assim sendo, para o nosso próprio bem, a melhor resposta para o clamor do Senhor Jesus foi o silêncio de Deus. Jesus deliberadamente veio à terra com o único propósito de redimir o homem caído. Sua vinda não foi um acidente ou o resultado de alguma circunstância invisível, mas fazia parte do plano eterno de Deus para a nossa salvação.
Se queremos ter um entendimento melhor do sacrifício supremo de Deus, precisamos ver a realidade de Suas intenções. Teremos um entendimento mais profundo para reconhecer Sua posição eterna ao nos ocupar com a Sua palavra. Para Deus nada acontece por acidente, nem existem coincidências. Deus não depende da nossa percepção de tempo porque Ele é eterno. Somente quando tivermos alcançado nosso destino final é que entenderemos o que é a eternidade.

Antes da Fundação do Mundo

Pedro amplia nossa visão sobre a vinda de Cristo: "mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós" (1 Pedro 1.19-20). Mesmo antes do homem ter caído em pecado, Deus, em Sua onisciência, estabeleceu um plano de salvação que foi manifesto com a vinda de Jesus. E até mesmo o evento real que aconteceu aqui na terra foi suplantado pela resolução eterna proclamada em Apocalipse 13.8: "...do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo".
É virtualmente impossível entendermos essa incrível verdade apenas com o nosso intelecto limitado. Como algo pode ter ocorrido mesmo antes de ter se manifestado fisicamente aqui na terra? Não encontramos resposta se fizermos a pergunta nesse nível. Quem pode explicar intelectualmente a passagem: "...assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo..."(Efésios 1.4)? Podemos apenas perceber espiritualmente essa realidade quando a vemos pela perspectiva celestial. Para ilustrar esse fato, consideremos o seguinte exemplo:
Sabemos que o sol nasce no leste e se põe no oeste. Podemos determinar isso cientificamente através do uso de instrumentos que medem os movimentos do sol. Porém esse fato científico se tornaria nulo se viajássemos no espaço, pois lá as regras mudam, a lei do espaço vigoraria e veríamos que a Terra, na realidade, faz seu movimento de rotação em torno do próprio eixo, criando assim a ilusão de que o sol nasce no leste e se põe no oeste.

Jesus no Jardim

"Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres."
Para termos um entendimento melhor da morte voluntária de Jesus e do silêncio de Seu Pai em resposta à Sua oração, devemos primeiro olhar mais de perto aquela fatídica noite no Jardim Getsêmani: "Em seguida, foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar; e, levando consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres" (Mateus 26.36-39). Do ponto de vista humano, esse é um dos mais trágicos eventos do Novo Testamento. Lemos uma descrição detalhada do comportamento do Senhor antes de Sua prisão, que resultou em Sua condenação e posterior execução na cruz do Calvário.
Jesus levou consigo Seus discípulos mais próximos, dos quais Pedro era o mais chegado. Lembre-se que pouco tempo antes Pedro jurara solenemente ser um fiel seguidor de Jesus, mesmo que isso lhe custasse a própria vida: "Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei..." (v. 35). Pedro fez uma declaração corajosa ao afirmar abertamente que seguiria Jesus mesmo que tivesse de morrer por isso.

Pedro Falhou

O Senhor já havia informado a Pedro que Ele teria de morrer para que as Escrituras se cumprissem. Pedro entendeu isso, porque anteriormente havia identificado o Senhor como sendo "o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mateus 16.16). A confissão de Pedro deu-se num lugar chamado Cesaréia de Filipe, onde Jesus perguntou a Seus discípulos: "Quem diz o povo ser o Filho do Homem?" (Mateus 16.13). É óbvio que Pedro sabia que a palavra profética tinha de ser cumprida. Ele não tentava mais defender Jesus, mas sabia que a morte era inevitável. Veja que ele disse: "Ainda que me seja necessário morrer contigo..." O fato de que Jesus teria de morrer já havia sido entendido, e o que restava agora era uma questão de fidelidade ao Senhor. Pedro permaneceria fiel até o fim?
De acordo com a Palavra de Deus sabemos que ele não o fez. Pedro negou ao Senhor, não apenas uma, nem duas, mas três vezes, como Jesus profetizou que ele faria.

No Getsêmani

Agora vamos focalizar nossa atenção no Senhor que foi até o jardim chamado Getsêmani, afastando-Se dos discípulos e ficando apenas com Pedro e os dois filhos de Zebedeu a Seu lado. Quando Ele ficou sozinho, mais tarde, "adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando..."(Mateus 26.39). Qual foi a Sua oração? "..Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres" (v. 39). Jesus não recebeu resposta. O Pai ficou em silêncio. Jesus voltou até onde estavam os Seus discípulos: "...E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca"(vv. 40-41). Algo muito natural tinha acabado de acontecer: a carne dos discípulos não estava disposta e nem era capaz de resistir aos ataques de Satanás.
Não sabemos quanto tempo o Senhor orou, mas deve ter sido durante pelo menos uma hora, se nos basearmos na afirmação: "Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo?" Apesar da promessa determinada de Pedro de morrer com o Senhor, ele já havia se afastado da batalha que acontecia no Getsêmani.

A Oração Contínua de Jesus

"Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade" (v. 42). Novamente não houve uma resposta do Pai, apenas silêncio. Jesus deu aos discípulos outra chance: "...voltando, achou-os outra vez dormindo; porque os seus olhos estavam pesados" (v. 43). Desta vez o Senhor não os acordou nem deu outra instrução. Ao invés disso, lemos que Ele: "...Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras" (v. 44).

A Agonia

"E, estando em agonia, orava mais intensamente."
Ao lermos o relato no evangelho de Marcos notamos que o evento é descrito de uma forma um pouco diferente. Entretanto, Lucas revela que após Jesus ter orado, "...lhe apareceu um anjo do céu que o confortava" (Lucas 22.43). Não nos é revelado como ele O "confortava", mas no versículo seguinte lemos que Suas orações tornaram-se ainda mais desesperadas: "E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra" (v. 44).
Quando analisamos esse fato de uma perspectiva humana, ele parece-nos ilógico, porque o versículo anterior diz que Jesus acabara de ser consolado por um anjo do céu, continuando a batalhar em oração a tal ponto que "gotas de sangue" caíram sobre a terra. Foi o consolo do anjo uma resposta à Sua oração ou esse consolo era necessário para que Ele continuasse orando? Creio que a segunda opção é a correta, como veremos ao examinarmos mais detalhadamente essa situação.

A Tentação no Getsêmani

Normalmente se interpreta que Jesus, como Filho do Homem, em carne e osso, tinha medo da morte como qualquer outro ser humano. Assim sendo, não seria surpresa que Jesus orasse que "este cálice", representando a morte na cruz, fosse passado d’Ele. Entretanto, tal interpretação não corresponde a versículos como os do Salmo 40.7-8: "Então, eu disse: eis aqui estou, no rolo do livro está escrito a meu respeito; agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração, está a tua lei". Jesus se agradava em fazer a perfeita vontade de Deus, a qual foi estabelecida antes da fundação do mundo.
Para estar certo de que Davi não estava falando de si mesmo nesta passagem, encontramos a confirmação em Hebreus 10.7,9,10: "Então, eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a meu respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade... então, acrescentou: Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade. Remove o primeiro para estabelecer o segundo. Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas". Se olharmos a oração de Jesus no Jardim Getsêmani como um sinal de fraqueza, apesar d’Ele ter sido consolado por um anjo, tal comportamento iria contradizer a passagem profética que acabamos de ler.

Como Cordeiro Para o Matadouro

Consideremos o texto de Isaías 53.3,5 e 7: "Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso... Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados... Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca".
Como um cordeiro, Jesus foi levado para o matadouro; Ele permaneceu em silêncio como uma ovelha.

Morte no Getsêmani?

Essas passagens das Escrituras nos dão razões para crer que algo mais tenha acontecido no Jardim Getsêmani quando Jesus orou para que "este cálice" pudesse ser passado dEle. Essa seria uma oração desnecessária, uma exibição de fraqueza e indecisão, mas tal quadro não corresponde à descrição completa do Messias.
Enquanto aparentemente o Pai ficou em silêncio diante da tríplice oração de Jesus, as Escrituras documentam que Sua oração, na verdade, foi respondida. Hebreus 5.5 fala de Cristo como o sacerdote da ordem de Melquisedeque: "assim, também Cristo a si mesmo não se glorificou para se tornar sumo sacerdote, mas o glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei".
"Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo"
O versículo 7 contém a resposta a essa oração: "Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lágrimas, orações e súplicas a quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade". O Getsêmani foi o único local onde Jesus pediu que Sua vida fosse poupada; Jesus não morreu no Jardim Getsêmani.
O silêncio aparente de Deus diante da oração de Jesus no Jardim foi, como vimos, uma clara resposta a essa oração. Desse ponto de vista, entendemos que a oração de Jesus não foi para que Sua vida fosse poupada na cruz do Calvário. A oração de Jesus foi ter sua vida poupada para que não morresse ali no Jardim Getsêmani. Ele estava destinado a morrer na cruz do Calvário para tirar os pecados do mundo.
O que aconteceu no Jardim Getsêmani? Pelo que já vimos, é claro que os poderes das trevas e mesmo a morte estavam prontos a tirar a vida de Jesus ali mesmo naquela hora. Em Mateus 26.38 lemos: "Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo". Marcos 14.34 revela: "...E lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte..."
Mesmo que Jesus não tenha morrido fisicamente no Jardim Getsêmani, Ele foi certamente obediente até à morte; Ele experimentou a morte dupla de um pecador condenado! Ele foi "obediente até à morte e morte de cruz" (Filipenses 2.8).

Quando Deus Não Responde

Esta análise da vida de oração de nosso Senhor antes de Sua crucificação deveria nos ensinar que as respostas às nossas orações podem nem sempre ser o mais importante. Podemos passar por derrotas, doenças, tragédias e catástrofes. Mas o que realmente deve ser lembrado é que somos de Cristo.
Creio que é por essa razão que, ao falar de provas e tribulações, o apóstolo Pedro exclamou triunfante: "Nisso exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo" (1 Pedro 1.6-7). (Arno Froese e Dieter Steiger - http://www.chamada.com.br)

domingo, 14 de agosto de 2011

´CONTROLE

O avanço do controle total

Um software que denuncia crimes antes mesmo que sejam cometidos é ao mesmo tempo fascinante e assustador. Uma experiência no Sul da Inglaterra mostra que isso já é possível. Algo está sendo feito em busca da vigilância total.
No filme de ficção científica “Minority Report”, que se passa em 2054, crimes capitais como assassinatos não ocupam mais as manchetes. Uma unidade especial da polícia, chamada “Pré-Crime”, auxiliada por três paranormais, detecta todos os atos de violência antes que aconteçam, e prende os criminosos potenciais a tempo...
Os produtores desse filme de Hollywood se enganaram em apenas três aspectos: esses sistemas já existem hoje, e não somente em 2054. Segundo: no mundo real a tarefa dos “videntes” do filme é assumida por um software inteligente. E, em terceiro lugar: a história não se passa em Washington DC, mas em Portsmouth, no Sul da Inglaterra.
Essa cidade portuária de 200.000 habitantes, no condado de Hampshire, está testando há algum tempo um novo sistema de videovigilância. A característica especial: em vez dos métodos de vigilância normais, que requerem muito pessoal devidamente treinado, esse sistema usa um programa chamado “Perceptrak”, que busca comportamento suspeito nas imagens analisadas e aciona o alarme quando necessário.[1]
O relato também destaca que atualmente já há 4 milhões de câmeras de vigilância instaladas na Inglaterra, o que representa uma câmera para cada 14 habitantes. Em Londres, por exemplo, é grande a probabilidade de ser filmado até 300 vezes por dia. A organização de direitos civis “Liberty” está preocupada porque essa tecnologia oferece cada vez mais facilidades para o governo “vigiar cada passo do cidadão”.
O assustador nessa tecnologia é que o indivíduo sente-se cada vez mais vigiado e, em breve, poderá ter todos os passos seguidos. Aquilo que pode contribuir para a segurança do Estado forçosamente se tornará um fator de grande insegurança para o indivíduo. Mas é fascinante como a profecia bíblica se mostra atual, como seu cumprimento é exato e como a Palavra de Deus é verdadeira. Afirmações feitas há mais de 2000 anos estão se realizando diante dos nossos olhos. Algo está acontecendo, aproximando-nos cada vez mais rápido de Apocalipse 13. Está sendo criado um sistema que finalmente servirá de ferramenta ao vindouro Anticristo.
Já há 4 milhões de câmeras de vigilância instaladas na Inglaterra, o que representa uma câmera para cada 14 habitantes.
Se hoje em alguns lugares um cidadão já é filmado até 300 vezes num só dia, não é difícil imaginar a abrangência que o sistema anticristão terá.
Desde o começo o objetivo de Satanás era “ser como Deus”: “Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo” (Is 14.14). Portanto, não é de admirar que o Diabo tenha seduzido o primeiro casal com este mesmo argumento: “Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal” (Gn 3.5).
Ser como Deus significa ser onipotente, onisciente e onipresente. Nenhum anjo, nenhum demônio, nem mesmo Satanás tem essas características. O sistema anticristão final tentará alcançar esse alvo. Todas as pessoas devem ser vigiáveis e influenciáveis em qualquer lugar em que estiverem. Isso dará ao Anticristo um poder imensurável. Pois aquele que tem controle total e consegue observar qualquer pessoa, também pode influenciar e determinar as ações de qualquer um. Ele pode tirar alguém do meio do trânsito, excluí-lo da sociedade, da vida em comunidade e isolá-lo. É exatamente o que a Bíblia prevê, a respeito do que já alertamos diversas vezes.
“Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu; e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta. A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome. Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis” (Ap 13.14-18).
A última sedução virá pelo caminho da “sensatez”. Câmeras de vigilância ajudam a prevenir assaltos e seqüestros. Elas auxiliam a combater o terrorismo de forma eficiente e a esclarecer acidentes. Quem não concordaria que isso é bom? Mas o homem, influenciado pelo pecado, sempre consegue usar para o mal algo foi planejado para o bem. A descoberta da dinamite e da fissão atômica deveriam trazer progresso aos homens, mas foram abusadas e transformadas em formas terríveis de extermínio da humanidade.
Quanto mais o homem se separa de Deus, mais ele buscará a própria onipotência. Ao se fazer independente de Deus, ele mesmo se eleva como se fosse Deus. Mas, em vez de vida, ele encontra perdição e morte.
Se hoje os sistemas de controle já estão tão avançados em tantas áreas, e os desenvolvimentos são cada vez mais rápidos, quão próximo estará o cumprimento do Apocalipse e dos acontecimentos que ele descreve?
Entretanto, nós temos a promessa: “Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino” (Lc 12.32). (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)

Nota:

1. www.heute.de, rubrica: “Computer”, título: “Big Brother in Grossbritannien”, 14/12/2008.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Últimas Palavras de Grandes Homens

Últimas Palavras de Grandes Homens
- Alexander Seibel -
Praticamente nada é mais esclarecedor do que o testemunho de moribundos. Mesmo mentirosos confessam então a verdade. Um olhar para o leito de morte revela muitas vezes mais do que todas as grandes palavras e obras em tempo de vida. No momento em que pessoas se vêem confrontadas com a morte, muitas perdem suas máscaras e tornam-se verdadeiras. Muitos tiveram que reconhecer que edificaram sobre a areia, se entregaram a uma ilusão e seguiram a uma grande mentira. Aldous Huxley escreve no prefácio do seu livro “Admirável Mundo Novo”, que se deveria avaliar todas as coisas como se estivessem sendo vistas do leito de morte. “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio” (Sl 90.12), diz a Bíblia.
VOLTAIRE, o famoso zombador, teve um fim terrível. Sua enfermeira disse: “Por todo o dinheiro da Europa, não quero mais ver um incrédulo morrer!” Durante toda a noite ele gritou por perdão.
DAVID HUME, o ateu, gritou: “Estou nas chamas!” Seu desespero foi uma cena terrível.
HEINRICH HEINE, o grande zombador, arrependeu-se posteriormente. Ao final da sua vida, ele ainda escreveu a poesia: “Destruída está a velha lira, na rocha que se chama Cristo! A lira que para a má comemoração, era movimentada pelo inimigo mau. A lira que soava para a rebelião, que cantava dúvidas, zombarias e apostasias. Senhor, Senhor, eu me ajoelho, perdoa, perdoa minhas canções!”
De NAPOLEÃO escreveu seu médico particular: “O imperador morre solitário e abandonado. Sua luta de morte é terrível.”
CESARE BORGIA, um estadista: “Tomei providências para tudo no decorrer de minha vida, somente não para a morte e agora tenho que morrer completamente despreparado.”
TALLEYRAND: “Sofro os tormentos dos perdidos.”
CARLOS IX (França): “Estou perdido, reconheço-o claramente.”
MAZARINO: “Alma, que será de ti?”
HOBBES, um filósofo inglês: “Estou diante de um terrível salto nas trevas.”
SIR THOMAS SCOTT, o antigo presidente da Câmara Alta inglesa: “Até este momento, pensei que não havia nem Deus, nem inferno. Agora sei e sinto que ambos existem e estou entregue à destruição pelo justo juízo do Todo-Poderoso.”
GOETHE: “Mais luz!”
NIETZSCHE: “Se realmente existe um Deus vivo, sou o mais miserável dos homens.”
LÊNIN morreu em confusão mental. Ele pediu pelo perdão dos seus pecados a mesas e cadeiras. À nossa juventude revolucionária se assegura insistentemente e em alta voz, que isso não é verdade. Pois seria desagradável, ter que admitir que o ídolo de milhões se derrubou a si mesmo de maneira tão evidente.
SINOWYEW, o presidente da Internacional Comunista, que foi fuzilado por Stálin: “Ouve Israel, o Senhor nosso Deus é o único Deus.”
CHURCHILL: “Que tolo fui!”
YAGODA, chefe da polícia secreta russa: “Deve existir um Deus. Ele me castiga pelos meus pecados.”
YAROSLAWSKI, presidente do movimento internacional dos ateus: “Por favor, queimem todos os meus livros. Vejam o Santo! Ele já espera por mim, Ele está aqui.”
JESUS CRISTO: “Está consumado.”
Voltaire, David Hume e outros, certamente teriam rido ou zombado, se em tempo de vida se explicasse a eles, que sem Jesus Cristo estariam eternamente perdidos. Apesar disso, eles tiveram que reconhecer que isso é verdade e que a Bíblia tem razão ao dizer: “E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo” (Hb 9.27). Como você morrerá? Será muito tarde também para você? Quais serão suas últimas palavras?
Prezado leitor, temos que dizer-lhe, quer queira aceitá-lo ou não: Sem Jesus e sem o perdão dos pecados através do Seu sangue, você está perdido. Diante do Deus Santo, você está absoluta, total e eternamente perdido. Se você acha que com a morte tudo acaba, pertence às pessoas mais enganadas. Existe somente um que pode salvá-lo: JESUS CRISTO. Você acha realmente, que os homens anteriormente citados representaram uma comédia piedosa quando chegou o fim? Sem ter paz com Deus, a morte é uma terrível realidade, da qual o mundo foge. Não se gostaria de ouvir nada a respeito, ela é afastada dos pensamentos. Mas será que a política da avestruz é uma solução inteligente?
Você quer saber? — Se vier com seu coração a Jesus Cristo e realmente quiser paz com Deus, você pode dizer esta oração: “Senhor Jesus, por favor, perdoa toda a minha culpa e meus pecados, minha rebelião e minha vida própria. Agradeço-te porque morreste por mim e pagaste com teu sangue o preço pelos meus pecados. Por favor, entra agora em minha vida. Abro-te a porta do meu coração e te peço que a partir de agora sejas meu Senhor. Agradeço, porque me ouves e aceitas.” O que importa não é a formulação, mas a atitude do coração.
Jesus diz: “o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora” (Jo 6.37). Unicamente Jesus tirou o poder da morte.
Você pode agora passar por cima disso, seguro de si e com um sorriso, afastando dos seus pensamentos o que acabou de ler. Mas, mesmo assim, você não poderá fugir da morte. E então? “Dá-me a conhecer, Senhor, o meu fim, e qual a soma dos meus dias, para que eu reconheça a minha fragilidade. Deste aos meus dias o comprimento de alguns palmos; à tua presença o prazo da minha vida é nada. Na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é pura vaidade” (Sl 39.4-5). Por isso, o profeta Amós diz: “prepara-te..., para te encontrares com o teu Deus” (Am 4.12). (Alexander Seibel - http://www.chamada.com.br)