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Você já parou para analisar a forma cruel que era a morte na cruz? O quanto uma pessoa condenada sofria antes e durante a crucificação? Quais eram os critérios para ser morto desta forma e quem implantou esse tipo de morte? Se não, vejamos:
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Você já parou para analisar a forma cruel que era a morte na cruz? O quanto uma pessoa condenada sofria antes e durante a crucificação? Quais eram os critérios para ser morto desta forma e quem implantou esse tipo de morte? Se não, vejamos:
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1 – Quem deveria morrer na cruz. Tenha
em mente que a crucificação – com todos os seus horrores – era comum
no primeiro século. Estima-se que os romanos crucificavam cerca 30 mil
pessoas por ano. Era a forma de execução normalmente aceita para
prisioneiros políticos e criminosos de várias espécies [1].
Quando Jesus foi preso, a cruz em que ele foi crucificado não era para
ele, mas era para Barrabás, pois este era homicida (Mc 15.6-8). Depois
do julgamento e da condenação de Barrabás, as autoridades chamaram um
carpinteiro para preparar a cruz que seria dele. Ali estava o
delinquente e ali estava sua cruz, preparada especialmente para ele, com
suas medidas, com seu nome. Mas naquele dia os judeus prenderam Jesus. Já
não havia mais tempo para chamar o carpinteiro e preparar uma cruz
para Cristo. Além do mais, ali havia uma cruz vaga, apesar de ter as
medidas de outro, o nome de outro, e de ter sido preparada para outro…
Esse outro era eu e era você.
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2 – Quem implantou esse tipo de morte. Segundo
alguns historiadores este método de tortura e morte foi criado na
Pérsia, sendo trazido no tempo de Alexandre o Grande para o Ocidente,
sendo então copiado dos cartagineses pelos romanos.
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3 – O sofrimento antes da crucificação. Neste
ato combinavam-se os elementos de vergonha e tortura, e por isso o
processo de crucificação era olhado com profundo horror. O castigo da
crucificação começava com flagelação, depois do criminoso ter sido
despojado de suas vestes. No azorrague os soldados fixavam os pregos,
pedaços de ossos, e coisas semelhantes, podendo a tortura do açoitamento
ser tão forte que às vezes o flagelado morria em consequência do
açoite. As costas ficavam tão maltratadas que às vezes os cortes
profundos chegavam a deixar a espinha expostas. O flagelo era cometido
ao réu estando este preso a uma coluna. Os açoitamentos romanos eram
famosos por serem terrivelmente brutais. O comum é que consistissem de
39 chicotadas, mas com frequência esse número era ultrapassado,
dependendo do humor do soldado que a aplicava.
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À medida que o açoitamento continuava, as lacerações atingiam os músculos inferiores que seguravam o esqueleto, deixando penduradas tiras de carne ensanguentada. Um historiador do século III de nome Eusébio descreveu um açoitamento nestes termos: “As veias do sofredor ficavam abertas, e os músculos, tendões e órgãos internos da vítima ficavam expostos”. No mínimo, a vítima sofria dores terríveis e entrava em choque hipovolêmico.
À medida que o açoitamento continuava, as lacerações atingiam os músculos inferiores que seguravam o esqueleto, deixando penduradas tiras de carne ensanguentada. Um historiador do século III de nome Eusébio descreveu um açoitamento nestes termos: “As veias do sofredor ficavam abertas, e os músculos, tendões e órgãos internos da vítima ficavam expostos”. No mínimo, a vítima sofria dores terríveis e entrava em choque hipovolêmico.
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Hipo significa “baixo”, vol refere-se a “volume” e êmico significa sangue; portanto, choque hipovolêmico quer dizer que a pessoa está sofrendo os efeitos de perder grande quantidade de sangue. Isso ocasiona quatro coisas. Primeiro lugar, o coração se esforça para bombear mais sangue, mas não tem de onde; em segundo lugar, a pressão sanguínea cai, causando desmaio ou colapso; em terceiro lugar, os rins param de produzir urina, para conservar o volume que sobrou; e em quarto lugar a pessoa fica com muita sede, pois o corpo pede por líquido para repor o sangue que perdeu [2].
Hipo significa “baixo”, vol refere-se a “volume” e êmico significa sangue; portanto, choque hipovolêmico quer dizer que a pessoa está sofrendo os efeitos de perder grande quantidade de sangue. Isso ocasiona quatro coisas. Primeiro lugar, o coração se esforça para bombear mais sangue, mas não tem de onde; em segundo lugar, a pressão sanguínea cai, causando desmaio ou colapso; em terceiro lugar, os rins param de produzir urina, para conservar o volume que sobrou; e em quarto lugar a pessoa fica com muita sede, pois o corpo pede por líquido para repor o sangue que perdeu [2].
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4 – O sofrimento durante a crucificação. A crucificação foi um método de execução cruel utilizado na Antiguidade e comum tanto em Roma quanto em Cartago. Abolido no século IV, por Constantino, consistia em torturar o condenado e obrigá-lo a levar até o local do suplício a barra horizontal da cruz, esta viga era chamada de patibulum, onde já se encontrava a parte vertical cravada no chão. De braços abertos, o condenado era pregado na madeira pelos pulsos e pelos pés e morria, depois de horas de exaustão, por asfixia e parada cardíaca (a cabeça pendida sobre o peito dificultava sobremodo a respiração). Um pouco antes de morrer há um choque hipovolêmico que faz o coração bater rapidamente por algum tempo, o que contribui para ele falhar, resultando num acúmulo de líquido na membrana em torno do coração, chamado de efusão pericardial, bem como em torno dos pulmões, chamado de efusão pleural. Por isso que quando o soldado enfiou uma lança do lado de Jesus para confirmar a sua morte, tudo indica que atravessou o pulmão e o coração, e , quando foi tirada saiu um líquido de aparência transparente , como água, e é essa efusão mencionada. Esse líquido tem aparência transparente, como água, e é seguida de um grande volume de sangue, como João descreveu (Jo 19.34) [3].
4 – O sofrimento durante a crucificação. A crucificação foi um método de execução cruel utilizado na Antiguidade e comum tanto em Roma quanto em Cartago. Abolido no século IV, por Constantino, consistia em torturar o condenado e obrigá-lo a levar até o local do suplício a barra horizontal da cruz, esta viga era chamada de patibulum, onde já se encontrava a parte vertical cravada no chão. De braços abertos, o condenado era pregado na madeira pelos pulsos e pelos pés e morria, depois de horas de exaustão, por asfixia e parada cardíaca (a cabeça pendida sobre o peito dificultava sobremodo a respiração). Um pouco antes de morrer há um choque hipovolêmico que faz o coração bater rapidamente por algum tempo, o que contribui para ele falhar, resultando num acúmulo de líquido na membrana em torno do coração, chamado de efusão pericardial, bem como em torno dos pulmões, chamado de efusão pleural. Por isso que quando o soldado enfiou uma lança do lado de Jesus para confirmar a sua morte, tudo indica que atravessou o pulmão e o coração, e , quando foi tirada saiu um líquido de aparência transparente , como água, e é essa efusão mencionada. Esse líquido tem aparência transparente, como água, e é seguida de um grande volume de sangue, como João descreveu (Jo 19.34) [3].
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No ato de crucificação a vítima era pendurada de braços abertos em uma cruz de madeira, amarrada ou, raramente, presa a ela por pregos perfurantes nos punhos e pés. O peso das pernas sobrecarregava a musculatura abdominal que, cansada, tornava-se incapaz de manter a respiração, levando à morte por asfixia. Para abreviar a morte os torturadores às vezes fraturavam as pernas do condenado, removendo totalmente sua capacidade de sustentação, acelerando o processo que levava à morte. Mas era mais comum a colocação de “bancos” no crucifixo, que foi erroneamente interpretado como um pedestal. Essa prática fazia com que a vítima vivesse por mais tempo. Nos momentos que precedem a morte, falar ou gritar exigia um enorme esforço.
No ato de crucificação a vítima era pendurada de braços abertos em uma cruz de madeira, amarrada ou, raramente, presa a ela por pregos perfurantes nos punhos e pés. O peso das pernas sobrecarregava a musculatura abdominal que, cansada, tornava-se incapaz de manter a respiração, levando à morte por asfixia. Para abreviar a morte os torturadores às vezes fraturavam as pernas do condenado, removendo totalmente sua capacidade de sustentação, acelerando o processo que levava à morte. Mas era mais comum a colocação de “bancos” no crucifixo, que foi erroneamente interpretado como um pedestal. Essa prática fazia com que a vítima vivesse por mais tempo. Nos momentos que precedem a morte, falar ou gritar exigia um enorme esforço.
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Quando era pregado o pulso da vítima eles acertavam um nervo chamado ulna. A dor é muito grande quando se acerta ele em cheio, principalmente se for apertado e esmagado pelos cravos. A sensação é como se apertasse esse nervo com um alicate. A dor é totalmente insuportável. Na verdade ela está além da descrição por palavras. Foi necessário inventar uma nova palavra: dor excruciante. Essa palavra significa literalmente “da cruz”. Foi necessário criar uma nova palavra, porque não havia nenhuma na língua que pudesse descrever a angústia terrível provocada pela crucificação [4].
Quando era pregado o pulso da vítima eles acertavam um nervo chamado ulna. A dor é muito grande quando se acerta ele em cheio, principalmente se for apertado e esmagado pelos cravos. A sensação é como se apertasse esse nervo com um alicate. A dor é totalmente insuportável. Na verdade ela está além da descrição por palavras. Foi necessário inventar uma nova palavra: dor excruciante. Essa palavra significa literalmente “da cruz”. Foi necessário criar uma nova palavra, porque não havia nenhuma na língua que pudesse descrever a angústia terrível provocada pela crucificação [4].
Mas
todo esse sofrimento que Jesus passou os salteadores que estavam ao
seu redor também passou. Esse sofrimento foi físico, mas o sofrimento
maior que Jesus enfrentou não foi esse, foi o sofrimento de levar sobre
si os nossos pecados (1Pe 2.24). Por isso Ele quando estava no
Getsêmani ora ao Pai intensamente para que se fosse possível passasse
dele o cálice que estava por beber (Lc 22.39-45). Maior que a morte
física que Jesus enfrentou era a morte espiritual no momento que Ele
estaria se tornando maldito em nosso lugar, como nos diz as Escrituras:
“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio
maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que
for pendurado em madeiro)” (Gl 3.13).
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A
lei de Deus não foi dada a nós para nos justificar, mas para nos
condenar. Deus queria mostrar como era o homem perante Ele: maldito.
Todo homem! Pois “maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las”
(Gl 3.10). Isso é a lei do Antigo Testamento. O Antigo Testamento nos
mostra que somos malditos pecadores; não somos capazes para salvar-nos; o
Antigo Testamento nos mostra que precisamos de um Salvador. E o Novo
Testamento nos mostra quem é este salvador: Jesus Cristo.
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Jesus
Cristo nos salvou. Ele foi o nosso substituto. Ele se colocou em nosso
lugar para tomar a maldição de Deus. Nós somos malditos, mas Cristo
tomou a nossa maldição. Cristo sofreu por causa dos nossos pecados;
Cristo foi castigado em nosso lugar. Paulo fala sobre isso, quando ele
escreve: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se
maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for
pendurado no madeiro” (Gl 3.13). Veja o que nos diz a Lei: “Se
alguém houver pecado, passível da pena de morte, e tiver sido morto, e o
pendurares num madeiro, o seu cadáver não permanecerá no madeiro
durante a noite, mas, certamente, o enterrarás no mesmo dia; porquanto o
que for pendurado no madeiro é maldito de Deus; assim, não
contaminarás a terra que o SENHOR, teu Deus, te dá em herança” (Dt 21.22,23).
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A
nossa salvação está ligada com a cruz de Cristo. A crucificação de
Jesus Cristo não foi um castigo qualquer. A crucificação foi uma morte
maldita. Quem morreu assim foi maldito por Deus e pelos homens.
Pendurada no madeiro, entre o céu e a terra. Isso quer dizer: maldito
pelos homens e por Deus; nem os homens o aceitam, nem Deus. Cristo foi
maldito e a morte dele mostra isso.
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Mas
assim Ele devia morrer. Ele devia tomar esta maldição para nos livrar
da maldição. Pois Cristo estava pendurado na cruz, não por causa de um
pecado pessoal dele; Cristo estava pendurado na cruz por causa do
oficio dele. Sendo mediador entre Deus e os homens, representando o
povo de Deus, Cristo aceitou voluntariamente o seu destino. Ele foi
mandado para esta terra para realizar este sacrifício na cruz. Isso foi
o seu destino. Os profetas já falaram sobre isso; os salmos já falaram
sobre isso. Veja o Salmo 22, 35 ou salmo 69. Estes salmos já
profetizaram sobre a morte do Cristo na cruz. Jesus devia morrer assim
para nos salvar. Devemos nos lembrar sempre disso.
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Notas:
Notas:
[1] Lutzer, Erwin. Os Brados da Cruz. Ed. Vida, São Paulo, SP, 2002: p. 23.
[2] Strobel, Lee. Em Defesa de Cristo, Ed. Vida, São Paulo, SP, 2000: p. 259.
[3] Ibid, p. 261.
[4] Ibid, p. 263.
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