segunda-feira, 23 de abril de 2012

2012 Hollywood Destrói o Mundo

2012 – Hollywood Destrói o Mundo

“Em toda a história, nunca uma data foi tão significativa para tantas culturas e religiões, tantos cientistas e governos. Um cataclisma global ocasiona o fim do mundo”. O dia é 21 de dezembro de 2012, data em que o calendário maia prediz que ocorrerá o final dos tempos, um evento dramatizado no filme “2012”, feito em Hollywood pelo diretor Roland Emmerich e lançado em novembro. O filme apresenta efeitos visuais fantásticos do cataclisma abatendo-se sobre a terra, mostrando o desabamento das construções mais destacadas do mundo – a Basílica de São Pedro em Roma, os arranha-céus de Nova Iorque, a estátua do Cristo Redentor no Rio – à medida que meteoros e inundações destroem a terra. O trailer começa com a pergunta: “Como os governos de nosso planeta conseguiriam preparar seis bilhões de pessoas para o fim do mundo?” Logo aparece a resposta: “Não conseguiriam”. De acordo com o filme “2012”, a Terra se fenderá ao meio, cumprindo uma antiga profecia.
A profecia em questão vem da antiga civilização maia na América Central, que produziu o famoso Calendário Maia. Os maias foram os únicos habitantes nativos das Américas a desenvolverem uma linguagem escrita. Eles também obtiveram progresso notável nas artes, na arquitetura, na matemática e na astronomia, chegando ao auge de seu desenvolvimento durante o período de 250 d.C. a 900 d.C. Por volta de 1200 d.C., a sociedade deles sofreu um colapso, por razões que podemos apenas supor. Quando os conquistadores espanhóis chegaram, os maias ainda ocupavam a região, e ainda falavam a língua maia, mas já não tinham conhecimento de muitas coisas que seus antepassados haviam criado.
Diego de Landa foi um padre católico-romano que visitou o México em 1561 e é tido como infame por ter destruído documentos e artefatos maias de valor incalculável. Embora Landa estivesse muito interessado na cultura maia, ele abominava determinados aspectos de suas práticas, particularmente os sacrifícios humanos. Em julho de 1562, quando evidências de sacrifícios humanos foram encontradas em uma caverna que continha estátuas sagradas dos maias, Landa ordenou a destruição de cinco mil ídolos. Ele decidiu que os livros dos maias também eram obra do Diabo e certificou-se de que fossem queimados, tendo restado apenas três livros. Conseqüentemente, foi perdida a maior parte do conhecimento e da história dos maias.
O livro mais importante dentre os que restaram é o chamado Códice de Dresden, que recebeu esse nome devido à cidade na Alemanha onde ficou depositado. É um livro estranho, escrito em hieróglifos, que ninguém foi capaz de entender até 1880. Nessa época, Ernst Forstemann, um estudioso alemão que trabalhava na mesma biblioteca em Dresden, conseguiu decifrar o códice do calendário maia. Ele descobriu que o códice continha tabelas astronômicas detalhadas, com cálculos indicando que o ano tinha 365,242 dias, e usava tabelas para predizer os solstícios e os equinócios, as órbitas dos planetas em nosso sistema solar e outros fenômenos celestiais.
Os maias haviam desenvolvido uma maneira extraordinariamente complexa (e muito precisa) de medir a passagem do tempo, que girava em torno de ciclos de 52 anos. No final de cada ciclo, eram realizadas cerimônias religiosas nas quais os sacerdotes executavam um sacrifício humano no topo de um vulcão extinto conhecido hoje como a Colina da Estrela, local situado em Iztapalapa, no México. O propósito era apaziguar os deuses para que eles não destruíssem o mundo com o final do ciclo. Os maias aguardavam pelo sinal que anunciaria a continuidade do mundo por outros 52 anos, que era a passagem da constelação de Plêiades pelo centro dos céus.
Os maias também possuíam um outro calendário, conhecido como o de “Contagem Longa”. O funcionamento dele é bastante complexo e vai além do escopo deste artigo. Na internet há informações em “Contagem Longa” na Wikipedia. A atual Contagem Longa teve início em 3114 a.C. Na mitologia maia, cada ciclo de Contagem Longa é uma era mundial na qual os deuses tentam criar criaturas piedosas e subservientes. A Primeira Era começou com a criação da Terra, que tinha sobre si vegetação e seres vivos. Infelizmente, como eles não possuíam a habilidade da fala, os pássaros e os animais eram incapazes de prestar honra aos deuses e foram destruídos. Na Segunda Era e na Terceira Era, os deuses criaram os humanos do barro e depois da madeira, mas estes também fracassaram em agradar os deuses e foram aniquilados. Estamos atualmente na Quarta Era, que é a Era Final, a era do ser humano moderno, completamente funcional.
A visão popular apresentada no filme de Roland Emmerich é que a presente era termina em 21 de dezembro de 2012. E o que vem depois? A interpretação dele é que o mundo acaba em fogo e em inundação.

Susan Milbrath, curadora de Arte e Arqueologia Latinoamericana do Museu de História Natural da Flórida, declarou: “Nós (a comunidade arqueológica) não temos nenhum registro nem conhecimento de que os maias pensassem que o mundo chegaria ao fim em 2012. Na foto, calendário maia.

Os eruditos questionam isso. Susan Milbrath, curadora de Arte e Arqueologia Latinoamericana do Museu de História Natural da Flórida, declarou: “Nós (a comunidade arqueológica) não temos nenhum registro nem conhecimento de que os maias pensassem que o mundo chegaria ao fim em 2012. Interpretar o dia 21 de dezembro de 2012 como o evento do juízo final é uma invencionice completa e uma oportunidade de ganhar dinheiro para muitas pessoas”. Algumas visões de espiritualidade alternativa baseadas no misticismo da Nova Era e na astrologia vêem a data como sendo um acontecimentos positivo em vez de ser o dia do juízo final: seria a transição da “Era de Peixes, violenta e escura” (i.e., esta era) para a Era de Aquário, “um milênio de amor e luz”.
Para ficar claro: eu não atribuiria nenhum significado à data de 21 de dezembro de 2012. Contudo, embora aceitando as objeções acadêmicas às interpretações populares sobre a cultura maia e deixando o misticismo da Nova Era de lado, o próprio fato de que o filme está sendo feito já diz algo sobre o mundo em que vivemos. As pessoas estão conscientes da possibilidade de que calamidades venham a se abater sobre nós – e Hollywood pegou essa deixa com uma série de filmes sobre catástrofes que estão para ser lançados. The Wall Street Journal, de 31 de julho de 2009, publicou um artigo intitulado “Hollywood Destrói o Mundo”, que dizia:
Uma enxurrada de histórias pós-apocalípticas segue agora em direção às telas de cinemas e de TV. O diretor Roland Emmerich já quase destruiu o mundo por três vezes. Desta vez ele tem a intenção de terminar o trabalho. Em seu filme “2012”, a terra se fende ao meio, cumprindo uma antiga profecia.
O artigo prossegue listando uma série de filmes que estão para ser lançados, sobre uma futura calamidade que destruirá a civilização e como um punhado de pessoas sobram e lutam em um mundo em ruínas buscando sobreviver: The Book of Eli [O Livro de Eli], Day One [O Primeiro Dia], The Colony [A Colônia], e The Road [A Estrada]. Ao apresentar motivos para isso, o artigo diz:
A maioria dos autores dessas histórias diz que está reagindo à ansiedade a respeito de ameaças reais em tempos incertos: os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, duas guerras dos EUA em países estrangeiros, pandemias múltiplas, uma crise financeira global e nova atenção a perigos ambientais. Roland Emmerich afirma: “Ando realmente muito pessimista atualmente”.
Logicamente que não é apenas em Hollywood que as pessoas estão falando sobre um cataclisma que está por vir, ou para destruir o mundo, ou para reformá-lo de forma a ficar irreconhecível. Os noticiários sobre Israel têm apresentado referências à Guerra de Gogue e Magogue, a profecia bíblica encontrada em Ezequiel 38-39 sobre a batalha dos últimos dias, na qual Deus resgatará Israel de uma invasão de nações hostis. Alguns israelenses acreditam que chegou a hora de construírem o Terceiro Templo, profetizado como algo que acontecerá nos “últimos dias” da história. O aiatolá Khamenei, do Irã, conclamou as nações muçulmanas ao redor do mundo para se unirem militarmente em resposta à iminente vinda do salvador messiânico do islã – o Mahdi. Os líderes muçulmanos radicais do Irã acreditam que o Mahdi irá surgir no final da era, proporcionando aos muçulmanos a derrota de Israel e do Ocidente, e que ele governará sobre todo o mundo. Os ambientalistas radicais dizem que o dia do juízo final está chegando rapidamente por causa do aquecimento global. Cristãos evangélicos, como eu, crêem que os acontecimentos globais estão se alinhando exatamente como Jesus Cristo e os profetas bíblicos disseram que aconteceria nos “últimos dias”.

De acordo com o filme “2012”, a Terra se fenderá ao meio, cumprindo uma antiga profecia.

O perigo das versões de Hollywood sobre o fim do mundo

Elas fazem com que as pessoas fiquem tão temerosas da calamidade vindoura que: (1) não vêem nenhuma saída, ou (2) tornam-se céticas com respeito à mensagem verdadeira das profecias bíblicas sobre os últimos dias. As versões múltiplas dos “cenários do fim do mundo” também significam que as pessoas podem colocar as profecias maias, os escritos de Nostradamus, ou as esperanças islâmicas com respeito ao Mahdi no mesmo nível que as profecias da Bíblia.
Ao mesmo tempo, muitas pessoas estão despertando para o fato de que o mundo está realmente ameaçado de desastres vindos de múltiplas frentes – a propagação de armas de destruição em massa, a ameaça de colapso econômico, a dependência do sistema mundial com relação ao petróleo que se extinguirá, a questão ambiental, o conflito no Oriente Médio, a violência e a ilegalidade que se tornam cada vez mais abundantes, a ruptura da vida familiar e a insegurança que milhões estão enfrentando como resultado de tudo isso. Esses fatores levam as pessoas a questionarem:

“Será que o mundo assim como o conhecemos está chegando ao fim?”

De acordo com as profecias bíblicas, está! Todos esses fatos, e outros mais, estão profetizados na Bíblia para acontecerem nos últimos dias desta era. Jesus disse que nos tempos finais, antes de Sua volta, haveria uma época de tamanha dificuldade que, se Deus não a tivesse abreviado, ninguém sobreviveria: “Porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais. Não tivessem aqueles dias sido abreviados, ninguém seria salvo; mas, por causa dos escolhidos, tais dias serão abreviados” (Mt 24.21-22).
Uma série de profecias do Antigo Testamento enfoca o conflito em torno de Jerusalém (Jl 3; Zc 12-14), e Jesus disse: “Cairão a fio de espada e serão levados cativos para todas as nações; e, até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles. Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade [a palavra grega aqui é “aporia”, que significa “sem nenhuma saída”] por causa do bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados. Então, se verá o Filho do Homem [i.e., Jesus] vindo numa nuvem, com poder e grande glória” (Lc 21.24-27).
No livro do Apocalipse, lemos sobre uma série de desastres que atingirão a terra, o que se ajusta perfeitamente com os problemas do mundo atual. Guerras mundiais e fomes causam mortes em massa (Ap 6.1-8). Árvores e pastagens são queimadas, os peixes do mar morrem como se algo como uma grande montanha fosse atirada ao mar (asteróide?), e águas doces se tornam impróprias para beber (Ap 8.7-11). Surge um regime ditatorial que força as pessoas a aceitarem uma marca e um número (666), sem os quais nada se pode comprar ou vender (Ap 13). Rios secam e as pessoas são afligidas com grande calor (Ap 16). A batalha final do Armagedon reúne os exércitos do mundo em Israel e fecha esta era com o retorno físico do Senhor Jesus Cristo à terra (Ap 16.16; Ap 19.11-21).

As pessoas estão conscientes da possibilidade de que calamidades venham a se abater sobre nós – e Hollywood pegou essa deixa com uma série de filmes sobre catástrofes que estão para ser lançados.

A Bíblia também nos dá grande esperança por causa da Segunda Vinda física do Senhor Jesus Cristo e do livramento de todos os que O recebem como Salvador e Senhor. O cinema-desastre termina sem nenhum sobrevivente, ou com um punhado de sobreviventes se debatendo em um planeta que está para morrer. Na Bíblia, os acontecimentos catastróficos dos últimos dias serão seguidos pelo retorno físico do Senhor Jesus com todos aqueles que colocaram sua confiança nEle. Os sobreviventes da Tribulação que aceitarem Jesus como Salvador viverão em uma terra restaurada durante 1000 anos (o Milênio), em cujo tempo Satanás será amarrado e incapaz de enganar as nações (Ap 20), haverá paz em todo o mundo (Is 2.1-4) e harmonia no mundo natural (Is 11). Este será o prelúdio para a eternidade, quando Deus criará novos céus e nova terra nos quais a justiça habitará (2 Pe 3.13).
O primeiro estágio nesse processo ocorrerá quando o Senhor vier e levar para estarem com Ele todos aqueles que crêem nEle. Não podemos saber exatamente quando isso acontecerá, mas precisamos estar prontos. Jesus disse: “Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai” (Mt 24.36). Paulo escreveu sobre o que acontecerá: “Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor” (1 Ts 4.16-17).
Esse acontecimento ocorrerá “como um ladrão de noite” (1 Ts 5.2), o que significa que acontecerá inesperadamente, sem aviso. Portanto, precisamos nos arrepender (afastar-nos) dos nossos pecados e aceitar Jesus como Salvador e Senhor de nossa vida. Se quiser ser salvo do julgamento de Deus, você deve confiar no Senhor Jesus, que morreu como sacrifício pelos nossos pecados e ressuscitou dentre os mortos para nos dar vida eterna: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). (Tony Pearce, Light for The Last Days - http://www.chamada.com.br/)

sábado, 14 de abril de 2012

Evolução ou Palavra de Deus?

1
A igreja católica é a favor da evolução?
A maioria dos não-católicos ficou surpresa quando o papa João Paulo II, num documento enviado à Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano em outubro de 1996, falou a favor da evolução. Na verdade, ele estava apenas reiterando a posição oficial do catolicismo. Considere os seguintes excertos:
Em sua encíclica Humani generis [Sobre o Gênero Humano], de 1950, meu predecessor Pio XII já havia afirmado não haver oposição entre a evolução e a doutrina da fé a respeito do homem... Pio XII enfatizou este ponto essencial: se o corpo humano tem sua origem na matéria orgânica pré-existente, a alma espiritual é imediatamente criada por Deus... O exegeta e o teólogo precisam manter-se informados sobre... as ciências naturais... verdade não pode contradizer a verdade...
A teoria da evolução... tem sido progressivamente aceita pelos pesquisadores em vários campos do conhecimento. A convergência... dos resultados de pesquisas conduzidas independentemente é, em si mesma, um argumento significativo em favor dessa teoria.(1)
Sem dúvida, o fiasco embaraçoso do julgamento de Galileu veio à mente do papa quando ele advertiu os teólogos da Igreja a "[se manterem] informados sobre... as ciências naturais..." O papa Urbano VIII ameaçou de tortura um Galileu idoso e muito enfermo se este não renunciasse às alegações de que a Terra girava em torno do Sol. Ajoelhado diante do Santo Ofício da Inquisição de Roma, temendo pela própria vida, Galileu renunciou à sua "heresia" – mas não em seu coração. A idéia, repetidamente afirmada por papas "infalíveis", de que o Sol e todos os corpos celestes giravam em torno da Terra permaneceu como dogma católico oficial até 1992, quando o Vaticano finalmente admitiu oficialmente que Galileu estava certo.
Para evitar que a ciência continue a fazer de tola a hierarquia "infalível" da Igreja, o papa admoestou os teólogos católicos a consultarem os cientistas antes de interpretarem as Escrituras. No entanto, Pedro, que os católicos insistem ter sido o primeiro papa, declarou que as Escrituras foram inspiradas pelo Espírito Santo (2 Pe 1.21). Certamente o Espírito Santo não precisa da ajuda dos cientistas! Se a Bíblia não for infalível quando fala do que pertence ao campo da ciência, por que confiar nela no que diz respeito a Deus e à salvação? Edward Daschbach, um sacerdote católico, explica que tomar a Bíblia literalmente exigiria admitir que a mulher que se assenta sobre a besta em Apocalipse 17 é a Igreja Católica Romana! Ele escreve:
A Igreja, portanto, não aceita... a interpretação literal dos primeiros capítulos do livro de Gênesis... Quando os que advogam o criacionismo aplicam suas ferramentas fundamentalistas a este último livro [Apocalipse], a Igreja muitas vezes se torna alvo de veementes ataques.(2)
Protestantes que, como Charles Colson, juntaram forças com Roma, advogam que o catolicismo concorda com eles sobre a inerrância da Bíblia. Pelo contrário, o Concílio Vaticano II declara: "Daí afirmarmos que a Bíblia é livre de erro naquilo que pertence à verdade religiosa revelada para nossa salvação. Não é necessariamente livre de erro em outros assuntos (por exemplo, ciências naturais)" [ênfase no original].(3)
Isso não é uma questão trivial. Se o relato da criação em Gênesis não é digno de confiança, o restante da Bíblia também não pode ser confiável, pois depende desse relato. Além disso, prova-se que Cristo não era realmente Deus, mas um mero mortal que, tolamente interpretou literalmente a história de Adão e Eva (Mt 19.4-5), e não pode, portanto, ser nosso Salvador. O periódico The American Atheist [O Ateu Americano] sabe muito bem qual é a questão: "Destruam-se Adão e Eva e o pecado original, e nos escombros se encontrarão os restos mortais do Filho de Deus, eliminando-se assim qualquer significado para sua morte."(4)
Em maio de 1982, honrando o centenário da morte de Darwin, a Pontifícia Academia de Ciências do Vaticano publicou a seguinte declaração: "Grande quantidade de evidências torna a aplicação do conceito de evolução... acima de qualquer discussão séria".(5) A Nova Enciclopédia Católica diz:
Especialistas... por mais de cem anos, reuniram as provas necessárias... a evolução está estabelecida tão firmemente quanto a ciência é capaz de estabelecer fatos...(6)
Cientistas descartam Darwin!
Nem tanto assim. Um número cada vez maior de cientistas, a maioria deles não-cristãos, se opõe à evolução. O astrônomo e matemático Sir Fred Hoyle diz: "O mundo científico foi iludido e acabou crendo que a evolução fora provada. Nada poderia estar mais longe da verdade".(7) O biólogo Michael Denton, autor de Evolution: A Theory in Crisis [Evolução: Uma Teoria em Crise], diz que a ciência desacreditou tão completamente o evolucionismo darwiniano que este deveria ser descartado. O professor de matemática Wolfgang Smith chama a evolução de "um mito metafísico... completamente desprovido de aprovação científica..."(8)
Colin Patterson, paleontólogo-chefe do Museu Britânico de História Natural, confessou depois de mais de vinte anos envolvido com o movimento evolucionista: "Nada havia que eu realmente conhecesse sobre a evolução. É um choque enorme descobrir-se enganado por tanto tempo". Patterson "começou a pedir a outros cientistas que lhe apresentassem uma coisa de que tinham certeza sobre a evolução." Os biólogos do Museu Americano de História Natural em Nova Iorque ficaram mudos. Diz Patterson:
Experimentei a pergunta com o pessoal da geologia do Museu de Campo de História Natural, e a única resposta que recebi foi o silêncio. Tentei obter resposta dos membros do Seminário de Morfologia Evolucionista na Universidade de Chicago, um grupo prestigioso de evolucionistas, e recebi de volta um longo silêncio, até que, por fim, uma pessoa disse: "Eu sei uma coisa – não deveria ser ensinada no primeiro e segundo grau."(9)
A despeito disso, no caso Edwards versus Aguillard, 482 U.S. 578 (1978), a Suprema Corte americana decidiu que era inconstitucional que as escolas ensinassem o criacionismo lado a lado com o darwinismo como uma outra teoria de origens. Os evangélicos reclamam com justiça por ver a evolução ensinada como fato nas escolas públicas, mas ela também é ensinada como fato em escolas católicas.(10) Na revista The Catholic World Report, Stephen F. Smith escreve: "Na escola arquidiocesana de Washington, fomos ensinados que a teoria da evolução de Darwin era tão verdadeira quanto o evangelho."(11) Michael Behe, bioquímico, relembra seus dias em escolas católicas:
Fui ensinado... a vida... veio de Deus, e que... a principal explicação científica de como Ele o fizera era a teoria darwiniana da evolução. Eu não... via qualquer conflito com o ensino da Igreja.(12)
A evolução é matematicamente impossível
Em seu livro The Blind Watchmaker [O Relojoeiro Cego], o zoólogo Richard Dawkins, da Universidade de Oxford, um destacado evolucionista, chama a biologia de "o estudo de coisas complicadas que dão a aparência de terem sido criadas com algum propósito."(13) Sem dúvida! Uma célula, a menor unidade viva, chega a ter 100.000 moléculas, e 10.000 reações químicas interrelacionadas simultâneas. As células não podem ter surgido por acaso! Dawkins admite que cada célula contém, no seu núcleo, um banco de dados digitalmente codificado que é maior... do que a soma de todos os 30 volumes da Enciclopédia Britânica."(14) É impossível sequer imaginar a ínfima probabilidade do acaso criar uma enciclopédia de 30 volumes! E isso equivale apenas a uma célula – e há trilhões de células no corpo humano, milhares de tipos diferentes, operando em relacionamentos incrivelmente complexos e delicadamente equilibrados!
A probabilidade astronomicamente pequena torna a evolução matematicamente impossível. Hoyle calculou que a probabilidade da produção ocasional apenas das enzimas básicas para a produção da vida são de 1 sobre 1 seguido de 40.000 zeros. Em comparação, a chance de, por acaso, pegar um átomo específico em todo o universo seria de apenas 1 sobre 1 seguido de 80 zeros. Mesmo que cada átomo existente se tornasse outro universo, as chances de pegar um átomo qualquer em todos esses universos seria de apenas 1 sobre 1 seguido de 160 zeros. Uma chance em 1040.000 só para produzir as enzimas básicas! Mas as enzimas realizam coisas notáveis, e esse fato complica ainda mais o problema da evolução com essas chances infinitamente pequenas.
Por que razão o sangue só coagula no ponto de sangramento e não dentro das veias e artérias? E por que pára quando cessa o sangramento? Imagine os bilhões de animais que teriam sangrado até morrer, ou teriam morrido por uma coagulação inadequada antes que esse processo incrível tivesse sido aperfeiçoado por mero acaso! O sistema imunológico é ainda mais surpreendente, diz Behe. "A complexidade do sistema garante o insucesso de qualquer explicação darwiniana..."(15) E assim acontece com centenas de outros sistemas que sustentam a vida. Lembre-se de que esses sistemas precisavam ser operacionais para serem úteis; não poderiam ter evoluído em estágios.
Em seu excelente livro, publicado em 1996, Darwin’s Black Box [A Caixa Preta de Darwin], Behe documenta a incompreensível complexidade da vida em seu nível químico celular mais básico – uma complexidade inimaginável para Darwin. Behe, que afirma que a evolução "deveria ser banida",(16) demole a teoria darwiniana oferecendo múltiplos exemplos, no nível bioquímico, de elementos "irredutivelmente complexos" intrincadamente planejados, que nunca poderiam ter evoluído:
[A evolução] não pode explicar a origem das complexas estruturas bioquímicas que sustentam a vida. Sequer tenta explicar... A conclusão de um plano inteligente flui naturalmente dos próprios dados – não de livros sagrados nem de crenças sectárias.(17)
A evolução teísta contradiz a Bíblia
Em apoio ao papa, Donald Devine escreve: "O homem pré-humano aparentemente existiu por milhões de anos... Isso não é uma refutação da Bíblia, mas uma confirmação – pois indica que foi preciso que Deus soprasse nele uma alma antes que o homem pudesse ser homem."(18) Pelo contrário! A evolução teísta, que exige ancestrais pré-humanos para o homem (para os quais nenhuma evidência jamais foi encontrada), não contradiz apenas o livro de Gênesis, mas toda a Bíblia.
Moisés afirma que Deus formou Adão "do pó da terra", e que depois formou Eva a partir de uma de suas costelas (Gn 2.7, 18-22). Ancestrais pré-humanos não podem ser reconciliados com o relato autenticado por Jesus: "Não tendes lido que o Criador desde o princípio os fez homem e mulher, e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne?" (Mt 19.4-5). Cristo confirma o relato de Gênesis ao citá-lo em Seu ensino. Paulo também atesta a veracidade do relato ao declarar que "primeiro foi formado Adão, e depois Eva" (1 Tm 2.13-14 – ver também 1 Co 15.22, 45; Judas 14). Eles não eram um par de criaturas pré-humanas nas quais Deus infundiu almas humanas.
Além disso, Paulo afirmou que o pecado entrou no mundo por meio de Adão, e pelo pecado a morte (Rm 5.12). Se Adão e Eva tivessem tido ancestrais que viveram e morreram por milhares (ou milhões) de anos de evolução até que Deus os humanizasse, a morte teria operado na terra antes que Adão pecasse – uma contradição clara do relato de Gênesis, do ensino de Cristo, da pregação de Paulo e do Evangelho. O cardeal de Nova Iorque, John O’Connor, diz que Adão e Eva podem ter sido "animais inferiores".(19)
Evolução – uma artimanha satânica
A evolução, "a mais gorda das vacas sagradas",(20) tem sido uma poderosa ferramenta de Satanás para convencer milhões de pessoas de que a Bíblia não é digna de confiança. Como afirmou Phillip Johnson, professor de direito em Berkeley: "O único propósito da história evolucionista darwiniana é... demonstrar que não é necessária a existência prévia de um ser inteligente...[para] haver a criação."(21) Johnson causou um choque no mundo acadêmico em 1991 ao lançar seu livro Darwin on Trial [Darwin no Banco nos Réus]. Com a precisão de um promotor, ele destruiu o darwinismo e acusou os evolucionistas de terem "abandonado o relato verdadeiro e preciso com o qual a ciência estava tradicionalmente compromissada, no seu zelo por extirpar e descartar a religião..."(22)
A evolução teria preenchido o registro fóssil de bilhões de criaturas intermediárias, e no entanto nem um sequer desses "elos perdidos" foi encontrado! Imagine a quantidade necessária de restos mortais desses milhões de pequenos incrementos evolutivos ao longo de milhões de anos para a passagem de guelras a pulmões, de pernas dianteiras para asas, para produzir estômagos e sistemas digestivos, olhos, rins, cérebros e sistemas nervosos que se estendessem por todo o corpo, a corrente sanguínea, o esperma e o óvulo dos mamíferos, o ovo e sua casca para os répteis e pássaros, etc. A impossibilidade aumenta geometricamente, pois cada um desses sistemas é incrivelmente complexo e não poderia evoluir gradativamente, mas precisaria ser funcional para sustentar a vida e ajudar na "sobrevivência" – como seria o caso, por exemplo, do sofisticado sistema de radar dos morcegos.
Quantos milhões de andorinhas do Ártico morreram afogadas antes que a primeira "aprendesse", por acaso, a navegação aérea sobre milhares de quilômetros de oceano? Quantos salmões se perderam e jamais conseguiram chegar ao riacho em que haviam nascido para desovar antes que essa estranha capacidade fosse desenvolvida? Quantas aranhas morreram de fome antes que o fantástico mecanismo de criação de teias tivesse, por acaso, surgido – e quem teria ensinado as aranhas a usar tal recurso? Quantos ovos de toda espécie de ave apodreceram antes que surgisse o instinto de chocá-los? Como foi aprendido e transmitido? Há incontáveis impossibilidades para o acaso.
A preocupação atual com as "espécies ameaçadas" contradiz Darwin. A evolução elimina os incapazes. É impossível crer na evolução e trabalhar em prol da preservação ecológica das espécies. Como o produto final da evolução, o homem deveria, sem misericórdia, eliminar todos os rivais na luta pela sobrevivência. As contradições são intermináveis.
Em seu último livro, Reason in the Balance [A Razão na Balança], Phillip Johnson argumenta que somente a criação divina pode explicar a consciência moral do homem. A natureza não tem moral. O senso ético e moral do homem desaprova a evolução. Se a evolução fosse verdadeira, deveríamos fechar os hospitais, parar a produção de remédios e permitir que os doentes e os fracos morressem. É impossível reconciliar bondade e compaixão com a sobrevivência dos mais capazes.
No entanto, o homem é compelido por consciência e compaixão, prova de que é feito à imagem de um Deus santo e amoroso. Ao rejeitar a massacrante evidência de propósito no mundo que o cerca (Rm 1.18-32), e por recusar-se a obedecer às leis de Deus gravadas em sua consciência (Rm 2.14-15), o homem tornou-se vítima de seu próprio ego e de toda sorte de males. Apesar disso, Deus ama o homem, e em amor e graça veio a esta terra pelo nascimento virginal para que, como o Homem perfeito, sem pecado, pudesse morrer em nosso lugar, pagando a penalidade infinita que a Sua própria justiça exigia pelo pecado. É apenas com base nisso – o pleno pagamento da penalidade do pecado, efetuado por Cristo, e a aceitação desse pagamento por parte do homem – que este pode se tornar uma nova criatura em Cristo. Vamos permanecer leais a esse Evangelho de Jesus Cristo e à Palavra de Deus que o declara; e vamos lutar com determinação contra toda tentativa de diluir, perverter ou comprometer a verdade de Deus. (TBC 2/97, traduzido por Carlos Osvaldo Pinto)
Notas:
  1. Papa João Paulo II, "Mensagem à Pontifícia Academia de Ciências", L’Osservatore Romano (30 de outubro de 1996), 3.7.
  2. Frei Edward Daschbach, S.V.D., "Catholics and Creationism", Visitor (21 de outubro de 1984), 3.
  3. Vaticano II, Vatican Council II, Divine Revelation (edição parafraseada da organização Knights of Columbus), III.I 1e.
  4. The American Atheist (1978), 19, conforme citado em The Christian News (11 de novembro de 1996), 15.
  5. Daschbach, loc. cit.
  6. New Catholic Encyclopedia, vol. 5 (McGraw-Hill, 1967), 689.
  7. George W. Cornell, "Scientist calls Darwin evolution theory absurd", Times-Advocate, 10 de dezembro de 1982, A10.
  8. Wolfgang Smith, Teilhard and the New Religion (Tan Books, 1988), 242.
  9. Thomas E. Woodward, "Doubts About Darwin", Moody Monthly (setembro de 1988), 20.
  10. The Times Picayune (Flórida, 25 de outubro de 1996), A-30.
  11. Stephen F. Smith, "Is Darwinism a Religion?", The Catholic World Report (dezembro de 1996), 50.
  12. William Bole, "Of Biochemistry and Belief", Our Sunday Visitor (1 de dezembro de 1996), 6.
  13. Richard Dawkins, The Blind Watchmaker (England: Longman, 1986), 1.
  14. Dawkins, op. cit., 18.
  15. Michael J. Behe, Darwin’s Black Box: The Biochemical Challenge to Evolution (The Free Press, 1996), 139.
  16. Ibid., 186.
  17. Ibid., 192-93. 18. Donald Devine, Human Events (13 de dezembro de 1996), 19.
  18. Los Angeles Times (30 de novembro de 1996), B13.
  19. Doug Bandow, "Fossils and Fallacies", National Review (29 de abril de 1991), 47.
  20. Russell Schoch, "The Evolution of a Creationist", California Monthly (novembro de 1991), 22.
  21. The Catholic World Report (dezembro de 1996), 50.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

QUEM SÃO OS ESPÍRITOS??


Allan Kardec, o codificador do espiritismo moderno, viu-se obrigado a reconhecer um grande problema para sua doutrina: "A identidade constitui uma das grandes dificuldades do espiritismo prático, sendo muitas vezes impossível verificá-la, sobretudo quando se trata de Espíritos superiores antigos em relação à nossa época" ("O que É o Espiritismo", 36ª edição, FEB, p. 183); "A questão da identidade dos espíritos é uma das mais controvertidas, mesmo entre os adeptos do espiritismo; é que, com efeito, os espíritos não nos trazem nenhum documento de identificação e sabe-se com que facilidade alguns dentre eles assumem nomes de empréstimo" ("O Livro dos Médiuns", 2ª edição, OPUS Editora Ltda, p. 461). Outra dificuldade encontrada pelo Kardecismo está na possibilidade de embuste dos espíritos que se manifestam através dos médiuns. Ele disse: "Os médiuns de mais mérito não estão ao abrigo das mistificações dos Espíritos embusteiros; primeiro, porque não há ainda, entre nós, pessoa assaz perfeita, para não ter algum lado fraco, pelo qual dê acesso aos maus espíritos..." ("O que É o Espiritismo", p. 183). Afinal de contas, quem são os espíritos que se manifestam nas sessões mediúnicas? Podemos confiar neles? Serão eles espíritos de pessoas mortas?
Os Mortos não Podem se Comunicar com os Vivos: Segundo a Bíblia, os mortos não mais possuem conhecimento das coisas desta vida e, portanto, não se manifestam aos vivos, aguardando a hora da ressurreição para o juízo: "Tal como a nuvem se desfaz e passa, aquele que desce à sepultura jamais tornará a subir" (Jó 7.9); "Não confieis em príncipes, nem nos filhos dos homens, em quem não há salvação. Sai-lhes o espírito, e eles tornam ao pó; nesse mesmo dia, perecem todos os seus desígnios" (Salmo 146.3-4); "Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. (...) Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque no além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma" (Eclesiastes 9.5 e 10); "A sepultura não te pode louvar, nem a morte glorificar-te; não esperam em tua fidelidade os que descem à cova. Os vivos, somente os vivos, esses te louvam como hoje eu o faço..." (Isaías 38.18-19) (veja também Salmo 115.17; Salmo 88.10-13; etc).
Na parábola do rico e de Lázaro (Lucas 16.19-31), Jesus Cristo demonstra essa verdade ao narrar a resposta do patriarca Abraão ao rico que, morto, do Hades, pediu que enviasse Lázaro aos seus irmãos para lhes informar sobre a realidade vindoura aos que recusam a salvação bíblica:"Respondeu Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos". A expressão "Moisés e os Profetas" representa a Bíblia, a única revelação dada por Deus aos homens; e é ela que nos mostra que Ele proíbe a necromancia ou mediunidade: "Quando alguém se virar para os necromantes e feiticeiros, para se prostituir com eles, eu me voltarei contra ele e o eliminarei do meio do seu povo" (Levítico 20.6); "O homem ou mulher que sejam necromantes ou sejam feiticeiros serão mortos..." (Levítico 20.27). "Não vos voltareis para os necromantes, nem para os adivinhos; não os procureis para serdes contaminados por eles. Eu sou o Senhor, vosso Deus" (Levítico 19.31); "Não se achará entre ti quem ...consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor... porém a ti o Senhor, teu Deus, não permitiu tal coisa" (Deuteronômio 18.10-14). "Assim, morreu Saul por causa da sua transgressão cometida contra o Senhor, por causa da palavra do Senhor, que ele não guardara; e também porque interrogara e consultara uma necromante" (1 Crônicas 10.13).
Então, quem são os espíritos que se manifestam através dos médiuns? A Bíblia nos ensina que todos eles são espíritos enganadores, enviados por Satanás para enganar aos que não desejam receber o Evangelho da salvação: "Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar" (1 Pedro 5.8). Segundo as Escrituras, Satanás, no seu afã de enganar, se apresenta sempre como um espírito bom: "E não é de admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz" (2 Coríntios 11.14).Jesus disse dele: "Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira" (João 8.44). O apóstolo Paulo, que recebeu o Evangelho não de homens (vivos ou mortos), mas diretamente por revelação de Jesus Cristo (Gálatas 1.11-12), faz a seguinte advertência: "Mas receio que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo. Se, na verdade, vindo alguém, prega outro Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho diferente que não tendes abraçado, a esse, de boa mente, o tolerais" (2 Coríntios 11.3-4); "Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência" (1 Timóteo 4.1-2).
O que você deve fazer? Meu amigo, tudo o que se disse aqui é sério, verdadeiro e deve ser levado em conta, para que você também não seja enganado pela serpente, que é Satanás (Apocalipse 12.9). Há somente uma vida e uma única oportunidade para escolher. Fica aqui o convite de Deus para você: "Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto" (Isaías 55.6). Entregue hoje mesmo sua vida a Cristo, pois somente Ele pode dar a vida eterna. Lembre-se:"Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte" (Provérbios 14.12). Só Jesus é o caminho, só nEle podemos confiar plenamente. (M. Martins -http://www.chamada.com.br).

quarta-feira, 11 de abril de 2012

FIM DO MUNDO? 2012



2012 - O fim do Mundo?

Sem dúvida, o homem moderno tem muito conhecimento e um horizonte amplo. Por exemplo, sabemos da fragilidade de nosso pequeno planeta e como ele gira no espaço... Preocupamo-nos com a poluição ambiental e com maneiras de evitar doenças. Mesmo assim, sentimo-nos ameaçados e temos medo daquilo que nos parece sinistro ou obscuro, de grandes mudanças e surpresas negativas. Tememos ser atropelados pelos acontecimentos...
Será que em 2012 devemos esperar por uma acúmulo de catástrofes inimagináveis? Terremotos, mega-erupções solares, tsunamis, tornados, impactos de meteoros, uma colisão com o misterioso planeta Nibiru, deslocamento dos polos magnéticos terrestres... Haverá constelações extraordinárias e alinhamentos de planetas fora do comum quando nosso sistema solar cruzar o “Equador galáctico”, liberando muita energia cósmica? Haverá um colapso do tempo? Uma nova e superior esfera de consciência? Ou: será que as experiências do acelerador de partículas de Genebra provocarão um buraco negro em 2012, desencadeando o fim do mundo e tragando as pessoas para o abismo?
Esse medo coletivo latente é usado e abusado pelos cineastas, autores e repórteres: fala-se do malfadado calendário maia com seus 13 ciclos Baktun e de antigos hieróglifos egípcios, de oráculos romanos e de visões de pajés dos habitantes primitivos dos Estados Unidos como os Hopi e Cherokee, o antiquíssimo i-ching chinês entra em pauta juntamente com misteriosos desenhos rupestres... Nostradamus obviamente não pode faltar, como também não pode faltar uma pitada de profecia “bíblica” dos profetas Ezequiel e Zacarias, misturada com visões apocalípticas. Para completar, os que amam teorias conspiratórias (lamentavelmente, inclusive cristãos) esquentam o clima com suas idéias de dominação mundial e com especulações sobre os tempos finais (veja Jeremias 10.2). Infelizmente, com suas explicações aleatórias e arbitrárias eles difamam e diluem a seriedade e a veracidade da profecia bíblica!
Mas a Bíblia, hoje propagada e disponível no mundo todo, fornece informações claras e precisas. É ali, na própria Bíblia, que encontramos os verdadeiros guardiões da revelação divina. Ela é a única fonte de informação e orientação digna de confiança (veja 2 Pedro 1.19-21).
As profecias bíblicas não nos deixam na mão. Elas são bem mais do que um anúncio prévio de coisas que irão acontecer ou a proclamação de juízos apocalípticos. O mais importante que a Bíblia tem a dizer sobre o futuro é anunciar a volta de Jesus, o Rei do Universo. Na Sua primeira vinda Ele veio como Salvador de cada um de nós e pagou o preço dessa salvação com Sua própria vida. Agora Ele espera pacientemente pela resposta das pessoas. Mas apenas até que o prazo esteja esgotado! “Então, se verá o Filho do Homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória” (Lc 21.27).
Desde o nascimento de Jesus muitos povos outrora grandes e poderosos já desapareceram – restaram apenas as sombras de sua glória passada em museus e ruínas como as pirâmides egípcias, o Coliseu romano, a Acrópole grega, Machu Pichu no Peru ou os restos de templos maias no México. Entre esses povos havia somente superstição e idolatria. Mas a Bíblia fala do centro verdadeiro e legítimo de nossa adoração, que é igualmente Aquele que dá sentido à nossa existência pessoal: Jesus Cristo!
Quando Ele vier, será como terrível Juiz para você? Ou como o tão esperado Salvador? Vivemos em um mundo maduro para o juízo. Se o Deus da Bíblia existe de fato, então as coisas não poderão continuar assim por muito tempo. Mas será que não há mais esperança? A situação do mundo é sem saída?
Jesus Cristo veio para morrer pelos seus pecados. Ele ressuscitou dentre os mortos para garantir sua salvação. A Bíblia conclama homens e mulheres a darem meia-volta, da desobediência para a obediência a Deus, e promete perdão dos pecados a todo aquele que crer nEle (veja 2 Crônicas 7.13-14).
Um dia haverá, sim, um acúmulo de catástrofes inimagináveis; porém, não será o fim do mundo mas as “dores de parto” prenunciando a volta do Messias, Jesus (Lucas 21.25-26). “Vede que ninguém vos engane! Vigiai!” (Mateus 24.4; Marcos 13.5,37). Quando Cristo voltar, Ele virá para você como Salvador ou como Juiz? (Reinhold Federolf - http://www.chamada.com.br)

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Pode o homem cooperar com sua salvação?


.

Por Rev.Raniere Oliveira

Preliminarmente

A cada ano verifica-se o quanto a Igreja está se distanciando das “Antigas Doutrinas da Graça”, tão caras e defendidas pelo apóstolo Paulo, Agostinho de Hipona, os reformadores Lutero e Calvino, George Whitefield, David Brainerd, William Carey (pai das missões modernas), J. I. Packer, John Stott; e, porque não citar também, o “incansável defensor da fé evangélica, o Arcebispo Thomas Bradwardine de Canterbury, durante o século 14” e tantos outro(a)s.

Confira em sua Bíblia o que nos diz Oséias.4:6. Talvez parte deste afastamento e falta de conhecimento se deva a uma influência pragmática em que o valor está no resultado que dá certo, mesmo que não seja correto; e mesmo uma filosofia relativista onde o “homem é a medida de todas as coisas” (Protágoras-481 a.C.).

Vivenciamos uma triste realidade em que já não vemos e ouvimos em nossas Igrejas doutrinas tais como “pecado original”, “depravação total”, “graça”, “juízo final”, “justificação pela fé”, “soberania divina”,... Mas, ao invés de tais ensinos bíblicos, somos obrigados a ver o povo deixando-se iludir por sermões sobre “vida cristã” com apelos emocionalistas, inúmeras estórias, testemunhos e nenhuma doutrina. Nada de ensino expositivo. Acarretando no fato desses membros necessitarem de mais e mais “alimento” pois não ficam nutridos e satisfeitos com o “feno e a palha” que lhes são oferecidos. Ou seja, eles estão indo cada vez mais ao “shopping” da fé, dia após dia, semana após semana atrás de “ventos de doutrinas” e “ensinos de demônios”, tornando-se assim presas fáceis de embusteiros e profissionais da fé. Sem contar que ficam expostos a vendas de ilusões como apregoadas pela pretensa “teologia da prosperidade” e um “neo-pentecostalismo” que se assemelha mais com cultos espíritas.

E considerando que nossa Diocese, este ano, tenha escolhido o tema: “2004 – Ano do Evangelismo: Convertidos em Cristo, Edificando a Igreja, Transformando o Mundo”, penso que a doutrina bíblica e reformada da DEPRAVAÇÃO TOTAL deve estar no cerne de nossas mensagens, pois, com certeza, como a entendemos e cremos irá influenciar no método que utilizaremos para a evangelização.

Façamos a seguinte pergunta: Pode o homem cooperar com Deus em sua salvação? Se a resposta é sim, então podemos admitir que o propósito de Deus em salvar o homem pode ser frustrado. Mas, se a resposta é não, compreenderemos melhor o conceito de Graça e a razão do porque somente através dela somos salvos, uma vez que “Ele (Deus) nos deu vida, estando nós mortos nos nossos delitos e pecados” (Ef.2:1).

A Bíblia e todas as Confissões de Fé Reformadas são unânimes em afirmar que, depois da Queda, todo homem (no sentido de humanidade de acordo com Gn.1:26-27) tornou-se INCAPAZ de querer qualquer bem espiritual que agrade a Deus. Significando que este homem não possui mais nenhuma disposição (LIVRE-ARBÍTRIO) de voltar-se, por si mesmo, à comunhão com Seu Criador, pois devido ao pecado original, esse homem “não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucuras; e não pode entendê-las porque elas se discernem espiritualmente” (I Co.2:14).

Quem reflete muito bem isso é Charles Spurgeon, mais conhecido como “O Príncipe dos Pregadores”; quando afirma: “a liberdade não pode pertencer ao arbítrio como a ponderação não pode pertencer à eletricidade... Podemos crer em agente livre, porém o livre-arbítrio é simplesmente ridículo”.

Logo, o homem após a Queda não perdeu sua capacidade de fazer coisas boas, de fazer escolhas como uma profissão, o time que deve torcer, optar em ser honesto, altruísta etc. Contudo, nenhuma dessas coisas tem mérito em si mesmas, quando se deveria buscar sempre a Glória de Deus. Assim, tudo isso se torna apenas aspecto secundário da vida humana. O homem permaneceu responsável pelos seus atos, mas está escravo do pecado rejeitando a Deus e tudo o que é do Seu agrado e Louvor. Devemos urgentemente, “enquanto é dia” (Jo.9:4), retornar para essa sã doutrina, que resulta de acurada e apropriada teologia bíblica.

O procedimento metodológico aqui adotado, nada mais é, que minha confessionalidade nas Sagradas Escrituras como Palavra de Deus autoritativa e infalível em seus ensinos numa linguagem humana (II Tm.3:16), bem como nos XXXIX Artigos de Religião e demais Confissões Reformadas, limitando-as em seu valor e autoridade só até onde confirmem o ensino bíblico.

Sei o quanto essa doutrina tem gerado acalorados debates ao longo da História do Cristianismo, vide, por exemplo, Agostinho de Hipona e Pelágio, Lutero e Erasmo de Roterdã, Calvinistas e Arminianos (Sínodo de Dort). Contudo, não tenho a pretensão de pormenorizar cada ponto, muito menos esgotar esse assunto e ter assim a última palavra.

Meu objetivo principal é promover um pouco de esclarecimento bíblico ao Povo de Deus em nossa DAR, considerando que somos uma Igreja que se confessa Reformada. Portanto, daí o desafio de resgatarmos as doutrinas reformadas, num momento particular em que estamos enfrentando, a ponto de a Palavra de Deus começar a ser minimizada, questionada e reduzida num meio de um “areópago” de ensinos humanos e em meio a uma “Babel” de linguagens desconstrucionistas, conflitantes e refém do pensamento do século (Cl.2:8).


I – A SITUAÇÃO DO HOMEM ANTES DA QUEDA

Após ter Deus realizado a magnífica obra da Sua Criação, conforme o registro em Gn.1:1-25, resolveu que o Jardim do Éden, e tudo mais, deveria ser desfrutado e governado por uma criatura, cuja criação deveria ser à Sua Imagem e Semelhança, possuindo tanto a capacidade de escolher como viver a verdadeira liberdade.

Santo Agostinho afirmou que esse homem fora criado, posse non peccare, ou seja, capaz de não pecar. O homem assim veio a existir no tempo e na história, em um estado de integridade, como nos revela o Sábio em Eclesiastes.7:29 quando nos diz: “Deus fez o homem reto...”. Portanto, podemos concordar com o ensino claro da Escritura que o homem foi criado de forma perfeita em termos morais, e isso é ratificado pela Confissão de Fé de Westminster no capítulo IV – Da Criação – seção II:

“Depois de haver feito as outras criaturas, Deus criou o homem, macho e fêmea, com almas racionais e imortais, e dotou-os de inteligência, retidão e perfeita santidade, segundo sua própria imagem, tendo a Lei de Deus escrita em seus corações e o poder de cumpri-la, mas com a possibilidade de transgredi-la, sendo deixados à liberdade de sua própria vontade, que era mutável. Além dessa lei escrita em seus corações o preceito de não comerem da árvore da ciência do bem e do mal; enquanto obedeceram a este preceito, foram felizes em sua comunhão com Deus e tiveram domínio sobre as criaturas”.

Como uma criatura distinta das demais, tendo em vista que o homem foi considerado coroa dessa criação, o mesmo era dotado de capacidade de fazer escolhas, como também, nesse sentido, de fazê-las certas. Como bem disse certa ocasião um teólogo reformado: “assim o homem, naquela época, possuía a verdadeira liberdade, mas não era ainda a perfeita liberdade”. Isso decorrente do fato dele poder cair em pecado.

Vamos conferir novamente o que nos dia a CFW no capítulo IX – DO LIVRE-ARBÍTRIO – Seção I:

“Deus dotou a vontade do homem de tal liberdade natural, que ela nem é forçada para o bem nem para o mal, nem a isso é determinada por qualquer necessidade absoluta de sua natureza”.

E ainda na Seção II:

“O homem, em seu estado de inocência, tinha a liberdade e poder de querer e fazer aquilo que é bom e agradável a Deus, mas mudavelmente, de sorte que pudesse cair dessa liberdade e poder”.

Entendemos que o homem estava completamente, antes da Queda, com suas faculdades de capacidade do livre-arbítrio, ou seja, vivia em plena comunhão com Deus que o visitava “no Jardim pela viração do dia” (Gn 3:8). Este homem podia conhece-lo e amá-lo, porque tudo o que fazia e pensava era para a Glória de Deus.

Vejamos ainda o que nos diz o Catecismo de Heidelberg, no Domingo 3 e resposta 6:

“Mas Deus criou o homem tão mau e perverso? Não, Deus criou o homem bom e à Sua imagem, isto é, em verdadeira justiça e santidade para conhecer corretamente a Deus, seu Criador, amá-lo de todo o coração e viver com ele em eterna felicidade, para louvá-Lo e glorificá-Lo”.

No Jardim do Éden o homem estava com toda sua plena dignidade estabelecida, cujo principal propósito era todo bem espiritual e moral que agradasse a Deus. Ele gozava de total capacidade imaculada, que chamamos de livre-arbítrio, pois era perfeito para o bem espiritual.


II – A SITUAÇÃO DO HOMEM APÓS A QUEDA

Como vimos acima, a liberdade e o poder de querer do homem de fazer aquilo que era agradável a Deus, mas tal liberdade era passível de mudar se assim o quisesse. Foi justamente o que ocorreu. O homem atraído e enganado pela serpente escolheu desobedecer a Deus, pois Satanás tentou o homem a ponto do mesmo desejar ser igual ao seu Criador, e aí se deixou iludir-se pela voz da serpente que disse: Porque Deus sabe que no dia em que dele (o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal) comerdes se abrirão vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo do bem e do mal (Gn.3:5). O resultado foi uma verdadeira tragédia para toda a humanidade. Conforme vimos na advertência de Deus em Gn.2:16-17, a raça humana recebeu como conseqüência deste pecado de Adão e Eva, a morte espiritual e física, bem como, a perda daquela capacidade (o livre-arbítrio) de querer fazer o bem e tudo que era agradável a Deus. Dessa forma, ele se corrompeu totalmente.

Esse homem, agora após sua queda e por conta do pecado original, se tornou incapaz de querer a Deus. Na verdade, nos porões de seu íntimo, O rejeita deliberadamente, pois prefere agora escolher o pecado, pois é seu senhor. E assim, neste estado de DEPRAVAÇÃO TOTAL, “não é capaz de não pecar”.

O próprio Senhor Jesus Cristo atesta isso quando afirmou aos judeus que discutiam com ele acerca de jamais terem sido escravos de alguém, que “todo que comete pecado é escravo do pecado” (Jo.8:34).

O Catecismo de Heidelberg sintetiza essa situação, no Domingo 3 resposta 7, com essas palavras:

“De onde vem, então, essa natureza corrompida do homem? Da queda e da desobediência de nossos primeiros pais, Adão e Eva, no paraíso. Ali, nossa natureza tornou-se tão envenenada, que todos nós somos concebidos e nascidos em pecado”.

Isso é confirmado pelo apóstolo Paulo em Rm.5:12 quando nos ensina que: “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram”.

Vejamos ainda a CFW em seu Capítulo VI e Seção II:

“Por este pecado eles decaíram de sua retidão original e da comunhão com Deus, e assim se tornaram mortos em pecado e inteiramente corrompidos em todas as faculdades e partes do corpo e da alma”.

Assim, após a Queda, o homem ao invés de preferir servir e obedecer a Deus, na verdade, se encontra “morto em seus delitos e pecados” (Ef.2:2-3). E é isso que a teologia reformada denomina de DEPRAVAÇÃO TOTAL. Não possui mais o livre-arbítrio para fazer a vontade de Deus porque está morto espiritualmente, como Lázaro que estava morto com seus pés e mãos atados e sepultado há três dias no túmulo, da mesma forma está toda a humanidade.

Vejamos o que nos ensina o Artigo X de nossos XXXIX Artigos de Religião:

“A condição do homem depois da queda de Adão e Eva é tal que ele não pode converter-se e preparar-se a si mesmo, por sua própria força natural e boas obras, para a fé e invocação a Deus. Portanto, não temos o poder de fazer boas obras agradáveis e aceitáveis a Deus, sem que a graça de Deus por Jesus Cristo nos preceda, para que tenhamos boa vontade, e coopere conosco enquanto temos essa boa vontade”.

Observem essa declaração contundente do Dr. Martyn Lloyd-Jones acerca da DEPRAVAÇÃO HUMANA, resultante da Queda:

“Por que é que o homem sempre escolhe pecar? A resposta é que o homem abandonou a Deus, e como resultado, toda a sua natureza tornou-se depravada e pecaminosa. Toda a tendência do homem está distante de Deus. Por natureza, ele odeia a Deus e sente que Deus é contrário a ele. Ele é seu próprio deus, sua própria capacidade e poder, seu próprio desejo. Ele contesta toda a idéia de Deus e as exigências que Deus coloca sobre ele... Além disso, o homem gosta das coisas que Deus proibiu e as cobiça, e não gosta das coisas e do tipo de vida para as quais Deus o chama. Essas não são meras afirmações dogmáticas. São fatos... Eles por si só explicam a desordem moral e a feiúra que caracterizam a vida atual em tamanha extensão”.

Não deixe de conferir o que Paulo nos ensina em Rm.3:10-19 e Ef.2:1-3, sobre a condição do homem após a queda, e responda as seguintes questões: Como um morto pode arrepender-se por si mesmo e crer? Como pode o homem, cujos sentidos espirituais estão em trevas, compreender e decidir-se por Cristo Jesus? Qual homem consegue cumprir e amar o sumário da Lei conforme Lucas 10:27?


CONCLUSÃO

Como pudemos observar, todo o ensino bíblico e reformado, apontam claramente para um homem que perdeu, após a Queda, a condição e capacidade de, por ele mesmo, poder voltar-se para Deus. Todavia, necessita de uma intervenção do próprio Deus para “os que predestinou, a esses também justificou, e aos que justificou, a esses também glorificou” (Rm 8:30).

Lutero e Calvino sempre ensinaram e se preocuparam em enfatizar essa doutrina, de que o homem decaído está totalmente escravo do pecado, pois perdera a verdadeira liberdade, não podendo converter-se a Deus desempenhando um papel ativo (cooperando) no processo que o conduz a salvação.

Jesus Cristo afirmou certa vez que “não quereis vir a mim para terdes vida” (Jo.5:40). Sabe por que? “A luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal, aborrece a luz” (Jo.3:19-20). O ensino bíblico é que arrependimento e fé não podem ser produzidos por um coração corrompido, pois somente “pela graça somos salvos, por meio da fé; e isto não vem de nós, é dom de Deus” (Ef 2:8).

Portanto, se o Espírito Santo não agir eficazmente no coração e mente desse homem corrompido, vivificando-o e regenerando-o, ele jamais se arrependerá sozinho de seus pecados, reconhecendo o sacrifício expiatório e vicário de Jesus Cristo.

Gosto muito dessa afirmação de feita pelo grande expositor bíblico, Dr. Martyn Lloyd-Jones já citado anteriormente: “O pecador não se decide por Cristo”, mas ele “foge para Cristo em total desamparo e desespero, clamando por misericórdia: ‘Converte-me e serei convertido, porque tu és o Senhor meu Deus’ (Jr.31:18). É como alguém que está se afogando e não simplesmente se “decide” pegar a corda que o salvará, mas agarra-se a ela pois é a única escapatória, a única esperança. ‘Decidir-se por Cristo’ é uma expressão imprópria”.

Não nos enganemos quanto ao verdadeiro estado espiritual e natureza humana. Porque estando o homem morto em seus delitos e pecados, não será persuadido com retórica eloqüente, muito menos por apelos emotivos (e o que preocupa hoje é justamente isso, muita gente “convencida” e “massageada em seu ego”, e nunca convertidas realmente), uma vez que será única e plenamente através de Deus que o homem irá “abrir seu coração” para atender a mensagem do Evangelho, como no caso de Lídia em At.16:14.

Mas como bem afirmou Charles Spurgeon: “A graça de Deus não viola a vontade humana, mas triunfa docemente sobre ela” (Fp.2:13).

Busquemos aprender quanto a teologia reformada tem a nos oferecer, com doutrinas cujas raízes são reveladas na Sagrada Palavra de nosso Deus.

Só a Deus Toda Glória!

Autor: Rev. Raniere Oliveira
Fonte: [ Reforma para os nossos dias ]

.

Em que crê um calvinista?


.
Por Mauricio Andrade
Há, nas Escrituras Sagradas, uma demanda por transparência e definição! O profeta deve apresentar a visão de modo que até o corredor possa lê-la – em plena corrida! (Hc 2.2). Nossa palavra deve ser sim, sim! ou não, não! – sob pena de nos alinharmos com uma fonte maligna de informação (Mt 5.37). E existe um clamor por definição ainda no finalzinho da última profecia (Ap 22.11). Mesmo no início da Bíblia, já existe ordenação para evitar a confusão (Dt 22.5) – com a qual, aliás, Deus não se identifica (I Co 14.33).
Não costumo usar os termos calvinista e calvinismo, quando prego. A razão é simples: não é, geralmente, necessário. Refiro-me ao Evangelho e, pra mim e alguns outros (Charles Spurgeon, inclusive), dá no mesmo.
No entanto, às vezes, por motivo de clareza e compreensão, precisamos usar expressões histórica e teologicamente consagradas. Elas não definem o nosso time, a equipe à qual pertencemos. Definem, com mais precisão, nossa persuasão teológica.
Há professores de seminário que são pastores de igreja. Alguns deles ensinam uma coisa na Academia e outra no púlpito. Não dá pra saber o que eles realmente creem. Tivemos em nossa igreja um seminarista que relatou, atordoado, a confissão de um de seus professores de que não cria que houvesse alguém ouvindo nossas orações. O jovem interpelou o mestre, após a aula, e perguntou por que, então, o professor ainda orava. A resposta: “Por causa da angústia humana!”.
Outros professores negam, em classe, o relato da Criação, a existência de personagens bíblicos, a autoria apostólica dessa ou daquela epístola. Tudo supostamente apoiado em estudos científicos, pesquisas mais profundas, etc, etc, etc. Só não têm a coragem de dizer a mesma coisa nos púlpitos de suas igrejas: o “povão” costuma ser mais conservador e alguém poderia perder o “emprego”. Okay, conheço toda aquela conversa sobre Academia e Igreja e a diferença entre elas. Mas estamos falando da imutável Palavra de Deus – ou, caso contrário, da palavra de deus nenhum! E estamos falando da formação de ministros da Palavra – ou, caso contrário, apenas de profissionais eclesiásticos.
Algumas vezes, sendo indagado por algum irmão sobre minha fé, percebo que ele ou ela não sabe em que crê um calvinista. Por isso, aqui vão umas poucas dicas:
  • Um calvinista crê que a Bíblia é a Palavra de Deus;
  • Crê que o ser humano precisa ser salvo de seus próprios pecados e da ira de Deus – mais do que de qualquer outra coisa;
  • Crê que somente o Evangelho da graça de Deus, que apresenta Cristo na cruz, pode salvar o pecador;
  • Crê que o Espírito de Deus é quem regenera o pecador, dispondo-lhe o coração para crer no Evangelho.
  • Crê que o pecador deve receber o Evangelho com fé e arrependimento, e viver debaixo do senhorio de Jesus Cristo em novidade de vida.
  • Que santidade ainda é importante, sim!
  • Crê na superioridade de uma cosmovisão bíblica sobre qualquer outra percepção da realidade;
  • Crê que a Criação existe para expressar a glória de Deus, em seu amor e bondade;
  • Que hoje, sobre a Criação, atuam tanto a Queda como a Redenção – de modo que nada deve ser nem aceito nem rejeitado a priori;
  • Que os mandados da Criação – cultural, social e espiritual – são uma ótima forma de expressar santidade no mundo, glorificando, assim, nosso Criador-Redentor;
  • Que a exposição, explicação e aplicação das Escrituras, por pregadores piedosos e fiéis, é a necessidade mais urgente nos púlpitos evangélicos;
  • Que amar as pessoas é a consequência necessária da sã doutrina;
  • Que amar a Deus sobre todas as coisas é a essência de nossa salvação!
Não! A predestinação não é a característica principal da doutrina calvinista. A característica principal da doutrina calvinista é a supremacia da glória soberana de Deus sobre todas as coisas!

Agora você já sabe, pelo menos um pouco, o que deve esperar desse curioso ser, o cristão calvinista. E, se você é calvinista e estava com a ênfase errada, há tempo para corrigir!
Fonte: Blog FielExtraído do site: Blog dos Eleitos

quinta-feira, 5 de abril de 2012

VITÓRIA EM JESUS

Vitória em Jesus

Quando o primeiro homem e a primeira mulher ouviram a voz da serpente e escolheram desobedecer ao Deus que os havia criado, a cortina caiu em um mundo que era perfeito. Adão e Eva então se consideraram como Deus ao criarem seus próprios padrões de bem e mal – algo que a sociedade faz com regularidade atualmente.
Mas, antes que Deus os expulsasse do Jardim do Éden, Ele sentenciou a serpente (Satanás) à derrota: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15). Esta primeira e maravilhosa promessa de Deus encontra cumprimento no Cristo ressurreto. Satanás considerou a morte de Jesus como seu próprio momento de vitória; mas, na realidade, essa foi a hora de sua maior derrota. A ressurreição estabelece Jesus como o poderoso Filho de Deus e garante a vitória final sobre a morte e sobre Satanás (Hb 2.15).

Ligada à Profecia Judaica

Embora poucas pessoas percebam isso, a ressurreição de Cristo está claramente ligada à profecia judaica. O apóstolo Paulo escreveu: “E que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Co 15.4). As Escrituras a que Paulo se refere são as Escrituras Hebraicas. O Antigo Testamento previu que o Messias iria ressuscitar dos mortos. Paulo, na verdade, explicou esse conceito à audiência de uma sinagoga, citando Salmos 2.7, Isaías 55.3; e Salmos 16.10, respectivamente:
“Nós vos anunciamos o evangelho da promessa feita a nossos pais, como Deus a cumpriu plenamente a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus, como também está escrito no Salmo segundo: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. E, que Deus o ressuscitou dentre os mortos para que jamais voltasse à corrupção, desta maneira o disse: E cumprirei a vosso favor as santas e fiéis promessas feitas a Davi. Por isso, também diz em outro Salmo: Não permitirás que o teu Santo veja corrupção” (At 13.32-35).
A profecia sobre a ressurreição em Isaías descreve o sofrimento do Servo: “Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido” (Is 53.8) e “Designaram-lhe a sepultura com os perversos” (Is 53.9). Depois, o profeta previu a ressurreição: “quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos” (Is 53.10). Esse Servo não permanecerá na sepultura, mas viverá para ver Sua posteridade. Apenas a ressurreição de Jesus dá sentido a essa profecia.
O Antigo Testamento também previu a ressurreição de Jesus “ao terceiro dia”. A primeira passagem a ensinar sobre tal esperança está em Oseias:
“Vinde, e tornemos para o Senhor, porque ele nos despedaçou e nos sarará; fez a ferida e a ligará. Depois de dois dias, nos revigorará; ao terceiro dia, nos levantará, e viveremos diante dele” (Os 6.1-2).
Esta profecia fala sobre uma restauração futura para o povo de Israel. Ela também se refere ao Messias, que é a figura ideal de Israel. Como em outras passagens do Antigo Testamento que apontam para o Messias como um tipo ou uma figura, essa passagem pode ser a que Paulo tinha em mente e que profetizava a ressurreição de Jesus ao terceiro dia.
Uma outra passagem está no Livro de Jonas. Como o próprio Jesus ensinou: “Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra” (Mt 12.40). Novamente, Deus usou um tipo para apontar para a realidade; a experiência de Jonas serviu como paralelo para a experiência de Jesus.

Revertendo a Maldição

O Antigo Testamento previu que o Messias iria ressuscitar dos mortos.
Quando Adão e Eva pecaram, Deus prometeu à humanidade um mundo cheio de dificuldades e problemas em uma Terra que havia sido amaldiçoada por causa do pecado. Ainda assim, em meio a maldições, Ele também proporcionou esperança através de um Redentor prometido (Gn 3.15). A “Semente” de Eva seria um varão humano que esmagaria a cabeça da serpente, aplicando a Satanás um golpe mortal. O calcanhar desse Homem seria machucado na luta, mas a Ele está assegurada a vitória completa. A maldição será revertida e o Éden será restaurado.
Jesus “foi designado Filho de Deus com poder, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos” (Rm 1.4). Sua ressurreição deu validade ao que Ele alcançou com Sua morte. O poder sobrenatural de Deus sobre a morte e sobre a serpente garante a vitória final quando Jesus Cristo retornar à Terra.

Governando Para Sempre

Nas Escrituras Hebraicas, Deus demonstrou Sua intenção de governar o mundo, dando ao povo de Israel um rei segundo o Seu coração. Davi, diferentemente de Saul que reinou antes dele, refletia um desejo profundo de agradar a Deus e de governar Israel com justiça e compaixão. Contudo, Davi não era o rei perfeito que Deus havia prometido.
Deus, de fato, fez a Davi uma promessa a respeito de um de seus descendentes: “Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre” (2 Sm 7.16). Deus prometeu que um dos filhos de Davi herdaria seu trono, e seu governo jamais terminaria. Como poderia tal promessa ser cumprida quando o reinado davídico terminou no ano 586 a.C., tendo a Babilônia conquistado o Reino de Judá?
A Aliança Davídica, a maravilhosa promessa de Deus acerca de Seu futuro Rei, encontra cumprimento em Jesus Cristo. Jesus nasceu da linhagem de Davi (Mt 1.1). O Anjo Gabriel anunciou: “Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim” (Lc 1.32-33). Entretanto, Jesus morreu, assim como morreram todos os outros reis da linhagem de Davi. O que qualifica Jesus a reivindicar o cumprimento da Aliança Davídica?
Apenas Jesus, o Filho de Davi, ressuscitou dos mortos. Paulo anunciou essa preciosa verdade ao povo judeu ao declarar que o próprio Davi predisse a ressurreição de Jesus; e então Paulo citou as palavras de Davi: “Porque não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção” (At 2.27, citando Sl 16.10). E Paulo continua:
“Sendo, pois, profeta e sabendo que Deus lhe havia jurado que um dos seus descendentes se assentaria no seu trono, prevendo isto, referiu-se à ressurreição de Cristo, que nem foi deixado na morte, nem o seu corpo experimentou corrupção. A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas” (At 2.30-32).
A ressurreição de Jesus garante Seu direito a reivindicar o reinado davídico. Ele governa sobre Sua igreja agora e governará sobre Israel e sobre todas as nações no Reinado vindouro.
A única maneira de um rei governar para sempre é se esse rei viver para sempre. A ressurreição de Jesus garante Seu direito a reivindicar o reinado davídico. Ele governa sobre Sua igreja agora e governará sobre Israel e sobre todas as nações no Reinado vindouro.
Sua ressurreição Lhe confere direitos de rei. Jesus Cristo é “o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra (...) o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver” (Ap 1.5; Ap 2.8). Conseqüentemente, Sua ressurreição dá a todos os que creem nEle nova vida por meio da identificação que eles têm com Ele: “Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição” (Rm 6.4).
Seu reino culminará no Reino Milenar, quando “com cetro de ferro as [as nações] regerá” (Ap 2.27). A batalha de Jesus contra as forças do Diabo e contra a morte finalmente trará o Reino eterno de Deus:
“E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés” (1 Co 15.24-27).
O plano original de Deus para o Jardim do Éden será realizado com os novos céus, a nova terra e a Nova Jerusalém (Ap 21.1-2). Como falam as palavras do grande compositor de hinos do século XVIII, Charles Wesley, em seu cântico “Alegrai-vos, o Senhor é Rei”:
Jesus, o Salvador, reina;
Deus de verdade e de amor;
Quando Ele purificou nossas
manchas, Ele assentou-Se nos céus;
Erguei o coração, erguei as vozes;
Alegrai-vos, novamente digo,
alegrai-vos!
Alegrai-vos em gloriosa esperança!
Jesus, o Juiz, voltará,
E levará Seus servos
para a morada celestial.
Logo ouviremos a voz do arcanjo;
A trombeta soará, alegrai-vos!
(William L. Krewson - Israel My Glory - http://www.chamada.com.br)

Nota

  1. O terceiro dia é às vezes usado como o dia da esperança (Gn 22.4; 42.18; Ex 19.11; Js 3.2; 2 Rs 20.5; Et 5.1).

terça-feira, 3 de abril de 2012

O fim da solidão

O Fim da Solidão

Recentemente ouvi uma assistente social dizer: “A solidão transformou-se num dos maiores problemas da nossa época. Temos de fazer algo para combatê-la”. Não imagino o que ela pretende realizar, mas sei que nenhuma iniciativa humana solucionará definitivamente a solidão.
Quando Deus criou o ser humano, Ele mesmo queria preencher o coração do homem. Se, entretanto, as pessoas decidem excluir Deus da sua vida, não é de admirar que se sintam solitárias, que seu coração esteja vazio ao invés de repleto da presença divina.
Você não precisa estar necessariamente sozinho para se sentir solitário. Todo coração humano necessita de um amigo – alguém em que possa confiar. Precisamos de alguém que realmente nos conheça e nos entenda, que nos envolva com cuidados, quaisquer que sejam nossos problemas. Onde, entretanto, podemos achar tal amigo? É impossível encontrar um ser humano que nunca nos decepcionará – somente Jesus é o Amigo perfeito!
Apenas Ele tem a resposta para seus problemas. Ele o conhece melhor do que você mesmo. Apesar de tudo, Jesus o ama e cuida de você, de uma forma como ninguém mais seria capaz. Aceite-O como Amigo, e você nunca mais se sentirá solitário. Aliás, como seria possível sentir-se sozinho, se seu melhor Amigo estará sempre com você?
Essas não são teorias, mas certezas baseadas na experiência. É maravilhoso estar sozinho quando você estiver só com Ele. Não é possível expressar esse sentimento em palavras. A companhia humana é algo muito pobre se a compararmos à comunhão com Jesus. Se você estiver consciente da Sua presença dia após dia e hora após hora, seu coração ficará repleto de paz e de alegria indescritíveis.
Você se sente solitário? Precisa de alguém que o ame e cuide de você? Aceite agora mesmo a Jesus como seu Salvador e Amigo! Entregue-se completamente a Ele e confie nEle como seu Redentor. Pense em como Ele sofreu em seu lugar na cruz e removeu de uma vez por todas os seus pecados “pelo sacrifício de si mesmo” (Hebreus 9.26).
Olhando agora para Jesus, confie nEle e no sacrifício perfeito que realizou por você lá na cruz. Então seus pecados serão perdoados, sua vida será salva, renovada e transformada pelo Espírito Santo que passará a habitar em você: “...o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 João 1.7).
Aceite Jesus agora como seu Salvador, para que seja eternamente seu Amigo, seu Companheiro e seu Guia! Ele acabará com sua solidão. Ninguém precisa continuar solitário, pois é possível ter Jesus, o Filho de Deus, como seu melhor e mais próximo Amigo! (C. D. Carter - http://www.chamada.com.br)